Mesmo com décadas de experiência em relatar eventos climáticos extremos, o meteorologista americano Jonh Morales, da rede NBC, se emocionou e teve que interromper por alguns segundos o comentário sobre a violência do furacão Milton, que está se aproximando da Flórida.
“Este é um furacão absolutamente impressionante”, alertou John Morales, meteorologista da NBC 6 South Florida, afiliada da NBC em Miami e especializado em furacões.
Morales também aproveitou o comentário para salientar a associação das mudanças climáticas com o aumento da força e da frequência dos furacões que atingem a região nessa época do ano.
Ao lado da imagem de satélite que apresentava a trajetória do furacão Milton, ele começa repetindo três vezes a palavra “incrível” para denominar o fenômeno. Em seguida explica com a voz embargada que a pressão havia caído 50 milibares em apenas 10 horas, e pede desculpas:
“Isso é simplesmente terrível.”
Na tarde de segunda-feira, quando o comentário foi feito, Milton havia se transformado rapidamente em um furacão de categoria 5, com ventos de até 280 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões.
Embora com previsão de diminuir de intensidade ao atingir a Flórida, ainda assim os riscos são altos, provocando uma evacuação em massa da população assustada com os efeitos da passagem do Helene, que deixou mais de 200 mortos em diversos estados dos EUA.
“Embora se espere um enfraquecimento até lá, o furacão está tão incrivelmente forte que será difícil que ele chegue com menos intensidade à Flórida”, afirmou Morales.
O meteorologista usou seu espaço para reforçar a preocupação com as mudanças climáticas.
“Todos sabemos o que está por trás disso. O aquecimento global e as mudanças climáticas estão aumentando a frequência e a força dessas tempestades, tornando-as uma ameaça crescente.”
Uma pesquisa do Centro de Políticas Públicas da Annenberg School, da Universidade da Pensilvânia, revelou que a exposição a eventos climáticos extremos está diretamente ligada ao aumento do apoio a políticas contra o aquecimento global.
O estudo, divulgado durante a conferência da Sociedade de Jornalistas Ambientais, envolveu mais de 1.500 adultos nos EUA e mostra que até os mais céticos estão reconhecendo as mudanças climáticas, algo que era mais rejeitado no passado.
Leia também | Fechou o tempo: meteorologista viraliza ao desmaiar ao vivo na TV; assista
