O Washington Post está investigando um ataque cibernético que comprometeu as contas de e-mail de vários jornalistas.

O incidente foi descoberto na quinta-feira (12), e no dia seguinte todos os funcionários tiveram suas senhas redefinidas como medida de precaução.

O ataque pode ter sido obra de um governo estrangeiro, segundo o Wall Street Journal, que foi o primeiro a noticiar o caso. Os jornalistas afetados incluem membros das equipes de segurança nacional e política econômica, alguns dos quais cobrem assuntos relacionados à China.

Washington Post confirma ciberataque e investigação

O jornal é de propriedade do bilionário Jeff Bezos, dono da Amazon, um dos magnatas da tecnologia que apoiaram Donald Trump e se alinharam a ele após a vitória nas eleições. 

O Washington Post confirmou o incidente por meio de um memorando interno enviado pelo editor executivo Matt Murray, no qual ele informou que uma investigação foi iniciada imediatamente.

O jornal também forçou uma redefinição de credenciais para todos os funcionários na noite de sexta-feira.

O Wall Street Journal relatou que as contas comprometidas eram da Microsoft, o que pode ter permitido acesso aos e-mails de trabalho dos jornalistas.

Histórico de ataques cibernéticos ao Washington Post

O Washington Post já foi alvo de ataques cibernéticos no passado.

Em 2013, segundo o site Mediaite, hackers chineses comprometeram sistemas de coleta de notícias, possivelmente identificando fontes que deram entrevistas ou forneceram documentos para reportagens. 

Além disso, repórteres do jornal que cobriam temas relacionados à China foram alvo de um ataque semelhante em março de 2022, de acordo com o Cybersecurity Insiders. 

Ataques contra jornalistas não são incomuns. Em diversos países, profissionais da imprensa são alvos de espionagem digital, seja por governos ou grupos privados.