A Royal Holloway University of London está oferecendo um curso gratuito e online que vai ajudar a desvendar um fenômeno que nos dias atuais parece banal: o uso de fotos manipuladas por agentes políticos.

O curso “Filme, imagens e interpretação histórica no século XX: a câmera nunca mente” discutirá ao longo de seis módulos como esses artifícios foram usados e os seus impactos nos últimos 100 anos.

O programa é assíncrono, ou seja, as sessões são gravadas e podem ser acessadas a qualquer momento pelos participantes. Apesar de ser em inglês, todo o conteúdo é disponibilizado com legendas em português.

Curso aberto para quem gosta de História

O curso não se restringe a fotógrafos, pois não explora técnicas específicas da profissão.

O objetivo é debater o uso da fotografia — seja estática ou em filmes — em contextos históricos. Por isso, é aberto a todos que têm interesse geral em História, fotojornalismo e filmes baseados em fatos reais.

Entre os temas explorados estão o o significado das fotografias como evidência histórica; as limitações das fotos e como considerar os diversos contextos em que elas foram tiradas; a manipulação de imagens – por meio de alteração e/ou censura – por indivíduos e instituições e os impactos na interpretação histórica.

A duração total do curso é estimada em 21 horas. As aulas são oferecidas por meio da plataforma Coursera, empresa de tecnologia educacional norte-americana.

O curso é dividido em seis módulos, todos com vídeos, textos e exercícios práticos.

O primeiro explora as questões associadas ao uso de imagens como fonte de pesquisa histórica e serão apresentados exemplos em que o uso de fotos manipuladas foi descoberto.

No segundo módulo, são analisados estudos de caso em que imagens moldaram a opinião pública sobre eventos históricos ou foram suprimidas na época para evitar reações adversas ou negativas. 

A terceira semana de aulas aborda a manipulação de imagens no regime comunista de Joseph Stalin e como ele adulterou as fotos soviéticas nas décadas de 1930 e 1940.

O quarto módulo explica o que é fotojornalismo e o uso de imagens como provas de fatos históricos.

No quinto, os alunos vão conhecer o poder das imagens na influência da opinião pública a partir do exemplo da foto vencedora do Prêmio Pulitzer tirada no Monte Suribachi, na Ilha de Iwo Jima, durante a 2ª Guerra Mundial.

O sexto e último módulo esclarece como o cinema molda nossas memórias e consciências de eventos históricos.

As aulas são ministradas pelos professores de História Emmett Sullivan e Dilara Scholz.

O curso oferece certificado mediante o pagamento de uma taxa. Para mais informações e inscrições, acesse o site.