O prêmio Northern Lights Photographer of the Year, organizado pelo site de viagens e fotografia Capture The Atlas, apresentou sua seleção anual das melhores fotos da aurora boreal registradas pelo mundo nos últimos 12 meses.
Foi um ano especial para profissionais e amadores que se dedicam a capturar as luzes coloridas e dançantes no céu: o ciclo solar está em seu ponto máximo, com auroras mais ativas e coloridas surgindo em lugares onde raramente aparecem, como esta vista em latitudes médias na França.
Julien Looten registrou o céu tingido de rosa, violeta e azul, e uma faixa verde perto do horizonte, reflexo da poluição luminosa de Étretat. A Via Láctea e a constelação de Cygnus são visíveis no canto superior direito.
A compilação é sempre publicada em dezembro para coincidir com a ‘alta temporada’ da Aurora Boreal e o fim do ano, e tem como objetivo inspirar e compartilhar a beleza deste fenômeno natural, resultante do impacto dos ventos solares com o campo magnético do planeta.
O fotógrafo Dan Zafra, editor do Capture the Atlas, e organizador do Northern Lights Photographer of the Year, seleciona não apenas imagens feitas por profissionais renomados, mas também por novos talentos e de locais onde imagens de aurora boreal são raras.
A lista deste ano inclui imagens registradas no Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Croácia, Letônia, Islândia, Rússia, Chile, Namíbia, Austrália e Nova Zelândia. Confira.
A muralha da Aurora Vermelha, por Vincenzo Mazza
As luzes da aurora boreal foram registradas na Islândia em outubro de 2024. A imagem mostra uma cor vermelha intensa que era visível a olha nu, segundo o fotógrafo.
Explosão cósmica, por Uroš Fink
O fotógrafo capturou o arco da Via Láctea com Órion, a aurora boreal, a luz zodiacal, os meteoros Perseidas, além da conjunção próxima de Júpiter e Marte, tudo envolto em um brilho esverdeado. O registro foi feito na Península de Ìstria, na Croácia e mostra também o farol Cap Marlera, construído em 1880.
Fogo do céu, por Tom Rae
A Via Láctea sobre a paisagem do Parque Nacional Aoraki Mount Cook, na Nova Zelância, foi capturada durante uma rara tempestade geomagnética G5 em maio de 2024.
A imagem apresenta um raro arco SAR (Stable Auroral Red), um fenômeno atmosférico que se somou ao espetáculo, junto com o brilho de bilhões de estrelas na Via Láctea.
Aurora e o moinho, por Tobias Thäle
Após uma forte tempestade solar que atingiu a Terra em maio, em um campo na Alemanha, uma subtempestade mais forte produziu raios que se estenderam ao infinito.
As cores vivas e as projeções eram visíveis a olho nu, disse o fotógrafo, que teve sua imagem entre as selecionados no prêmio de fotografias da aurora boreal.
Aurora austral, por Marc Adamus
O registro da aurora em tons de rosa foi feito em uma praia de icebergs em um fiorde na Patagônia chilena
Magia do Norte, por Josh Beames
Um vulcão em erupção na Islândia e a dança das luzes do Norte no céu foi a imagem capturada por um drone e premiada no concurso de fotos da aurora boreal do Capture The Atlas.
Erupção de massa coronal, por Matt Haynie
Registrada no Parque Nacional Vulcânico Lassen, no norte da Califórnia, a imagem mostra as luzes de uma erupção de massa coronal, que são grandes nuvens de gás ionizado que se erguem da atmosfera extrema do sol e quando direcionadas à Terra, podem causar tempestades geomagnéticas.
Céu e gelo, por Henry Frakes
O fotógrafo fez uma escalada à noite e capturou as luzes brilhantes que se estendiam do sul ao norte em um parque nacional na Nova Zelândia. O registro mostra o fotógrafo escalando a geleira e cercado pelas montanhas e pela aurora boreal.
Coroação, por Raoksolyana Hilevich
O registro foi feito nas Dolomitas, Itália, a 2.450 metros acima do nível do mar. O fotógrafo tirou 849 fotos entre 20h30 e 5h, até capturar o momento perfeito que é mostrado nesse imagem produzida por volta das 1h30, durante o segundo pico da aurora e que durou apenas alguns segundos.
Reflexão celestial, por Max Trafford
Em seu segundo encontro com a aurora boreal, Max Trafford registrou as luzes vibrantes da aurora no Parque Nacional Dartmoor, no Reino Unido.
