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Albânia anuncia bloqueio do TikTok por um ano após estudante morrer esfaqueado

TikTok

Londres –  O primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, anunciou que o governo pretende implantar um bloqueio de acesso ao TikTok por um ano, a partir de janeiro de 2025.

A decisão radical foi tomada após o assassinato de um estudante de 14 anos em Tirana, em novembro, que gerou preocupações sobre a influência das mídias sociais em crianças.

Rama descreveu o TikTok como “o bandido da vizinhança” e afirmou que, durante o período de bloqueio, o governo implementará programas educacionais para ajudar pais e alunos.

Premiê explica motivo do bloqueio do TikTok

O primeiro-ministro criticou o conteúdo da plataforma, afirmando que, enquanto na China o TikTok promove cursos e valores positivos, fora do país “só vemos escória e lama”. Ele ainda questionou:

“Por que precisamos disso?”

O TikTok afirmou que está buscando esclarecimentos urgentes do governo albanês sobre a proibição proposta e que não encontrou nenhuma evidência de que o agressor ou a vítima tivessem contas na plataforma.

A empresa também ressaltou que vários relatos confirmaram que os vídeos que levaram ao incidente estavam sendo postados em outra plataforma.

TikTok com problemas mundo afora

A Albânia se junta a um grupo crescente de países e regiões que estão tomando medidas drásticas contra o TikTok. 

A União Europeia abriu na semana passada uma investigação sobre a influência da plataforma chinesa nas eleições da Romênia, que foram anuladas. 

Nos Estados Unidos, a situação é ainda pior. O Congresso aprovou uma lei que proíbe o aplicativo a partir de 19 de janeiro de 2025, a menos que seja vendido pela ByteDance, sua empresa-mãe chinesa.

O motivo é o risco de dados de usuários serem acessados pela governo chinês, representando um risco à segurança nacional. O prazo final para a venda ou banimento é 19 de janeiro. 

A ByteDance, dona do TikTok, tenta derrubar judicialmente a medida, e tem uma audiência marcada na Suprema Corte dos EUA no dia 10 de janeiro para apresentar novamente os argumentos de que não há risco de acesso dos dados. 

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