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Os 10 jornalistas internacionais que merecem ser seguidos

Quem são os jornalistas internacionais que merecem ser seguidos? Nenhuma lista é unânime. Mas mantendo o devido distanciamento crítico, todas elas trazem inspiração.

A Broadcast Journalism School da New York Film Academy elaborou uma lista dos 10 jornalistas que na sua opinião merecem ser seguidos, pela sua influência e relevância. A maioria deles trabalha em TV.

Oito são norte-americanos, um é britânico, uma é indiana e uma é chinesa. A relação completa tem 11, porque inclui o hors-concours Bob Woodward, que junto com seu colega Carl Bernstein revelou ao mundo o escândalo do Watergate.

Confira os indicados e neste Dia do Jornalista aproveite os links no Twitter ou no Instragam para acompanhar o que falam e fazem. A lista está na ordem de seguidores nas redes – um  sinal da influência que exercem.

Bob Woodward

Este entra em qualquer lista. Dos indicados, Robert Upshur “Bob” Woodward é um dos mais conhecidos dos brasileiros – e do mundo todo. Tornou-se um dos jornalistas mais famosos do século passado – e deste – depois de ter exposto o escândalo Watergate durante o mandato do presidente Nixon. O trabalho foi feito junto com seu colega Carl Bernstein, enquanto trabalhava como repórter investigativo no Washington Post em 1972.

Atualmente ele é editor associado do Post. Devido à sua reportagem sobre Watergate, o Post ganhou o Prêmio Pulitzer de Serviço Público em 1972. Suas contribuições para a cobertura dos ataques de 11 de setembro também ganharam o Prêmio Pulitzer de Reportagem Nacional em 2002. Já recebeu todos os prêmios importantes de jornalismo dos Estados Unidos. Escreveu 16 livros, todos atingindo a marca de best-sellers nacionais. O último deles é Rage, contando a história do final da administração Trump e início da de Biden. Em um tuíte de novembro, destacou uma das frases do livro:

“Quando se toma sua performance como um todo, eu só posso chegar a uma conclusão: Trump é o homem errado para a tarefa.”

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Christiane Amanpour

Três milhões de seguidores dispensam outros motivos para Amanpour estar nesta lista. Em 2015, foi considerada uma das jornalistas mais seguidas pelos líderes mundiais no Twitter,  segundo pesquisa de uma agência de comunicação global. De origem britânico-iraniana, é a principal âncora internacional da CNN e apresenta o programa de entrevistas noturnas da CNN International, Amanpour. É também a anfitriã do Amanpour & Company no PBS.

Com mais de 30 anos de carreira, conseguiu entrevistar Hosni Mubarak (foi a única a fazê-lo) e Muammar Ghadafi durante a Primavera Árabe. Ganhou todos os principais prêmios de telejornalismo, incluindo nove Emmys, três prêmios DuPont-Columbia e dois George Polk. Também recebeu o Prêmio Walter Cronkite de Excelência em Jornalismo em 2011, bem como o prêmio Giants in Broadcasting no mesmo ano. No meio disso tudo, integra o conselho de diretores do CPJ – o Comitê de Proteção dos Jornalistas. No post fixado em sua conta no Twitter desde 2016, ela se define:

“Verdadeira, não neutra.”

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Louis Theroux

Louis Sebastian Theroux é o britânico da lista, que aparece impulsionado por seus 2,2 milhões de seguidores. Jornalista e documentarista da BBC, tornou-se conhecido por sua abordagem de assuntos culturais marginais e excêntricos em seu programa Weird Weekends de Louis Theroux. E também pela exposição da vida diária de celebridades em When Louis Met. Começou a carreira como escritor e passou para a TV com o programa de notícias satíricas de Michael Moore, TV Nation.

É conhecido por sua habilidade de fazer seus entrevistados se revelarem. Foi indicado ao Emmy por seu trabalho na TV Nation, além de ter recebido dois BAFTA Awards (indicado três vezes) e um Royal Television Society Award (indicado duas vezes) por When Louis Met … e por Weird Weekends. Em um de seus tuítes mais recentes, ele fala da boa crítica recebida por seu último trabalho, Shooting Joe Exotic, que foi ao ar esta semana na BBC Two.

