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Tradição olímpica, lugares inusitados e celebridades: a jornada da tocha pela história em imagens

Fotos contam história da tocha olímpica

Fotos: Getty Images

A chegada da tocha olímpica para a abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Paris, em 26 de julho, depois de percorrer todas as regiões da França, repete uma tradição que começou em 1928 e que se tornou um dos momentos mais esperados das Olimpíadas modernas. 

A chama olímpica foi acesa pela primeira vez nos Jogos de Amsterdã em 1928 e fez sua primeira viagem em um revezamento em 1936 para a 10ª Olimpíada em Berlim. Assim continua até hoje, com a tocha passando por diversos locais ao longo dos anos, incluindo alguns inusitados como o fundo do mar – ou os céus de Paris, como na surpreendente abertura desta sexta-feira.  

O Diretor de Fotografia do arquivo da Getty Images, Bob Ahern, selecionou imagens históricas para uma retrospectiva visual do revezamento da tocha olímpica, um instrumento poderoso para engajar o público e promover valores olímpicos como coragem e perserverança. 

Grécia: chama olímpica sendo acesa para os. Jogos de Berlim 1936 

Meninas gregas acendem a chama olímpica para os Jogos Olímpicos de Verão em Berlim, Alemanha, em 1936, usando um espelho côncavo e raios solares. 

Moças vestidas como altas sacerdotisas acendem a chama olímpica na Alemanha
Foto: Wolff & Tritschler / Ullstein bild via Getty Images

O revezamento da tocha celebra a passagem da chama sagrada de uma tocha para outra, atravessando milhares de quilômetros e vários continentes.

Grécia: a tocha é conduzida pela primeira vez para os Jogos Olímpicos de 1936

Embora a chama olímpica tenha sido acesa pela primeira vez nos Jogos de Amsterdã em 1928, foi nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, que o percurso da tocha aconteceu pela primeira vez.

O primeiro a carregá-la foi o atleta grego Konstantin Kondylis, que na foto está saindo do estádio de Olimpia, Grécia.

Foto: Presse Photo GmbH/ Ullstein bild via Getty Images

Revezamento da tocha nos Jogos Olímpicos de Londres 1948

Nesta foto dos arquivos da Central Press, uma das principais agências de notícias britânicas do Século 20, o veterano corredor Herbert Bignall (à direita) entrega a chama olímpica a Fred Prevett, em Surrey.

O registro foi feito durante a viagem da tocha de Dover até o Estádio de Wembley, em Londres, para a abertura das Olimpíadas de Londres de 1948.

Foto: Central Press/Hulton Archive

Ensaio da cerimônia da chama olímpica 

Antes do início do revezamento olímpico é realizada até os dias de hoje uma cerimônia especial no sítio arqueológico de Olimpia, berço dos antigos Jogos Olímpicos, em Atenas, Grécia.

Esta foto feita em 2012 mostra um ensaio geral para a cerimônia, com atrizes assumindo o papel das Altas Aacerdotisas.

Foto: Jaime McDonald / Getty Images

Pela tradição, a chama nasce em frente às ruínas do templo de Hera. A imagem mostra a atriz Ino Menegaki representando uma Alta Sacerdotisa acendendo o pote arcaico no antigo estádio.


Jean-Paul Belmondo, Vittorio De Sica e Sophia Loren 

Esta imagem mostra o ator e diretor Vittorio De Sica, a atriz Sophia Loren e o ator Jean-Paul Belmondo acompanhando a passagem da tocha olímpica em Roma, durante um intervalo no set de filmagem de ‘Duas Mulheres’, em 21 de agosto de 1960. Neste ano, o revezamento da tocha olímpica foi televisionado pela primeira vez. 

Foto: Pierluigi Praturlon / Reporteres Associati & Archivi / Mondadori Porfolio via Getty Images

Yoshinori Sakai, nascido em 1945, conduz a tocha olímpica de Tóquio em 1964, simbolizando a paz 

Os Jogos de Tóquio de 1964 foram os primeiros a serem sediados na Ásia. Esta foto dos arquivos do jornal Asahi Shimbun mostra o último corredor segurando a tocha, Yoshinori Saka, e subindo os 163 degraus que levavam até a pira olímpica. 

Foto: The Asahi Simbun via Getty Images

Yoshinori Saka nasceu em 6 de agosto de 1945, quando foi lançada a primeira bomba atômica em Hiroshima. Ele foi escolhido para simbolizar a paz.


México, 1968: a primeira mulher a acender a pira olímpica   

A imagem registra uma estreia histórica: a corredora mexicana Enriqueta Basílio foi a primeira mulher da história das Olimpíadas a acender a pira olímpica. Na foto ela conduz a tocha em direção à pira durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 1968, na Cidade do México.

Foto Bride Lane Library/ Popperfoto via Getty Images

Naquele ano, a chama foi acesa em Olimpia, na Grécia e refez a viagem de Colombo ao Novo Mundo.


Adolescentes acendem a chama olímpica em Montreal, 1976 

Os adolescentes canadenses Sandra Anderson e Stehpane Prefontaine, que foram escolhidas para representar as comunidades de língua francesa e inglesa acendendo a pira, sendo observados pela rainha Elizabeth II em Montreal. O Canadá faz parte da Comowealth, a Comunidade Britânica das Nações.  Foi a primeira vez que um homem e uma mulher acenderam juntos a pira olímpica. 

Foto: Bettmann Archives 

Jogos Olímpicos de 1984: neta de Jesse Ownens homenageia lenda do atletismo

Quase meio século depois dos Jogos de Berlim de 1936, em que a lenda do atletismo Jesse Owens fez história, sua neta Gina Hemphill segura a tocha no Memorial Coliseum nos Jogos Olímpicos de Verão de 1984 em Los Angeles, EUA.

