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Prêmio global de jornalismo ambiental abre inscrições para profissionais, estudantes e veículos de mídia

Foto: José Pedro Ortiz / Unsplash

Londres – O prêmio de jornalismo ambiental da coalizão global Covering Climate Now abriu inscrições para sua edição 2022. Podem participar veículos de imprensa de qualquer tamanho, profissionais e estudantes de jornalismo de todo o mundo.

O Covering Climate Now Jornalism Awards vai reconhecer trabalhos sobre mudanças climáticas veiculados em 2021 em 12 categorias, incluindo áudio, vídeo, impresso e mídias sociais. 

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 1º de março, com tradução para inglês caso tenham sido produzidas originalmente em português. Não é necessário ser associado à CCNow para concorrer. 

Prêmio de jornalismo sobre mudanças climáticas

O prêmio é organizado pela rede global Covering Climate Now, que reúne mais de 460 organizações jornalísticas, em conjunto com a Columbia Journalism Review. 

Fundada em 2019 nos EUA, a CCNow tem entre seus integrantes veículos como The Guardian, CBS News, NBC News, ABC News, PBS NewsHour, Bloomberg, Agence France-Presse, Reuters, The Times of India, Nature, Scientific American e VICE World News, além de empresas jornalísticas regionais, profissionais freelancers e universidades. 

A audiência somada dos membros é de aproximadamente dois bilhões de pessoas em todo o mundo. O MediaTalks faz parte da rede. 

Em 2021, o prêmio recebeu quase 600 inscrições de 38 países. 

Meio ambiente x mudanças climáticas 

As reportagens inscritas no prêmio devem tratar de mudanças climáticas, indo além da cobertura de assuntos ambientais que não contenham uma associação direta do fato com a emergência do clima, seja como causa ou consequência. 

Os organizadores explicam que todas as matérias sobre mudanças climáticas são matérias sobre meio ambiente, mas nem todas as matérias sobre meio ambiente são ao mesmo tempo sobre mudanças climáticas, como no exemplo que consta no edital: 

Quando um rio em Cleveland ficou tão poluído a ponto de explodir em chamas, como aconteceu em 1969 (dando origem ao primeiro Dia da Terra), a cobertura do fato foi uma matéria sobre um problema de meio ambiente, mas não uma matéria sobre mudanças climáticas, porque o fogo não foi apontado como tendo sido causado pelo aquecimento global ou tendo gerado consequências para ele.

As matérias inscritas para concorrer ao prêmio devem explorar ângulos como a interseção entre questões climáticas e imigração, as diferentes facetas da questão, denúncias de desinformação e comportamento antiético em relação ao meio ambiente. 

Devem também mostrar o impacto desproporcional da emergência do clima sobre comunidades negras, indígenas e menos favorecidas economicamente. 

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Vencedores do prêmio em 2021 

A primeira edição do prêmio de jornalismo da CCNow, em 2021, homenageou grandes veículos como CNN, Reuters e AFP e também redações menores e pouco conhecidas globalmente. 

Mark Hertsgaard, cofundador e diretor executivo da rede, reforça a importância de que as mudanças climáticas façam parte da pauta de todas as editorias, o que o prêmio tem como objetivo estimular. 

Assista ao vídeo dos vencedores em 2021, apresentado pelos jornalistas da NBC News Al Roker e Savannah Sellers e transmitido pela NBC News.

Prêmio de jornalismo em 12 categorias 

Cada participante pode inscrever até três trabalhos. As categorias do prêmio de jornalismo ambiental da CCNow são:

Cobertura diária – matérias escritas, em áudio e vídeo: Breaking news ou matérias do cotidiano.

Features (matérias especiais) escritas, em áudio e vídeo: Reportagens que se afastem do cotidiano para analisar uma tendência mais ampla.

Jornalismo investigativo (escrito): Matérias que revelem fatos ou informações de interesse público ou um mergulho profundo em um tema pouco conhecido. Podem empregar ferramentas como revisões de registros oficiais, análise de dados, pesquisa histórica e entrevistas.

Comentário (escrito): Em muitas publicações são os artigos classificados como “opinião” ou “análise”. Reportagens podem ser inscritas nesta categoria, desde que contenham a perspectiva do autor.

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Newsletters: Os boletins informativos inscritos no prêmio devem incluir conteúdo original — um resumo de notícias com links  por si só não é suficiente — e devem ser publicados pelo menos uma vez por mês.

Série de rádio ou podcasts: Programas de rádio ou séries de podcasts dedicados à crise climática ou que abordem as mudanças climáticas de maneira significativa, podendo ser em formato de  documentário narrativo, noticiário ou talk show

Projeto multimídia: Qualquer trabalho em que pelo menos dois meios tenham sido utilizados para contar a história, como escrita, fotografia, áudio, vídeo, visualização de dados e videogames. 

Fotografia: A fotografia ou série enviadas pode representar o trabalho coletivo de uma publicação ou o trabalho de um único fotógrafo, em um máximo de 10 imagens. 

Mídias sociais e engajamento: Trabalhos criado especificamente para mídias sociais ou que usem as redes para destacar as reportagens de um meio de comunicação. O conteúdo pode incluir postagens/stories/vídeos do Instagram, vídeos no TikToks, tópicos do Twitter e Google Web Stories. 

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Inovação no setor: Esta categoria homenageará iniciativas de organizações jornalísticas para chamar a atenção do público para a questão das mudanças climáticas.  Alguns exemplos são a criação de uma editoria ou equipe de cobertura especial, uma reorganização da redação para reorientar os esforços dos jornalistas em direção às mudanças climáticas ou uma edição especial sobre o tema. 

Jornalista emergente: Um prêmio especial será concedido a um profissional em início de carreira (cinco ou menos anos de experiência profissional), com base em um conjunto de trabalhos que demostrem seu potencial futuro. 

Jornalista estudante: O concurso vai destacar um estudante da graduação ou pós-graduação com base em um conjunto de trabalhos publicados em meios acadêmicos ou em veículos gerais.

As inscrições podem ser feitas aqui

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