Elon Musk, cuja empresa SpaceX recentemente fez história ao recapturar um propulsor de foguete Starship quando ele retornou à Terra , quer que os eleitores votem em Donald Trump por muitas razões.
Isso inclui não apenas o que Trump fará aqui neste planeta, mas também o que ele conquistará fora deste mundo.
“Vote no @verdadeiro DonaldTrump”, Musk tuitou recentemente , “se você quer que a humanidade seja uma civilização espacial”.
De volta à órbita da Terra, o CEO da Tesla e da X, e um dos homens mais ricos do mundo, faz um contraste estranho para os democratas.
Em um universo paralelo, seu trabalho em voos espaciais comerciais, inventando os carros elétricos mais avançados do planeta, advocacia por energia sustentável e longo histórico de votar “100 por cento Democrata até alguns anos atrás” pareceria torná-lo um herói da esquerda.
Com Trump, Musk virou ‘pária entre progressistas’
Em vez disso, Musk assumiu o papel de supervilão de história em quadrinhos cujo apoio total a Trump o transformou em um pária entre os progressistas.
Ele alega estar perplexo com a reação, já que ele insiste que nada do que ele representa é particularmente controverso.
O bilionário se considera um “moderado” político que, ao apoiar Trump, está simplesmente defendendo posições de senso comum e de meio-termo: crença na liberdade de expressão , deferência à Constituição dos EUA e o direito dos países de controlar suas fronteiras .
“Já me disseram algumas vezes que eles são como valores de direita”, disse Musk .
“Esses são os valores fundamentais que fizeram da América o que ela é hoje.”
Claro, Musk sabe das coisas. Enquanto vira noites dirigindo seus múltiplos empreendimentos corporativos, ele encontra tempo para tuitar dezenas de vezes por dia, frequentemente trollando críticos, anunciando Trump e apenas raramente se desculpando por postagens bizarras, grosseiras, cheias de conspiração e às vezes até falsas .
O dono do X reconheceu que alguns de seus tuítes são “extremamente idiotas”, embora ele se recuse a aplicar um filtro.
Ao descrever Musk, um jornalista se preocupou com o que poderia acontecer quando “o homem mais rico do mundo administra uma plataforma de comunicação de uma forma verdadeiramente vingativa e ditatorial… para promover agendas de extrema direita e punir o que ele chama de liberais com cérebro envenenado”
O poder de Musk está em sua disposição de dizer praticamente qualquer coisa — apoiado por sua propriedade de parte da praça pública de fato da internet .
Em um tuíte agora deletado, Musk ponderou sarcasticamente que “ninguém está tentando assassinar” Kamala Harris ou Joe Biden.
Fora do X, Musk admite que tem “destruido Kamala sem parar” e que, se Harris vencer, ele está “ferrado”.
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Jogando dinheiro e poder por aí
Musk é um convertido ao movimento MAGA (Make America Great Again). Em 2022, o mesmo ano em que comprou o Twitter e restabeleceu os privilégios de Trump , disse que era “hora de Trump pendurar o chapéu e navegar em direção ao pôr do sol”.
Sem rodeios, Trump certa vez chamou Musk de “outro artista de besteira”.
Musk afirma ter apoiado os democratas em eleições recentes, incluindo Joe Biden em 2020.
Em julho deste ano, no entanto, Musk anunciou que estava apoiando Trump, em grande parte por causa de como o ex-presidente reagiu após uma tentativa de assassinato contra sua vida. “Este é um homem que tem coragem sob fogo!”, disse Musk .
Musk representa uma nova safra de bilionários politicamente envolvidos que não estão contentes em ficar em seus megaiates e, em vez disso, querem investir seu dinheiro — e poder — em apoio a causas conservadoras.
No entanto, diferentemente de outros com quem ele é frequentemente comparado — como Bill Ackman, CEO do fundo de hedge Pershing Square , e Peter Thiel, cocriador do PayPal — ninguém apostou “tudo” em Trump como Musk.
No início deste mês, Musk investiu US$ 75 milhões (£ 57,8 milhões) de seu próprio dinheiro para criar o Comitê de Ação Política (Pac) pró-Trump na América. (Um Pac arrecada dinheiro para um candidato político.)
O Pac ofereceu aos eleitores registrados na Pensilvânia US$ 100 (e a chance de ganhar US$ 1 milhão ) se eles assinassem uma petição “em apoio à liberdade de expressão e ao direito de portar armas”.
Embora os críticos tenham chamado a ação de ilegal, apontando para a lei eleitoral federal que proíbe pagar “ou oferecer pagar … para registro para votar ou para votar”.
Musk insiste que há uma brecha: ele não está tecnicamente vinculando suas doações à votação – e o Departamento de Justiça dos EUA disse que isso poderia violar a lei eleitoral federal .
Musk mudou sua residência para mobilizar apoio a Trump
Em outubro, ele se refugiou na Pensilvânia , o estado indeciso que ele chama de “eixo” na eleição dos EUA de 2024, onde sua campanha incluiu um discurso surpresa para Trump em Butler, Pensilvânia — onde houve anteriormente uma tentativa de assassinato de Trump.
Musk pintou cenários apocalípticos do que poderia acontecer se a eleição não acontecesse como ele gostaria.
Em uma entrevista ao ex-jornalista da Fox News Tucker Carlson, afirmou que “se Trump não vencer esta eleição, será a última eleição que teremos”.
O comentário vem enquanto os republicanos ridicularizam a retórica exagerada dos democratas de que a democracia está “em jogo” em 2024.
Além da eleição, há mais do que especulações de que Musk poderia ser escolhido para um papel em uma potencial administração Trump 2.0.
Ele fez campanha abertamente para servir como o novo chefe de um departamento para eficiência governamental.
Trump já anunciou que, se eleito, Musk comandará uma força-tarefa para conduzir uma “auditoria financeira e de desempenho completa de todo o governo federal” e oferecer “recomendações para reformas drásticas”.
Fiel ao seu estilo, Musk promete que seu serviço à sociedade não vai parar na borda da órbita externa da Terra.
“Washington DC se tornou um oceano cada vez maior de pedais de freio impedindo o progresso.Vamos trocar esses pedais de freio por aceleradores, para que possamos fazer grandes coisas na América e nos tornarmos uma civilização espacial!”
Uma coisa é certa: as políticas de Musk são, literalmente, de outro mundo.
Este artigo foi publicado originalmente no portal acadêmico The Conversation e é republicado aqui sob licença Creative Commons.
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