Londres – A OpenIA, dona da ferramenta de inteligência artificial generativa ChatGPT, deu um passo importante para atenuar críticas de desinformação e violação de direitos autorais, fechando um acordo com a agência de notícias Associated Press para utilizar seu conteúdo.
As ferramentas de inteligência artificial recolhem informações disponíveis em qualquer fonte aberta na internet para alimentar seus modelos de linguagem, sem um mecanismo formal de autorização dos autores ou compensação financeira.
O valor do contrato não foi divulgado, mas ele pode abrir caminho para outras empresas jornalísticas buscarem acordos semelhantes.
O ChatGPT vai usar legalmente os arquivos de notícias da AP desde 1985.
Em um comunicado, Kristin Heitmann, vice-presidente de receita da AP, disse:
“Estamos satisfeitos que a OpenAI reconheça que o conteúdo de notícias não partidário e baseado em fatos é essencial para essa tecnologia em evolução e que eles respeitam o valor de nossa propriedade intelectual.
A AP apoia firmemente uma estrutura que garantirá que a propriedade intelectual seja protegida e que os criadores de conteúdo sejam compensados de forma justa por seu trabalho.”
Outros sem acordo com o ChatGPT ainda
É exatamente o que outros criadores estão questionando na justiça.
Um deles é a Getty Images, que em janeiro abriu um processo no Reino Unido contra a Stability IA, proprietária da rede social DevianArt e da ferramenta Midjourney pelo uso de suas imagens.
Nos EUA, o escritório jurídico LLMlitigation tem pelo menos três ações judiciais por violação de direitos autorais em nome de artistas e escritores.
A mais recente delas tem como um dos autores a comediante e escritora Sarah Silverman.
A petição mostra capítulos inteiros de seus livros capturados em sites que pirateiam livros fornecidos aos usuários do ChatGPT que pedem um resumo da história.
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