Gibson glow, por David Tanis
A foto foi produzida em Victoria, Austrália, na praia de Gibson Steps, e mostra um enquadramento de dentro de uma caverna com os raios brilhantes da aurora visíveis a olho nu. O registro concedeu ao fotógrafo um prêmio no concurso de fotos da aurora boreal.
Uma noite histórica: Aurora boreal em Étretat, por Julien Saquear
O fotógrafo viajou para os penhascos de Étretat, na Normandia e conseguiu fazer essa imagem panorâmica com um céu cheio de auroras vibrantes em tons de rosa, violeta e azul, e uma faixa verde perto do horizonte.
A Via Láctea e a constelação de Cygnus são visíveis no canto superior direito, enquanto a poluição luminosa de Étretat cria um brilho verde tênue.
28° Aurora – Efrén Yanes
A imagem capturada no Parque Nacional de Teide, em Tenerife, Espanha mostra tajines endêmicos em flor e uma cor vermelha rosada no horizonte que era uma aurora boreal, que ocorreu em latitude baixa, devido a uma tempestade solar de grande magnitude.
Olhando para o norte, por Lynsey Schroeder
Os saguaros (espécie de cacto) do deserto de Sonora, no Arizona, EUA, aparecem destacados com a aurora brilhando ao fundo.
Aurora do lago Toolondo, por Baillie Farley
Nas primeiras horas da manhã o lago Toolondo, na Austrália se transformou em um show de luzes da aurora boreal, com o céu ‘pintado’ de vermelho, laranja e rosa. As cores refletidas no lago criaram um efeito espelhado surreal.
Luzes do Diabo, por Forest Barkdoll-Weil
A imagem da montanha com as luzes da aurora refletidas na água foi capturada em Devils Tower, Wyoming, EUA.
Savana africana sob as luzes da aurora boreal, por Egor Goryachev
Em maio de 2024 as luzes do norte ficaram visíveis na Europa e na América, mas o fotógrafo testemunhou o fenômeno na Namíbia, perto do Trópico de Capricórnio. O registro mostra uma explosão vermelha e laranja iluminando o céu com a Via Láctea surgindo através dos tons vibrantes.
Noite mágica em Monegros, por Victor Bolea
O deserto de Los Monegros na Espanha foi o local onde o fotógrafo capturou a aurora. As luzes brilharam e iluminaram o terreno árido e rochoso, criando um contraste mágico.
Carpe Diem, por Adrian Cormier
Uma tempestade geomagnética histórica possibilitou a captura desse imagem com as montanhas nevadas, o lago e as cores das luzes da aurora boreal. O registro, premiado entre as melhores fotos da aurora boreal do ano, foi feito no Parque Nacional Crater Lake, EUA.
Trilhas altas, por Giulio Cobianchi
No Pico do Arierio, na Ilha da Madeira, a 32,7 graus de latitude norte, o fotógrafo fez esse registro que mostra um panorama de 360 graus, que capturou a Via Láctea e a aurora, as duas rainhas da noite, dançando juntas em um céu magnífico.
Luzes no Cânion, por Evan Watts
A foto mostra a aurora boreal no Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA, com o rio entre as montanhas.
Nos raios do vento solar, por Sergey Korolev
A Península Rybachy, na Rússia é um local com praias de pedra e rochas em formas e estruturas incomuns. A aurora boreal tinge de verde a bela paisagem registrada pelo fotógrafo.
Auroras no inferno, por Edén Sánchez.
Capturada nas Astúrias, Espanha, a imagem da dança das luzes foi feita depois de uma tempestade solar.
Quando a aurora encontra a Via Láctea, por Jānis Paļulis
A foto selecionada pelo Capture The Atlas mostra o brilho rosa das luzes da aurora e da Via Láctea no céu de Bauska, Letônia.
Remando sob a aurora, por Herry Himanshu
Residente no Canadá, o fotógrafo já capturou centenas de fotos da aurora boreal. A imagem premiada no concurso do Capture The Atlas mostra uma aurora com tons vívidos de vermelho, rosa e roxo dançando no céu do Parque Nacional de Banff.
Para complementar a cena, uma amiga do fotógrafo pegou uma prancha de stand up paddle e entrou no lago sob o show de luzes.
A temporada de Aurora Boreal vai de setembro a abril no Hemisfério Norte e de março a setembro no Hemisfério Sul. A melhor época para ver e fotografar as Luzes é durante os equinócios de outono e primavera por causa da orientação do eixo da Terra.
O Capture the Atlas, que organiza o prêmio, é um blog de viagens e fotografia que ajuda outras pessoas a planejar suas viagens e melhorar suas fotografias do céu e de paisagens.
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