Um dos vídeos mais assistidos da história do YouTube vai sair do ar daqui a alguns dias. O fofo “Charlie mordeu meu dedo”, mostrando o ataque do caçula ao dedinho do irmão mais velho, visto mais de 883 milhões de vezes, foi vendido em um leilão no último domingo (23/5). Depois de uma disputa entre os usuários “mememaster” e “3fmusic”, a peça ficou com o último, que pagou US$ 760.999 (cerca de 4 milhões de reais) para adquirir o vídeo como um non-fungible token (NFT, uma espécie de assinatura digital única que permite a comprovação da autenticidade de materiais artísticos produzidos e divulgados na internet). 

A família Davies-Carr anunciou que irá removê-lo após a venda e disse que o comprador se tornará “o único dono deste adorável pedaço da história da internet”, embora já tenha sido copiado e compartilhado várias vezes ao redor do mundo. Por enquanto, ainda pode ser visto no YouTube eno site do leilão

O valor parece alto para algo que tanta gente já viu, mas pode ter sido bom negócio para quem comprou. Além de adquirir os direitos sobre o vídeo que ainda atrai atenção, o vencedor levou também a oportunidade de criar um novo vídeo com as estrelas originais, Harry e Charlie, agora mais crescidos.  Vem aí um novo viral?

O vídeo de 56 segundos, que entrou no YouTube em maio de 2007, mostra Harry Davies-Carr (que tinha três anos) e Charlie Davies-Carr (um ano), dois irmãos britânicos. Harry coloca o dedo na boca de Charlie e é mordido. Ele diz “Charlie me mordeu” antes de colocar o dedo de volta na boca de Charlie, que é mordido com mais força. Harry diz “Ai” repetidamente e seu irmão começa a rir. Depois, Harry sorri e repete “Charlie me mordeu. E isso doeu muito.”

Foi filmado pela família, para enviar aos avós das crianças nos Estados Unidos, e acabou se tornando um fenômeno da internet. Ganhou até um site próprio, onde passou a ser exibido.

O vídeo mudou a vida dos Davies-Carr. A família assinou uma parceria com a Viral Spiral, uma empresa de gerenciamento de memes virais especializada em vídeos virais, que ajudou a colocar o vídeo em anúncios de memes para empresas como a Sprint e ajudou a criar uma marca de meme viral. E criou camisetas, canecas e calendários de edição limitada “Charlie Bit My Finger”, transformando o que era uma simples mensagem familiar em um grande negócio. Que agora mudou de dono. 

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