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Guerra em Gaza

Jornalistas da RAI e do El País estão entre presos da flotilha interceptada rumo a Gaza; ONGs exigem libertação

Organizações internacionais afirmam que detenção de jornalistas de veículos como RAI, El País e Al Jazeera é ataque à liberdade de expressão

Barcos da Flotilha Global Sumud

Flotilha Global Sumud partiu de Barcelona no início de setembro de 2025 rumo a Gaza - Foto:Instagram/GlobalSumudFlotilla



A Flotilha Global Sumud, que partiu de Barcelona para Gaza levando políticos, ativistas como Greta Thumberg e também jornalistas que documentavam a missão humanitária, foi interceptada e vários de seus integrantes presos por Israel, incluindo profissionais de imprensa de veículos como El País, Novara e Al Jazeera.


Ao menos 20 jornalistas estão entre os integrantes Flotilha Global Sumud que foram presos por Israel, de acordo com a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Alguns deles pertencem a veículos internacionais reconhecidos como a RAI, emissora pública italiana, e o jornal espanhol El País.

Eles estavam nos 42 barcos que compunham a frota que levava ajuda humanitária para Gaza.

Israel interceptou os barcos e deteve seus tripulantes entre os dias 1 e 2 de outubro. Segundo informações da mídia internacional, as interceptações começaram quando os barcos ainda estavam navegando em águas internacionais.

A RSF e outras ONGs de proteção de jornalistas exigem que os profissionais detidos sejam libertados.

“A detenção deles constitui uma grave violação do direito de informar e de ser informado“, diz comunicado da RSF.

Violação ao direito marítimo internacional

“A detenção de jornalistas durante a cobertura de uma missão humanitária é uma clara violação do direito marítimo internacional e uma perigosa escalada no padrão de ataques de Israel contra jornalistas”, afirmou Sara Qudah, Diretora Regional do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ).

“Os líderes mundiais devem agir agora para defender a liberdade de imprensa, proteger jornalistas e exigir responsabilização.”

Nas redes sociais, a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) publicou imagens de seus membros em um protesto pró-Palestina na Bélgica.

“Em resposta à interceptação da Flotilha Global Sumud pelas forças israelenses, fomos às ruas para exigir a libertação dos jornalistas sequestrados e o fim do massacre em #Gaza”, diz o post.

A organização também publicou uma nota na qual afirma que os jornalistas foram sequestrados e insta governos e veículos de imprensa a pressionar pela sua libertação.

“Consideramos Israel totalmente responsável pela segurança física e psicológica dos jornalistas e denunciamos veementemente a atitude de Israel, que, mais uma vez, viola o direito internacional e impede os jornalistas de realizarem seu trabalho.”

Brasileiro e espanhol entre os detidos

Entre os jornalistas detidos há ao menos um brasileiro, Hassan Massoud, correspondente da Al Jazeera na América Latina.

Também entre os presos estão um jornalista espanhol do El País, um francês do jornal L’Humanité e um da rede inglesa Novara, além de muitos outros.

Desde o início da guerra em Gaza, o acesso da imprensa internacional está proibido por Israel. Diversos manifestos já foram emitidos por organizações de liberdade de imprensa, correspondentes estrangeiros e agências internacionais de imprensa, sem sucesso.

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