Londres – A imagem de uma anta com as patas enfaixadas após sobreviver a um incêndio no Pantanal foi eleita a melhor do ano pelo público no Prêmio de Fotografia Ambiental da Fundação Príncipe Albert II de Mônaco, que revelou os vencedores da edição 2025.

A foto, feita pelo brasileiro Fernando Faciole, também foi premiada na categoria “Transformadores: Motivos de Esperança”, e representa a resiliência da fauna sul-americana, segundo os jurados. 

Já o grande vencedor escolhido pelo júri internacional foi o espanhol Angel Fitor, com uma imagem submarina que revela vermes marinhos filtrando areia no fundo do Mediterrâneo — um tributo aos organismos invisíveis que sustentam os oceanos.

Valente, a jovem anta que conquistou o público

A imagem favorita do público na votação popular retrata uma jovem anta, apelidada de Valente, que aparece com as patas enfaixadas após ser resgatada em meio a um incêndio no Pantanal brasileiro.

Com cerca de um ano de idade, ela sofreu queimaduras graves nas quatro patas e nas orelhas. O resgate foi realizado por uma equipe do projeto Onçafari, que atua no Refúgio Ecológico Caiman.  

uma anta em tratamento após queimaduras no Pantanal
Foto: Fernando Faciole / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco

O autor da imagem, Fernando Faciole, é fotógrafo profissional com formação em Ciências Biológicas.

Especializado em fotografia de conservação, ele integra a prestigiada International League of Conservation Photographers (iLCP), sendo o terceiro brasileiro — e o mais jovem — a fazer parte da rede internacional de fotógrafos dedicados à proteção ambiental.

Fotos de brasileiro também são destacadas entre as finalistas 

Além de conquistar o prêmio da escolha popular, Fernando Facione teve duas outras imagens classificadas entre as finalistas, ambas na categoria Transformadores – Motivos de Esperança. 

Caring for the Unseen Giants (Cuidando dos gigantes invisíveis)

O close mostra a pata traseira de um tatu-canastra sendo examinada por um biólogo. A fotografia revela a delicadeza do trabalho de conservação, focando nos detalhes invisíveis da vida silvestre.

Pata traseira de um tatu-canastra sendo examinada por um biólogo no Brasil
Foto: Fernando Faciole / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco
Little Giant’s Walk (A caminhada do pequeno gigante)

Um filhote de tamanduá-bandeira caminha atrás de seu tratador, com as patas enfaixadas. A cena é tocante e simbólica: resiliência, vínculo humano-animal e a luta silenciosa pela sobrevivência.

Filhote de tamanduá-bandeira caminha com as patas enfaixadas, acompanhado por seu tratador.
Foto: Fernando Faciole / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônac

As fotos vencedoras do Prêmio de Fotografia Ambiental 2025

As imagens vencedoras em cada categoria foram escolhidas por um júri internacional com base em impacto visual, relevância ambiental e qualidade técnica. Confira. 

Unseen Unsung Heroes (Heróis invisíveis e desconhecidos) — Angel Fitor (Espanha)

Vencedora do Grande Prêmio de 2025 e da categoria Ocean Worlds (Mundo dos Oceanos), a imagem mostra vermes marinhos filtrando areia no fundo do Mediterrâneo — uma ode aos organismos que sustentam ecossistemas inteiros.

Vermes marinhos filtrando areia no fundo do Mediterrâneo, foto vencedora do Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco
Foto: Angel Fitor / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco
Jellyfish and Iceberg (Água-viva e iceberg) — Galice Hoarau (França)

Vencedora da categoria Polar Wonders (Maravilhas Polares), retrata uma água-viva nada diante de um iceberg na Groenlândia, em uma composição que confronta fragilidade e força.

 Uma água-viva nada diante de um iceberg na Groenlândia, premiada no concurso de Fotografia Ambiental da Fundação Príncipe Albert II de Mônaco
Foto: Galice Hoarau / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco
Clash of Kings (Choque de reis) — Iacopo Nerozzi (Itália)

A vencedora da categoria Into the Forest (Dentro da Floresta) é um registro de dois besouros-lucano se enfrentando sobre um tronco, revelando a tensão épica de um duelo entre titãs minúsculos.

Dois besouros-lucano se enfrentam sobre um tronco,
Foto: Iacopo Nerozzi / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco
Breeding Machine (Máquina de reprodução) — Amy Jones (Reino Unido)

Vencedora da categoria Humanity versus Nature (Humanos x Natureza), a cena triste retrata uma tigresa enjaulada, resgatada de uma fazenda na Tailândia onde era usada para reprodução intensiva. A fotógrafa denuncia o sofrimento animal ao compor a cena com foco na repetição de movimentos (a cabeça contra a parede) e na clausura.

Tigresa em cativeiro usada para reprodução. Uma denúncia visual sobre exploração animal
Foto: Amy Jones / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco
Training Day (Dia de treino) — Angel Fitor (Espanha)

Vencedora da categoria Change Makers (Transformadores), a imagem registra uma tartaruga marinha se recupera em uma piscina de reabilitação. A imagem inspira cuidado e esperança de recuperação de animais feridos ou afetados pelas mudanças climáticas. 

Uma tartaruga marinha se recupera em uma piscina de reabilitação
Foto: Angel Fitor / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco
Forest Guard (Guarda da floresta) — Bambang Wirawan (Indonésia)

O clique vencedor da Escolha dos Estudantes apresenta um tigre-de-sumatra captado na floresta, como sentinela silenciosa de um ecossistema ameaçado.

Um tigre-de-sumatra é captado na floresta, como sentinela silenciosa de um ecossistema ameaçado.
Foto: Bambang Wirawan / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco

Fotos de brasileiro também são destacadas entre as finalistas 

Além de conquistar o prêmio da escolha popular, Fernando Facione teve duas outras imagens classificadas entre as finalistas, ambas na categoria Transformadores – Motivos de Esperança. 

Caring for the Unseen Giants (Cuidando dos gigantes invisíveis)

O close mostra a pata traseira de um tatu-canastra sendo examinada por um biólogo. A fotografia revela a delicadeza do trabalho de conservação, focando nos detalhes invisíveis da vida silvestre.

Pata traseira de um tatu-canastra sendo examinada por um biólogo no Brasil
Foto: Fernando Faciole / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônaco
Little Giant’s Walk (A caminhada do pequeno gigante)

Um filhote de tamanduá-bandeira caminha atrás de seu tratador, com as patas enfaixadas. A cena é tocante e simbólica: resiliência, vínculo humano-animal e a luta silenciosa pela sobrevivência.

Filhote de tamanduá-bandeira caminha com as patas enfaixadas, acompanhado por seu tratador.
Foto: Fernando Faciole / Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 – Fundação Príncipe Albert II de Mônac

As imagens premiadas e finalistas  serão exibidas na Promenade du Larvotto, em Mônaco, entre 3 de junho e 31 de julho de 2025, antes de seguirem em turnê mundial.

Criado em 2021, o Prêmio de Fotografia Ambiental da Fundação Príncipe Albert II de Mônaco reconhece trabalhos fotográficos que inspiram a conservação da natureza.

Com mais de 10 mil inscrições em 2025, a premiação se consolida como uma das mais relevantes no campo da fotografia ambiental com impacto social.