Londres – Confirmando a mística em torno da família real britânica, apesar de intrigas que abalaram a reputação de seus principais membros, a série Harry e Meghan, tornou-se o segundo documentário mais assistido de todos os tempos na Netflix.
Ao apresentar seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2022, nesta quinta-feira, a empresa listou as produções mais bem-sucedidas do período, entre elas o documentário em que o príncipe Harry e sua mulher Meghan Markle exibiram imagens da vida doméstica, cenas de bastidores do casamento, momentos com os filhos e muito ressentimento com o tratamento recebido da família e da imprensa.
A Netflix divulgou a conquista de 7,7 milhões de assinantes entre outubro a dezembro, um período que incluiu a estreia de uma opção com anúncios por US$ 7 por mês. A empresa associou a série Harry & Meghan ao resultado positivo.
O duque e a duquesa de Sussex deixaram o Reino Unido e as funções oficiais na família real em 2021 e se lançaram no mundo dos negócios, assinando contratos para podcasts, séries de TV e livros.
A primeira empreitada literária, o livro Spare, também não decepcionou. No primeiro dia de vendas, 10 de janeiro, tornou-se a obra de não ficção mais vendida do país, com 400 mil cópias compradas em livrarias e online.
Uma semana depois, segundo a editora Penguin House, as vendas bateram 3,2 milhões de exemplares no mundo. Somente nos EUA foram vendidos 1,6 milhão de exemplares de Spare.
O livro de memórias de Harry inclui alegações de que o príncipe William o atacou fisicamente e o provocou sobre seus ataques de pânico, e a confissão de ter matado 25 membros do Talibã.
Leia também | Livro de Harry bate recorde de vendas; príncipe afirma que mídia ‘distorceu’ revelação sobre mortes de Talibãs
Contratos milionários para Harry e Meghan
O valor dos contratos negociados por Harry e Meghan desde que passaram a ter vida financeira própria não foi divulgado oficialmente, mas as estimativas do jornal britânico The Sun são de que ele teria faturado US$ 16 milhões com Spare, e pago US$ 1 milhão ao jornalista J.J. Moehringer, autor do texto final a partir do relato do príncipe.
Meghan e Harry têm um acordo com o Spotify para produção de podcasts, que seria de U$ 18 milhões. Ela já fez a série Arquétipos, com conversas sobre estereótipos que afetam mulheres.
Com a Netflix, o contrato seria de US$ 100 milhões para uma série de documentários com histórias de vida inspiradoras.
A primeira foi a deles próprios, embalada como um ato de coragem ao expor questões como racismo, saúde mental e assédio da mídia.
O documentário Harry & Meghan foi ao ar pela Netflix em dois blocos, nos dias 8 e 15 de dezembro, cada um com três capítulos.
Entre as revelações mais explosivas estavam a de que o Palácio de Buckingham mentiu à imprensa para proteger o príncipe William. E os pensamentos suicidas que Meghan disse à mãe ter tido como resultado da pressão sofrida pela imprensa aliada à falta de apoio da monarquia para lidar com o assédio.
Leia também | Série Netflix: Harry e Meghan elevam tom de ataques à família e à mídia; mãe confirma pensamentos suicidas
O documentário Harry & Meghan já foi visto por 2,4 milhões de pessoas apenas no Reino Unido.
No entanto, apesar das vendas do livro e da audiência da série, a popularidade do casal caiu no país, assim como a dos principais membros da família real – o que diante do sucesso comercial não deve ser um grande problema para Harry e Meghan.
Leia também | Harry e Meghan perdem admiração do público após série da Netflix, revela pesquisa