O trabalho mostra como Joe Exotic, cujo nome verdadeiro é Joseph Maldonado-Passage, também conhecido como Tiger King, teve sua imagem glamurizada na série Tiger King: Murder, da Netflix. Joe foi condenado em 2019 a 22 anos de prisão pela morte de Carole Baskin. Ela era uma ativista de direitos dos animais e Joe estava convencido que ela queria destruir seu zoológico, o Greater Wynnewood Exotic Animal Park, em Oklahoma. O documentário de Theroux mostra imagens inéditas de 2011 em que Joe xinga Carole, a chama de terrorista e diz que ‘ela vai matar um de nós ou alguém vai mandar matá-la.’

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Anderson Cooper

Com 1,6 milhões de seguidores no Twitter, ele apresenta desde 2003 o Anderson Cooper 360º na CNN, para onde foi depois de atuar como correspondente da ABC News. O programa com seu nome o impulsionou. Além de suas funções na CNN, Cooper atua como correspondente do 60 Minutes  na CBS. Desde 1993, quando ganhou o Bronze Telly Award por sua cobertura da fome na Somália, Cooper recebeu diversos prêmios, incluindo quatro Emmy (foi indicado em cinco outras ocasiões) e um Peabody. Sua cobertura do julgamento do assassinato de George Floyd vem sendo bastante elogiada. Em um de seus últimos tuítes, alertou:

“A defesa do policial Derek Chauvin está “tentando enganar o júri de toda maneira que podem, levantando hipóteses atrás de hipóteses, diz o advogado da família Floyd, Jeff Storms.”

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Yamiche Alcindor

É correspondente da PBS NewsHour na Casa Branca e tem 1,2 milhão de seguidores no Twitter. Colabora também na cobertura política para a NBC News e a MSNBC. Durante as últimas eleições presidenciais, foi uma das moderadoras do sexto debate democrata. Em 2017  foi apontada na 13ª posição na “The Root 100”, uma lista anual da revista The Root dos afro-americanos mais influentes com idades entre 25 e 45 anos. Dedica-se principalmente à política e às questões sociais e durante sua carreira trabalhou no USA Today e no The New York Times. Em 2016, foi indicada ao Prêmio Shorty na categoria Jornalista. No ano seguinte, ganhou o prêmio em homenagem à jornalista Gwen Ifill na cerimônia do Prêmio Toner da Syracuse University.  No post fixado em sua conta do Twitter, ela destaca a matéria que fez no ano passado mostrando o desproporcional impacto da Covid sobre as pessoas de cor.

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Robin Roberts

Outra na faixa acima de 1 milhão de seguidores – mais precisamente 1,1 milhão. Ela é âncora do Good Morning America, da ABC. Começou a carreira em 1983 como repórter esportiva do WDAM-TV e ingressou na ESPN como locutora em fevereiro de 1990, onde permaneceu até 2005. Por suas contribuições para o esporte, foi incluída no Hall da Fama do Basquete Feminino em 2012 e no Sports Broadcasting Hall of Fame em 2016.

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Em 2005, ancorou uma série de relatos emocionantes de Nova Orleans, sua cidade natal, que foi devastada pelo furacão Katrina. Em 2009, apresentou o pré-show do Oscar para a ABC, repetindo a dose em 2011. Outro dos pontos altos de sua carreira ocorrerira no ano seguinte, quando entrevistou o presidente Barack Obama para o Good Morning America. Entre as premiações, foi reconhecida com o Prêmio Walter Cronkite de Excelência em Jornalismo. Para os fãs de séries, apareceu como estrela convidada em um dos episódios de Hannah Montana do Disney Channel.

Em um de seus recentes posts no Twitter, ela destaca a amizade entre Mahalia Jackson e Marthin Luter King e o papel que ela teve para amplificar o impacto do histórico discurso dele. Roberts aponta Mahalia por elevar o gospel a um novo patamar, com sua apresentação no Carneggie Hall em 1950.