Foto: David Madison / Getty Images

Muhammad Ali em Atlanta, 1996

Um momento icônico da história da tocha olímpica foi documentado pelo fotógrafo esportivo Michael Cooper. O boxeador Muhammad Ali acendeu a chama olímpica durante a abertura dos Jogos Olímpicos do Centenário, em 1996, em Atlanta.

Foto: Michael Cooper / AllSport

O mundo assistiu enquanto Ali, que tinha a doença de Parkinson, acende a chama num momento que parecia definir o triunfo do espírito olímpico.


Nelson Mandela no revezamento da tocha olímpica em 2004

Esta foto mostra Nelson Mandela segurando a chama olímpica na Ilha Robben no revezamento da tocha em 2004 na cidade do Cabo, África do Sul. A tocha olímpica viajou por 34 cidades em 27 países a caminho dos Jogos Olímpicos de Atenas daquele ano. 

Foto: Todd Warshaw/Getty Images

Olimpíadas de Pequim, 2008

O fotógrafo esportivo da Getty Images Adam Pretty registrou o ginasta Li Ning suspenso no ar enquanto carregava a tocha olímpica durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, no Estádio Nacional, na China.

Foto: Adam Pretty /Getty Images

David Beckham pilota lancha em Londres 2012

Em 2012, David Beckham e a jogadora de futebol Jade Baily impressionaram os fotógrafos ao descerem o rio Tâmisa e passarem sob a Tower Bridge em uma lancha chamada ‘Max Power’ para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres. 

Foto: Matthew Lloyd / Getty Images

Paraolimpíadas de Londres 2012

A atleta paraolímpica Margaret Maughan carrega a chama durante a cerimônia de abertura das Paraolimpíadas de Londres 2012. 

Foto: Gareth Copley / Getty Images

Quando a chama olímpica de Paris 2024 for apagada na cerimônia de encerramento,  a chama paraolímpica será acesa alguns dias depois em Stoke Mandeville, na Grã-Bretanha, o berço histórico do esporte paraolímpico, para lançar o primeiro Revezamento da Chama Paraolímpica dos Jogos de Verão na França, onde mais de mil pessoas terão o privilégio de carregar a tocha paraolímpica. 


Isabel, a tocha e o Cristo Redentor na Rio 2016

O Cristo Redentor aparece ao fundo de um dos trechos do revezamento da tocha, levantada pela estrela Isabel, do vôlei. 

Foto: ( Tânia Rêgo/Agência Brasil) 

Chama olímpica é acesa para os jogos do ano da Covid-19  

Avançando para os Jogos de Tóquio em 2020, a foto mostra a medalhista de ouro da maratona feminina dos Jogos Olímpicos de Atenas, Mizuki Noguchi (à esquerda), recebendo a chama de Anna Korakaki, campeã de tiro nos Jogos Rio 2016, no início do revezamento da tocha em Olimpia, Grécia.

Foto: Kyodo News via Getty Images

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram adiados devido à Covid-19, mas a mensagem daquele ano, “A esperança ilumina o nosso caminho” , é simbolizada pela chama olímpica.


Chegada da tocha olímpica em Tóquio, em 2021

A bonita imagem destaca o detalhe das chamas sendo trocadas durante a cerimônia de chegada da tocha olímpica, em 23 de julho de 2021. 

Foto: Carl Court / Getty Images

Naomi Osaka leva a tocha na abertura de Tóquio, em 2021

O drama e a expectativa da noite de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio são perfeitamente capturados nesta foto retratando Naomi Osaka, da equipe do Japão, carregando a tocha em direção à pira olímpica. 

Foto: Leon Neal / Getty Images

Ensaio da cerimônia de chama olímpica Paris 2024

Esta foto produzida em 15 de abril de 2024 mostra a atriz grega Mary Mina desempenhando o papel da Alta Sacerdotisa e acendendo um caldeirão durante a cerimônia no sítio arqueológico da Antiga Olimpia antes dos Jogos de Paris. 

Foto: Milos Bicanski / Getty Images

Fotos da tocha olímpica em locais inusitados

Embora os fotógrafos não possam estar presentes em cada etapa da jornada da tocha, eles capturaram imagens de alguns dos momentos mais notáveis e difíceis ao longo dos anos. 

Tocha olímpica subaquática 

Em 2000, o fotógrafo esportivo da Getty Images Adam Pretty fez este registro quando Wendy Craig-Duncan, uma bióloga marinha, conduziu a tocha olímpicadebaixo d’água no recife de Agincourt, Grande Barreira de Corais, em Queensland, Austrália.

Foto: Adam Pretty / AllSport

Chama olímpica no Monte Everest

Nesta foto divulgada pelo BOCOG (Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim), a tocha olímpica é acesa por Luobuzhandui no Monte Everest, em 8 de maio de 2008, na região autônoma do Tibet, no sudoeste da China. 

Foto: Ngawang Chagxi /Xinhua /BOCOG

Tocha olímpica decola para a Estação Espacial Internacional 

O fotógrafo registrou o momento em que a tocha olímpica partiu numa visita de quatro dias à Estação Espacial Internacional antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014.

Foto: Bill Ingalls / NASA via Getty Images

Na imagem o comandante da Expedição 38 Soyuz, Mikhail Tyurin de Roscosmos, segura a tocha acompanhado pelos engenheiros de voo Koichi Wakata, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, e Rick Mastracchio, da NASA, antes de embarcarem no foguete Soyuz TMA-11M em 7 de novembro de 2013 em Baikonur Cosmodrome, no Cazaquistão.


Fotos: cortesia Getty Images / direitos autorais reservados 


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