MediaTalks em UOL

‘Fantasma das montanhas’ é a foto do ano em prêmio do Museu de História Natural de Londres

Foto leopardo vencedora prêmio museu história natural de l

Londres – A expressão pensativa de um leopardo, majestoso no topo de uma montanha nevada do Himalaia indiano sob as luzes do entardecer, foi a imagem favorita do público na votação popular do prêmio de fotografia da vida selvagem do Museu de História Natural de Londres em 2023.

Sascha Fonseca, autor da foto, passou três anos registrando animais selvagens com armadilhas fotográficas na região. Elas captam os movimentos dos animais sem interferência humana – nem riscos para os fotógrafos. 

Segundo o júri do concurso, cujos vencedores foram anunciados nesta quarta-feira (9), o leopardo-das-neves, conhecido como “fantasma das montanhas”, é uma espécie difícil de fotografar devido à agilidade e camuflagem. Estima-se que existam apenas 6,5 mil deles na natureza. 

Fonseca é alemão, vive e trabalha em Dubai e começou a fazer fotos da natureza em Ruanda, especializando-se em armadilhas fotográficas. 

Fotografia da natureza Fotógrafo Sascha Fonseca Museu História Natural vencedor
Sascha Fonseca (Foto: LinkedIn)

Em seu perfil, ele diz gostar de fazer imagens que mostrem a personalidade dos animais, suas expressões e olhares, razão pela qual se especializou em felinos. 

A imagem premiada no concurso cumpre esse papel, saindo campeã na votação popular feita via internet pelo Museu de História Natural de Londres. 

© Sascha Fonseca, Wildlife Photographer of the Year

Mais de 39 mil fotos enviadas por amadores e profissionais de 93 países concorreram ao prêmio. O júri selecionou 25 imagens para votação popular. 

‘O número recorde de votos deste ano ilustra como a fotografia da vida selvagem pode envolver e inspirar o público com as maravilhas da natureza. Resultado de dedicação e perseverança, a notável imagem de Sascha captura a beleza de tirar o fôlego do nosso planeta e nos lembra de nossa responsabilidade compartilhada de protegê-lo”, diz Douglas Gurr, diretor do Museu de História Natural.

Conheça as outras quatro mais votadas, incluindo a de outro leopardo, e as finalistas que participaram da votação.

Todas estão expostas em uma mostra no Museu, um dos principais centros de pesquisa e promoção da ciência no mundo. 

Segurando, por Igor Altuna, Espanha

Este leopardo havia matado um macaco no Parque Nacional South Luangwa, na Zâmbia. O bebê do macaco ainda estava vivo e agarrado à mãe.

© Igor Altuna, Wildlife Photographer of the Year

“O predador caminhou de volta para seu próprio filhote, que brincou com o bebê macaco por mais de uma hora antes de matá-lo, quase como se tivesse recebido uma presa viva como uma lição de caça”, explicou o fotógrafo.


Entre as flores, por Martin Gregus, Canadá

O fotógrafo registrou o momento em que um filhote de urso polar brincava em um campo de flores silvestres na costa da Baía de Hudson, no Canadá. 

© Martin Gregus, Wildlife Photographer of the Year

 

Retrato de Olobor, por Marina Cano, Espanha

A imagem mostra o leão Olobor descansando. Ele faz parte do grupo de cinco machos no bando de Black Rock, na Reserva Nacional Maasai Mara, no Quênia.

O chão ao redor do leão está preto, por ter sido queimado por pastores Maasai locais para estimular o nascimento de grama nova, uma técnica antiga cultivada por povos originais. 

© Marina Cano, Wildlife Photographer of the Year

Afeição de raposas, por Brittany Crossman, Canadá

Em um dia frio em North Shore, na Ilha Prince Edward, no Canadá, um par de raposas vermelhas se cumprimenta com carinho. O período de acasalamento da raposa vermelha é o inverno, sendo comum encontrá-las juntas nessa época. 

© Brittany Crossman, Wildlife Photographer of the Year

As finalistas do People’s Choice Awards 

As outras 20 fotografias selecionadas pelo júri do Museu de História Natural de Londres destacam animais em extinção e impacto do homem sobre a vida selvagem. 

O sapo com os olhos de rubi, por Jaime Culebras, Espanha 

A imagem mostra uma fêmea de sapo de vidro Mindo sentada em uma folha. O que chamou a atenção do fotógrafo foram os olhos de ‘rubi’ do animal. 

Encontrados apenas no noroeste do Equador, na Reserva Río Manduriacu, no sopé dos Andes, esses sapos estão ameaçados pela perda de habitat associada à mineração e exploração madeireira. 

© Jaime Culebras, Wildlife Photographer of the Year

Lixo Covid, por Auke-Florian Hiemstra, Holanda

Um jovem peixe poleiro foi encontrado preso no polegar desta luva cirúrgica descartada em um canal em Leiden, na Holanda. Desde o início da Covid-19, luvas e máscaras faciais estão espalhadas pela terra e pelo mar.

