Londres – O Museu de História Natural de Londres está celebrando os 60 anos de seu concurso de fotografia da vida selvagem com uma seleção das 25 melhores fotos inscritas na edição de 2024 do prêmio.
A competição recebeu mais de 60 mil fotos do mundo inteiro, incluindo flagrantes de animais em poses divertidas e paisagens deslumbrantes.
O museu convidou o público a votar em suas cena preferida, uma escolha difícil entre opções que incluem um chimpanzé curioso, langures namorando, um caranguejo dançarino e uma baleia beluga em momento de coceira, destacando momentos incríveis da natureza. Confira.
Retratos da vida selvagem
Conexão curiosa, por Nora Milligan
Um grupo de chimpanzés escalando as árvores em uma floresta do Gabão, na África Central, foi uma das imagens selecionadas pelos jurados do Concurso de Fotografia da Vida Selvagem. Um dos machos para e olha para a fotógrafa, que aproveita o momento para fazer o registro. A foto mostra o curiosidade do animal em relação ao humano.
União, por Ivan Ivanek
A imagem de um par de langures de canelas vermelhas acasalando foi capturada nas florestas da península de Son Trá, no Vietnã. Essa espécie de primata está ameaçada devido à perda de habitat, à caça e ao comércio ilegal de animais de estimação.
Ataque surpresa, por Erlend Haarberg
Esse filhote de urso polar mergulhava e brincava com algas, quando notou um Fulmar Glacial (Northern fulmar), pássaro conhecido também como Petrel do Ártico, boiando. Ele tentou várias vezes capturar a ave, mas não conseguiu.
Jantar à deriva, por Noam Kortler
Empoleirado em cima de uma ascídia do mar (Sea squirt), este pequeno caranguejo (Decorator crab) parecia dançar enquanto vasculha a água na esperança de pegar plânctons para o seu jantar, quando o fotógrafo de vida selvagem registrou o momento. A imagem foi capturada na costa da Ilha de Komodo, na Indonésia.
Sem acesso, por Ian Wood
Moradores de St.Leonards-on-Sea, no Reino Unido, estavam alimentando as raposas locais quando texugos apareceram procurando comida. Um deles observa atentamente o grafite na parede e parece pensar: ‘Quando é que tiraram uma foto minha?”.
Cravado, por David Northall
Já este texugo-do-mel, ensanguentado e cheio de espinhos, é determinado e retorna para enfrentar um porco-espinho, que antes havia tentado se defender após ter sua perna abocanhada. Os texugos são ferozes e costumam perseguir animais muito maiores do que eles. A imagem foi capturada em Botsuana.
Sengi fungando, por Piotr Naskrecki
Uma das imagens selecionadas para a votação do público no Concurso de Fotografia de Vida Selvagem mostra um sengi de quatro dedos, espécie de mamífero raramente vista, procurando comida entre as folhas secas. Eles comem principalmente insetos.
Os sengis são parentes distantes dos elefantes. Eles são tímidos e ariscos. A imagem foi capturada com uma câmera remota no Parque Nacional de Gorongosa, em Moçambique.
Encontro no pântano, por Michael Forsberg
Na década de 1940, havia apenas cerca de 20 grous-americanos (Whooping cranes) no Condado de Bayour, Louisiana. Mas após um esforço concentrado de conservação, esse número subiu para 800.
O fotógrafo de vida selvagem Forsberg tem documentado esse processo, que inclui cenas um tanto surreais em que biólogos se vestem de grous para interagir com os animais e assim evitar que os pássaros criem vínculos com os humanos.
Imagem da noite, por Jess Findlay
Após observar os hábitos noturnos de uma coruja que estava empoleirada em um celeiro nos arredores de Vancouver, Canadá, o fotógrafo de vida selvagem fez um gatilho para que, quando a coruja voasse para fora do celeiro, o flash da câmara iluminasse o pássaro.
Caídas do céu, por Carlo D’Aurizio
Esta bela mas triste imagem mostra borboletas e mariposas mortas flutuando em um riacho no Parque Nacional Maiella, Itália. A foto foi uma das selecionadas para a votação do público no Concurso de Fotografia da Vida Selvagem.
Concerto na floresta, por Vincent Premel
Uma perereca de olhos dourados do Suriname estufa as bochechas enquanto se prepara para chamar um companheiro. O canto dessa espécie de anfíbio pode ser ouvido a centenas de metros de distância.
Premel é herpetologista (ramo da ciência que estuda os anfíbios e répteis) e fotógrafo de vida selvagem e capturou a imagem na Guiana Francesa durante as primeiras chuvas, quando os anfíbios depositam seus ovos na água, em um evento chamado ‘reprodução explosiva’.
À Venda, por Jose Fragozo
Uma das imagens que podem ser votadas pelo público como a melhor fotografia da vida selvagem do ano mostra um filhote de chita sibila preso, enquanto espera para ser vendido na Etiópia.
Capturada nas planícies na região da Somália, ela foi transportada por vários dias nas costas de um camelo para a costa norte da Somália. O tráfico ilegal de animais selvagens é um problema na região.
Fazendeiros capturam e vendem filhotes de chita para traficantes, alegando que elas atacam seus rebanhos. Algumas acabam sendo mortas e partes de seus corpos vendidas.
Repouso no gelo, por Sue Flood
A foto de uma foca Weddell repousando sobre um bloco de gelo no porto de Neko, na Península Antártica, foi uma das 25 imagens selecionadas para a votação do público no Concurso de Fotografia de Vida Selvagem. Apesar das baixas temperaturas, sua espessa camada de gordura a mantém aquecida.
Vizinho Irritante, por Bence Máté
Esta outra concorrente mostra um rolieiro-europeu defendendo o seu território de uma pequena coruja no Parque Nacional Kiskunság, na Hungria.
Apesar de serem aves bem diferentes, os seus ninhos e necessidades alimentares são semelhantes e muitas vezes elas se reproduzem perto uma da outra, o que pode gerar atritos.
Uma boa esfregada, por Mark Williams
Uma baleia beluga esfrega a parte inferior do seu corpo no fundo raso de um rio para esfoliar a pele. A foto foi feita em uma enseada remota ao longo da Passagem Noroeste no Ártico canadense.
As belugas são conhecidas como ‘Canários do mar’, devido a uma série de chilreios, assobios e guinchos que elas produzem.
Observando o reino, por Aaron Baggenstos
O Parque Nacional Torres del Paine, no Chile, é um ambiente montanhoso e acidentado onde a população de pumas conseguiu sobreviver graças às estratégias de conservação deste habitat natural. Isso ajudou também no convívio entre os pumas e os criadores de ovelhas.
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