Quatro das maiores agências de notícias do mundo — BBC, Reuters, Associated Press (AP) e Agence France-Presse (AFP) — divulgaram um vídeo conjunto pedindo ao governo de Israel que permita o acesso da imprensa internacional à Faixa de Gaza.
A iniciativa foi apresentada durante um evento do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), realizado paralelamente à Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Narrado pelo veterano jornalista britânico David Dimbleby, o vídeo utiliza imagens históricas de conflitos e crises humanitárias para destacar o papel essencial da imprensa na documentação de eventos globais.
Entre os episódios retratados estão o desembarque da Normandia na Segunda Guerra Mundial,, a Guerra do Vietnã, os massacres em Ruanda, a fome na Etiópia e a guerra na Ucrânia.
“A história é contada por aqueles que a relatam”, afirma Dimbleby na narração.
“Mas quando se trata de Gaza, o trabalho de reportagem recai exclusivamente sobre jornalistas palestinos, que estão pagando um preço terrível.”
Imprensa sem acesso a Gaza
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, iniciado em outubro de 2023, centenas de jornalistas palestinos foram mortos ou feridos.
O vídeo denuncia que Israel tem impedido a entrada de repórteres estrangeiros em Gaza, o que compromete a cobertura independente e limita o acesso da comunidade internacional a informações verificadas sobre a situação no território.
As agências envolvidas afirmam que o objetivo do vídeo é pressionar as autoridades israelenses a reverem sua política de restrição à imprensa e permitirem que jornalistas internacionais entrem em Gaza com segurança e liberdade de atuação.
O vídeo está disponível nos canais oficiais das agências de notícias e foi amplamente compartilhado por organizações de defesa da liberdade de imprensa.
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