© Auke-Florian Hiemstra, Wildlife Photographer of the Year

Os espinhos em suas costas impediram que o peixe escapasse. A imagem da luva formou a base de um estudo científico que documentou a gama de animais afetados pelos resíduos da Covid-19 durante a pandemia, mostrando que o material que ajudou a nos proteger virou um perigo para a vida selvagem.


A história de uma raposa, de Simon Withyman , Reino Unido

O objetivo do fotógrafo foi conscientizar sobre os danos que os humanos podem causar inadvertidamente à vida selvagem.

A imagem, capturada na cidade de Bristol, no Reino Unido, mostra uma jovem raposa que sofreu um ferimento grave ao tentar se livrar de uma rede de plástico usada como cerca em canteiros de obras.

© Simon Withyman, Wildlife Photographer of the Year

Os moradores locais alimentaram o animal, que foi capturado, tratado e libertado, mas seis meses depois, foi atropelado por um carro e morreu.


Um aperto firme, de Nicholas More, Reino Unido

Os cavalos-marinhos de Bargibant são minúsculos – medem de 1 a 2 centímetros de altura – e tendem a ficar parados. Eles têm a capacidade de imitar as cores e a textura nodosa de seu hospedeiro, que só é revelada em detalhes ampliados.

© Nicholas More, Wildlife Photographer of the Year

A imagem mostra um cavalo-marinho macho que está grávido, aproximadamente duas semanas antes de dar à luz, agarrado a um pink sea fan (um tipo de coral rosa), no mar de Bali, em Tulamben, Indonésia. 


Hienas na estrada, por Sam Rowley, Reino Unido 

Hienas-malhadas são animais inteligentes e oportunistas. Nos arredores de cidades como Harar, na Etiópia, eles aproveitam o que os humanos deixam para trás, incluindo ossos e carne podre. 

Ao fazer isso, as hienas mantêm as doenças sob controle. Em troca, os moradores de Harar as toleram.

© Sam Rowley, Wildlife Photographer of the Year

Pego pelo gato, por Michał Michlewicz, Polônia 

O fotógrafo de vida selvagem Michał notou que muitos animais estavam visitando este celeiro abandonado em Radolinek, uma pequena vila no oeste da Polônia, provavelmente seguindo o cheiro de presas de roedores. 

© Michał Michlewicz, Wildlife Photographer of the Year

Ele montou uma armadilha fotográfica dentro do celeiro, de frente para a entrada, e capturou o momento em que um gato doméstico chega com sua presa. O fotógrafo quer que sua imagem seja usada para ilustrar o impacto que os gatos domésticos podem ter no ecossistema local. 


‘Esse é o lugar’, por Richard Flack, África do Sul 

No Parque Nacional Kruger, na África do Sul, nas proximidades de um acampamento, o fotógrafo descobriu um bando de galinhas-d’angola e capturou o momento em que uma delas começou a coçar a cabeça e a orelha de outra, que ficou com a boca aberta e os olhos arregalados, como se dissesse ‘aqui é o lugar, continue’. Richard comentou: 

“Não é sempre que você consegue capturar a emoção nos rostos dos pássaros – mas não havia dúvida – era uma galinha-d’angola satisfeita!”

© Richard Flack, Wildlife Photographer of the Year

Pesca de enguias de vidro, por Eladio Fernandez, República Dominicana 

A enguia americana está ameaçada de extinção. O fotógrafo de vida selvagem Fernandez registrou o momento em que os pescadores da costa da República Dominicana puxavam suas redes das ondas com as enguias em sua fase jovem, chamadas de enguias de vidro.

© Eladio Fernandez, Wildlife Photographer of the Year

Elas são exportadas aos milhões todos os anos para atender a uma demanda da Ásia, particularmente dos japoneses. Com a espécie em declínio acentuado, a pesca dos EUA agora é rigidamente controlada, deixando o Caribe como o maior exportador, mas sem regulamentação.


Um encontro de ouro, por Minqiang Lu, China 

Duas fêmeas e um macaco dourado de nariz arrebitado ficam bem juntinhos para se aquecer no frio extremo do inverno. Essa espécie ameaçada é encontrada na China. 

Eles vivem isolados no alto das florestas temperadas, nas montanhas de Qinling, na província de Shaanxi e alimentam-se das árvores, de folhas, cascas, brotos e líquens. 

© Minqiang-Lu, Wildlife Photographer of the Year

Creche caribenha, por Claudio Contreras Koob, México 

A imagem mostra uma colônia de reprodução de flamingos na Reserva da Biosfera Ría Lagartos, na Península de Yucatán, no México. 

Era junho e os filhotes de flamingo já haviam deixado seus ninhos e estavam em creches. Essas creches são sempre guardadas por pássaros adultos. Quando os filhotes começaram a se aproximar do fotógrafo, os adultos os cercaram e os conduziram de volta para a colônia.  

