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Maioria do público em cinco países europeus acha que Olimpíadas de Tóquio não acontecerão

Foto: Alex Smith/Unsplash

Londres – A pouco mais de um mês para o início das Olimpíadas de Tóquio, uma pesquisa do instituto YouGov revelou que a maioria das pessoas na Grã-Bretanha, França, Alemanha, Dinamarca e Suécia acha improvável que a competição, adiada de 2020 devido ao coronavírus, prossiga, mesmo com a tocha olímpica passando pelos seus países antes da cerimônia de abertura. 

Grande parte do Japão, incluindo a cidade-sede Tóquio, está em estado de emergência até pelo menos 20 de junho, após lutar para controlar uma quarta onda de infecções por Covid-19.

O país registrou quase 750 mil casos e mais de 13 mil mortes e, mesmo que o governo cumpra suas metas, apenas um terço da população será vacinada até o final de julho.

Os adultos na França são os mais pessimistas com a realização dos jogos, com 58% afirmando que eles dificilmente acontecerão.

Cerca de um terço dos entrevistados nos cinco países ainda pensam que o evento pode acontecer, sendo os adultos na Dinamarca os mais otimistas (36%).

As vacinas devem ser exigidas para os atletas competirem?

Com o Japão entrando na quarta onda da pandemia e Tóquio em estado de emergência, as dúvidas sobre os jogos são altas. Apenas espectadores locais terão permissão para entrar nos estádios, e os atletas serão testados diariamente, mas essas medidas não foram suficientes para aplacar o público japonês. Pesquisas recentes no Japão encontraram altos níveis de oposição para os Jogos. 

Muitos citam preocupações sobre milhares de atletas entrando em um país com uma taxa de vacinação relativamente baixa e infecções crescentes.

Atualmente não há restrições aos atletas em termos de vacinação, mas a pesquisa do YouGov descobriu que os europeus as acham que isso deve afetar a realização dos jogos. 

Nos cinco países pesquisados, cerca de metade acha que a vacinação deve ser levada em consideração para credenciar um atleta a conmpetir, seja como uma medida isolada ou em associada a uma baixa taxa de infecção no país de origem do atleta.

A pesquisa concluiu que o status de vacinação dos atletas é claramente um fator-chave nas atitudes dos entrevistados sobre essa questão, enquanto a taxa de infecção no país de origem do atleta é geralmente vista como menos importante.

Cerca de um terço dos adultos na Grã-Bretanha, França e Alemanha acham que a vacinação por si só é um requisito suficiente para atletas competidores; esse número sobe para 37% na Dinamarca e 39% na Suécia.

Alguns entrevistados foram além, dizendo que os atletas só deveriam ser elegíveis para competir se tivessem a vacina e fossem de um país com baixas taxas de infecção. Os britânicos são os mais favoráveis a essa medida, (26%), assim como 15% a 19% das pessoas nos outros países estudados.

Adultos na França e na Alemanha se mostraram menos preocupados em relação à vacinação de atletas, com um quarto (25% e 27%, respectivamente) dizendo que todos os atletas devem ser capazes de competir, independentemente de seu estado de vacinação ou da taxa de infecção em seu país. 

Menos de um em cada seis concordou com isso na Grã-Bretanha (16%), Dinamarca (15%) e Suécia (17%).

 

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