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Saúde Emocional deve ser ‘pedra angular’ nos relatórios ESG, defende consultora da Deloitte

Executivo segurando computador com gráficos

Foto: Tung Nguyen / Pixabay

Londres – Embora a descrição clássica dos pilares ESG não inclua a saúde emocional de funcionários, clientes e consumidores como um compromisso, a tomada de consciência da sociedade fez com que iniciativas para promover o bem-estar mental entrassem na agenda ESG das corporações como parte integrante do S, de Social, já que demonstram a atenção das companhias com seus públicos.

A saúde mental está diretamente relacionada a princípios obrigatórios do ESG, como descreveu a Deloitte em um paper de autoria da consultora canadense Lisa MacVicar sobre o desafio de recolher dados sobre bem-estar para os relatórios corporativos, mais concentrados em métricas como lesões e doenças gerais.

“Há evidências crescentes de que os pilares ambientais, sociais e de governança de uma organização podem mpactar diretamente o bem-estar mental dos funcionários, especialmente no contexto da pandemia da Covid-19”, afirmou MacVicar.

Entre os exemplos citados está a discriminação baseada na raça, que pode causar ansiedade e depressão, com efeitos sobre produtividade, confiança, satisfação, absenteísmo e rotatividade.

Lisa MacVicar, consultora saúde emocional e ESG
Lisa MacVicar

“A promoção da equidade de gênero e a redução da discriminação baseada nela também são imperativas para o ecossistema do local de trabalho”, defende a consultora.

Consultora defende mudanças nos relatórios ESG para incorporar métricas de saúde mental 

Ela aponta ainda o impacto das alterações climáticas, que afetam o bem-estar humano, seja de funcionários ou da sociedade, e sugere uma mudança nos parâmetros atuais:

“As expectativas relacionadas com o bem-estar no local de trabalho e o papel do empregador aumentaram.

É hora de desenvolver uma linguagem comum e um conjunto comparável de métricas que possam ser usadas para relatar a gestão e os impactos ESG.”

Lisa MacVicar enfatiza a importância dos espaços físicos das organizações no mundo pós-pandemia, e de uma abordagem integrada para estabelecer uma cultura de bem-estar, que envolva a comunicação.

“Para criar uma estratégia robusta, os líderes devem incorporar o bem-estar no trabalho e no próprio local de trabalho, criando um experiência totalmente humana.

Para fazer isso, as organizações devem identificar o que é mais importante para a sua equipe, o que causa estresse e o que impulsiona o propósito e o significado.”

O paper completo pode ser visto aqui.

 

Reportagem Especial MediaTalks – Comunicação, Imprensa, Redes Sociais e a crise da Saúde Mental

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