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Pinguim raro, tímido e ameaçado é eleito ‘Pássaro do Ano’ da Nova Zelândia; conheça os 10 vencedores

Pinguim Hoiho Nova Zelândia eleito ave do ano

Londres – Um pinguim raro e “reservado”, conhecido como hoiho ou pinguim de olhos amarelos, foi eleito em votação popular como “Ave do Ano” na Nova Zelândia, tornando-se a mais nova celebridade alada do país conhecido pela sua fauna exuberante. 

Organizado pelo grupo de conservação Forest and Bird, o concurso anual tem como objetivo destacar a importância da proteção das aves neozelandesas nativas, das quais cerca de 80% estão ameaçadas, incluindo o hoiho.

O prêmio engaja o público por meio da votação online e promove a conscientização sobre as necessidades de conservação de animais ameaçados por problemas como introdução de espécies exóticas, doenças e a pesca predatória que compromete a cadeia alimentar. 

“A visibilidade recebida não poderia ter vindo em melhor momento,” afirma Nicola Toki, diretora-executiva do Forest and Bird.

“Este pinguim icônico está desaparecendo do continente da Aotearoa [Nova Zelândia] diante de nossos olhos.”

Pinguim raro vencedor de concurso de ave do ano da Nova Zelândia
Foto: Dunedin NZ Hayden Parsons / divulgação

O hoiho, cujo nome significa “gritador de barulho” em Māori, é exclusivo da Nova Zelândia e é um dos pinguins mais raros do mundo.

Menos sociável do que outros pinguins, o tímido hoiho tende a fazer ninhos em áreas mais isoladas.

Esta é a segunda vez em que a ave alcança o pódio, após sua vitória em 2019, quando se tornou a primeira ave marinha a vencer o concurso. 

Ele teve novamente o apoio da comunidade de Ōtepoti, em Dunedin, que fez uma campanha massiva online.

Até celebridades como a lendária conservacionista Dra. Jane Goodall, a ex-primeira-ministra Helen Clark e o líder Trabalhista Chris Hipkins endossaram a candidatura do hoiho. 

Não é sem motivo: a espécie teve a população reduzida em 78% nos últimos anos, é afetada por doenças como difteria, sofre ataques de cães e de predadores introduzidos na região, como furões, e são capturados em redes de pesca.

O karure, um pequeno robin negro encontrado somente nas Ilhas Chatham da Nova Zelândia, ficou em segundo lugar. Ele é um exemplo de programa bem-sucedido de conservação, pois já esteve perto da extinção. 

E o kākāpō, um papagaio grande, de hábitos noturnos e incapaz de voar, ficou em terceiro lugar. A ave é conhecida por seu perfume almiscarado, parecendo que foi banhado em óleos essenciais, segundo a Forest & Bird. 

Os outros vencedores do prêmio Ave do Ano da Nova Zelândia

Conheça os outros pássaros que formam a lista das aves mais queridas – ou as que têm mais apoiadores fazendo campanha online por eles – da Nova Zelândia. 

Ruru morepork 

Noturno e raramente visto, o ruru é um tanto enigmático e foi considerado um “azarão” ao ser listado entre os 10 mais votados pelo público concorrendo com outras aves que se exibem durante o dia.  

 

Kea 

O único papagaio alpino do mundo ganhou o prêmio de Ave do Ano em 2017.  A espécie ficou sob risco depois de passar a atacar fazendas, mas recebeu proteção total desde 1986. Sua reputação está melhorando a ponto de ficar entre as 10 aves do ano na Nova Zelândia – pelo menos aos olhos dos conservacionistas. 


Pīwakawaka fantail 

Encontrados em pântanos e salinas da Nova Zelândia eles costumam ficar escondidos e vivem em pares.


Takahē 

Conhecido como “o pássaro que voltou à vida”, o takahē foi considerado extinto por 50 anos, até 1948. Agora, programas de recuperação estão afastando ainda mais o risco de extinção, com o número de adultos em torno de 500.


Pinguim Tawaki piki toka eastern ‘rockhopper’

O pinguim saltador-de-rochas oriental encara montanhas com determinação e coragem, e também está ameaçado, assim como o vencedor do concurso: sua população diminuiu em 30% nos últimos 30 anos. 

Kōkako 

Este veterano no prêmio Ave do Ano – ganhou a disputa em 2006 – é conhecido pela barbicha azul e pelo seu canto minimalista, usando apenas cinco notas. 


Albatroz-das-antípodas (Toroa )

O albatroz-das-antípodas passa a maior parte de suas vidas no mar, vindo à terra para criar filhotes somente a cada dois anos. Eles têm um processo de namoro sofisticado, que envolve uma exibição característica de canto e dança.

Os casais formam pares duradouros até que um deles morra.

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