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Dois anos de prisão de Julian Assange: protestos e pressões pelo mundo

O segundo aniversário da prisão de Julian Assange em Londres foi marcado neste domingo (11/4) por manifestações em várias cidades do mundo, como parte da campanha para impedir a extradição do fundador do Wikileaks para os Estados Unidos e conseguir sua libertação. Um dos protestos aconteceu diante da embaixada do Equador na capital britânica, onde ele permaneceu asilado entre 2012 e 2018. 

Houve também manifestação diante do tribunal e um tour de ônibus pela cidade. Julian Assange responde a 17 processos movidos pelo governo americano envolvendo acesso e vazamento de documentos confidenciais sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão. No dia 4 de janeiro, a justiça britânica negou o pedido de extradição, mas não concedeu a libertação mediante fiança.

Ele está na prisão de Belmarsh, nos arredores de Londres, onde também ocorreram protestos. 

Foto: Twitter Comitê to Defend Julian Assange

Nas redes sociais, um dos destaques foi o alto compartilhamento de vídeo com uma declaração do Presidente Lula conclamando associações de jornalistas nos Estados Unidos, Reino Unido e França a se unirem em favor da libertação de Julian Assange. Foi repostado em diversos canais de ativistas e de grupos de apoio a Assange. 

Pressões sobre UK e Austrália 

Como parte da estratégia do círculo mais próximo de Julian Assange, vêm sendo intensificadas as pressões sobre os governos britânico e australiano. Em solo britânico a liderança é de Stella Moris, companheira do fundador do Wikileaks. Na Austrália, onde o fundador do Wikileaks nasceu, a campanha vem sendo conduzida por John Shipton, pai de Assange. 

Neste vídeo, advogados e Julian Hill explicam as questões jurídicas envolvendo o caso na Austrália. 

 

Andrew Wilkie, que foi oficial de inteligência antes de se tornar parlamentar, sinalizou que o representante americano teria concordado com as ponderações de que “a perseguição de Assange pelos EUA obviamente não é do interesse público e deve ser abandonada ”.

Em janeiro, Scott Morrison disse que Julian Assange receberia permissão para retornar à Austrália se todas as acusações fossem retiradas. Mas não entrou plenamente na briga, ressaltando que o governo “não era parte nesse conjunto de processos”.

O porta-voz da Embaixada não transmitiu à imprensa sinais de as acusações podem ser retiradas pelo governo de Joe Biden. Sobre o encontro, disse que há reuniões frequentes com  membros do parlamento australiano sobre “uma ampla gama de questões”. E que “o governo dos Estados Unidos continua buscando a extradição de Julian Assange para enfrentar as acusações criminais pendentes contra ele nos país.

 

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