© Claudio Contreras Koob, Wildlife Photographer of the Year

Embora a população de flamingos esteja estável, eles são altamente sensíveis a mudanças no ambiente, como inundações nos locais onde constroem seus ninhos.


Ataque de vespa, por Roberto Garcia-Roa, Espanha

O combate frenético entre a vespa pompilid e a aranha Ctenus parou de repente, para a vespa verificar se sua picada havia paralisado a aranha. 

A foto foi feita na selva peruana de Tambopata onde as vespas da família Pompilidae são chamadas de vespas-aranha porque as fêmeas se especializam em caçar aranhas, usadas como alimento vivo para seus filhotes.

© Roberto García-Roa, Wildlife Photographer of the Year

Azar do gato, por Sebastian Kennerknecht, EUA 

Pendurada em um galpão, essa pele de gato pode parecer à primeira vista um item sem uso, mas não é bem isso. 

A relação entre o gato andino e seus vizinhos humanos é complexa. Embora os gatos sejam celebrados como guardiões da montanha, eles também são considerados boa sorte para a fertilidade do gado e, por isso, são mortos e às vezes usados ​​durante cerimônias para induzir um ano abundante.

© Sebastian Kennerknecht 1, Wildlife Photographer of the Year

O indescritível gato dourado, por Sebastian Kennerknecht, EUA 

A imagem foi capturada na floresta tropical do Parque Nacional de Kibale, em Uganda, e mostra um raro gato dourado africano. 

Com cerca de duas vezes o tamanho de um gato doméstico, é um dos felinos menos estudados do mundo. Até o momento, existem menos de cinco fotografias deste gato na natureza.

© Sebastian Kennerknecht 2, Wildlife Photographer of the Year

Frente a frente, por Miquel Angel Artús Ilan, Espanha

A imagem mostra duas fêmeas de boi-almiscarado brigando, no Parque Nacional Dovrefjell-Sunndalsfjella, na Noruega. O fotógrafo esperava que os machos se enfrentassem, já que as fêmeas estavam no cio, mas não foi o que aconteceu.

© Miquel Angel Artús Illana, Wildlife Photographer of the Year

  Vida e arte, por Eduardo Blanco Mendizabal, Espanha

Um gato pintado em uma parede em Corella, no norte da Espanha, resultou nessa imagem. O fotógrafo viu o grafite e esperou que uma lagartixa em busca de mosquitos se posicionasse perto do gato, dando a impressão de que a caçadora de insetos tinha virado presa do gato.

© Eduardo Blanco Mendizabal, Wildlife Photographer of the Year

Vermelho e amarelo, por Chloé Bès , França

Perto do porto de Rausu, na ilha japonesa de Hokkaido, várias centenas de gaivotas aguardavam o retorno dos pescadores. Na imagem, a fotógrafa se concentrou em um pássaro, destacando o olho e o bico.

© Chloe Bes / Wildlife photographer of the Year

A mancha vermelha no bico se desenvolve quando as gaivotas são adultas e é em parte um reflexo de sua saúde. É também uma ajuda essencial para os filhotes: quando os filhotes bicam o local, desencadeia uma reação de regurgitação dos pais.


Cara ou Coroa?, por Jodi Frediani , EUA

 O contraste dos corpos dos três golfinhos com o fundo turquesa do Santuário Marinho Nacional da Baía de Monterey, na Califórnia, resultou nessa imagem, que mostra duas cabeças de adultos e um rabo prateado de um jovem cetáceo.

©Jodi Frediani, Wildlife Photographer of the Year

Estes golfinhos têm uma aparência atípica, com bicos curtos e pontiagudos, testas inclinadas e sem barbatanas dorsais. Eles são rápidos e extremamente atléticos, muitas vezes dando altos saltos fora da água.


Lobo da costa, por Bertie Gregory, Reino Unido

A imagem mostra uma fêmea de lobo cinza andando ao longo da costa oeste da Ilha de Vancouver, em British Columbia, no Canadá.

© Bertie Gregory, Wildlife Photographer of the Year

Encontro noturno, por Sami Vartiainen, Finlândia

Um texugo encantou o fotógrafo em uma floresta perto de Helsinque, na Finlândia.

Ele não se intimidou com a presença do fotógrafo, farejou o ar, deitou no chão, caminhou curtas distâncias e algumas vezes olhou direto para a câmara. E quando anoiteceu, partiu em busca de comida.

© Sami Vartiainen, Wildlife Photographer of the Year

Olhar de lebre, por Deena Sveinsson, EUA

A fotógrafa estava andando nas florestas do Parque Nacional das Montanhas Rochosas, no Colorado, EUA, quando encontrou uma lebre descansando em um pequeno monte de neve.

©Deena Sveinsson,Wildlife Photographer of the Year

Quando viu a fotógrafa, o animal olhou diretamente para a câmera, e ela aproveitou para capturar o momento.


O Wildlife Photographer of the Year é realizado pelo Museu de História Natural de Londres. As imagens não podem ser reproduzidas sem autorização da instituição. 


Sair da versão mobile