Londres –  A história da monarquia é marcada por teorias da conspiração desde os tempos medievais, e não seria diferente na morte da rainha Elizabeth, cuja causa ainda não foi – e talvez jamais seja – informada ao público. 

No dia do enterro, o Twitter está fazendo no Reino Unido um alerta sobre as principais fake news em torno da morte da rainha. 

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Desde que ela morreu, em 8 de fevereiro, as especulações sobre a causa da morte são as mais diversas, embora a bem-comportada mídia britânica tenha evitado tocar no assunto. 

Mas os criativos conspiracionistas também inventam coisas sobre as cerimônias fúnebres e o enterro, levando serviços de fact-checking independentes ou aqueles mantidos por agências de notícias a tentar desmentir as invenções. 

Veja algumas das teorias da conspiração sobre a morte da rainha Elizabeth

O Lead Stories, que faz monitoramento de fake news nas redes sociais, esclareceu que um vídeo supostamente mostrando o caixão aberto da rainha é falso. 

A urna funerária permaneceu fechada durante todo o tempo de exibição pública. 

O cancelamento de qualquer funeral, enterro ou cremação que não seja o da rainha Elizabeth no dia 19 de setembro foi outro tema que circulou nas redes por obra de autores de teorias da conspiração. 

A agência Full Fact sfoi uma das que desmentiu.

Outra invenção é uma imagem em que uma frase de apoio a Donald Trump aparece na faixa que a rainha utilizou ao receber o ex-presidente em Londres. 

A imagem original não tem a frase, mas os autores da falsificação podem ser admiradores que não gostaram de o ex-presidente não ter sido convidado para o funeral. 

Os tributos à monarca nas ruas foram marcados pela paz, com poucos incidentes e uma tolerância da polícia até com a proibição de acampar em parques públicos. 

Mas uma teoria da conspiração se aproveitou da imagem da Guarda da Rainha para criar um falso vídeo com quase 400 mil visualizações mostrando um turista sendo atacado. 

A agência de fact-checking Snoopes desmentiu. 

Nem os cachorros da raça corgi da rainha Elizabeth escaparam dos teóricos da conspiração. Uma postagem no Facebook com uma foto mostra o que seria a chegada deles a Londres. 

Nesse caso, a foto é autêntica, mas foi feita em 1993 e nada tem a ver com a morte da rainha ou o destino dos animais, que ficarão sob os cuidados do filho Andrew. 

Alguém ficou alegre com a morte da rainha? Embora os mais radicais não perdoem a família real e Elizabeth II pelo passado de escravidão e colonialismo, muitos anti-monarquistas defendem o fim do regime mas demonstram simpatia pela figura simpática da monarca. 

Um dos vídeos falsos que circulou nas redes e faz parte do alerta do Twitter é uma falsificação mostrando irlandeses dançando de felicidade. 

O esclarecimento da AFP informa que o vídeo foi publicado originalmente no TikTok em janeiro passado e nada tem a ver com a morte da rainha.