Londres – Com as mudanças climáticas na pauta da mídia durante duas semanas por causa da COP27, a tendência de o jornalismo ambiental se espalhar por todas as editorias mais uma vez se confirmou, demonstrando que não são apenas os repórteres especializados em ciência a serem engajados na cobertura sobre temas que antes ficavam restritos a nichos
Mas nem todos estão capacitados, e muitas redações ainda não se prepararam adequadamente para acompanhar assuntos complexos como finanças climáticas, acordos internacionais relacionados à proteção ambiental e justiça climática.
Para mapear a situação, a coalizão global de jornalismo ambiental Covering Climate Now está realizando uma pesquisa global online, que pode ser respondida por qualquer interessado, jornalista ou não.
O objetivo é identificar o atual estado do jornalismo climático e oportunidades para que ele se desenvolva ainda mais.
Acesse aqui a pesquisa State of Climate Journalism Survey.
As respostas podem ser dadas de forma pública ou anônima.
Jornalismo e mudança climática
A Covering Climate Now é uma rede formada por cerca de 500 veículos de imprensa de todo o mundo. Ela foi criada em 2019, pouco antes de o coronavírus ter dominado o noticiário, deixando em segundo plano outras pautas relevantes para a imprensa.
.A mudança climática foi uma delas, com o jornalismo ambiental perdendo por algum tempo o espaço para os efeitos da pandemia.
A iniciativa foi dos jornalistas americanos Mark Hertsgaard e Andrew McCormick, que já achavam que a imprensa deveria cobrir mais e melhor a emergência climática.
Entre os co-fundadores estão Columbia Journalism Review, The Nation, The Guardian e WNYC. A rede tem hoje cerca de 500 membros, incluindo grandes redações internacionais. O MediaTalks faz parte da Covering Climate Now.
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