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Lester Holt

Lester Don Holt, Jr foi o primeiro negro a alcançar o posto de âncora solo de um noticiário noturno durante a semana. Tem mais de meio milhão de seguidores e atua como âncora do NBC Nightly News desde 2015 e também trabalha como âncora do Dateline NBC . Está na NBC desde 2000, depois de passar 19 anos na CBS News. É conhecido também por quem acompanha séries e filmes. Fez aparições em The Fugitive (1993), Primal Fear (1996) e em episódios de Law & Order: Special Victims Unit.

Em um de seus tuítes mais recentes, de 31/3, ele agradece o Edward R. Murrow Lifetime Achievement Award recebido da Washington State University com uma frase inspiradora:

“Nosso dever é sermos justos com a verdade.”

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Shereen Bhan

Shereen é a indiana da lista. Produz e ancora vários programas importantes, como India Business Hour, The Nation’s Business, Young Turks e Power Turks. Ela também é a chefe executiva da CNBC-TV18 na Índia e lidera o escritório de Nova Déli. O seu estilo de apresentação das notícias tornou-a uma favorita nacional. Ganhou vários prémios, entre eles o de Mulher do Ano da FICCI em 2005. No Fórum Econômico Mundial de 2009 foi nomeada uma das Jovens Líderes Globais. Em um de seus tuítes recentes, ele fala da flexibilização de restrições contra a Covid na Índia.

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Eugene Scott

Repórter do The Washington Post, também se concentra em políticas de identidade para The Fix. Foi bolsista do Instituto de Política da Universidade de Georgetown e antes de ingressar no Post , foi repórter na CNN Política. Lá, participou da série “A primeira vez que percebi que era negro” , que mostrou o impacto da cor da pele no tratamento das pessoas. No ano passado, foi o apresentador do podcast “The Next Four Years”, analisando o momento da história e o futuro do país dividido pelas eleições. Em de seus recentes tuítes, falou sobre a dificuldade de recolocação no setor privado dos membros da administração Trump:

“As diretorias não precisam de problemas ou criticismo, disse um headhunter. “Se você quer ficar longe desses problemas, é fácil: não se aproxime deles.”

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 Fredricka Whitfield

Fredricka Whitfield é âncora da edição de fim de semana do CNN Newsroom. Com uma carreira premiada de 30 anos, cobriu fatos marcantes como os refugiados cubano-haitianos na década de 90, as guerras de Kosovo, Afeganistão e Iraque e os Jogos Olímpicos de Atlanta, Pequim e Londres. Antes de ingressar na CNN em 2002, Whitfield foi correspondente da NBC News e atuou como correspondente em Atlanta para NBC Nightly News, The Today Show e Dateline NBC.

Em 2007 recebeu um Emmy por cobertura ao vivo. Entre os diversos prêmios recebidos, também destacam-se os recebidos pela cobertura do tsunami no Sudeste Asiático e pela cobertura ao vivo dos desastres provocados pelo Furacão Katrina.

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HuShuli

HuShuli é a representante chinesa da lista, e foi incluída na lista apesar de a maioria de seus posts serem em chinês. É a editora-chefe do grupo Caixin Media, fundado por ela em 2009. Shuli também foi editora internacional do China Business Times antes de fundar a Caijing, uma revista de negócios e finanças da qual ela foi editora-chefe por 11 anos.

Considerada uma das repórteres mais respeitadas em um país em que a atuação da mídia é tão restrita, foi listada como a 87ª mulher mais poderosa do mundo pela Forbes em 2011 – o mesmo ano em que apareceu entre as 100 pessoas mais influentes pela Time. Conhecida por seu trabalho investigativo sobre fraude e corrupção, é membro do conselho da International Women’s Media Foundation. Também faz parte do Conselho Consultivo Editorial da Reuters, além de ter uma função consultiva no Centro Internacional para Jornalistas.

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