A competição internacional Fotógrafo de Aves do Ano anunciou nesta semana os vencedores da edição 2025, selecionados entre as mais de 33 mil fotografias inscritas.
O vencedor geral foi Liron Gertsman, do Canadá, com a imagem “A fragata e o anel de diamante” que retrata a silhueta de uma fragata contra um eclipse solar total.
O fotógrafo também foi premiado na categoria Pássaros em Voo.

Gertsman contou que ficou um ano planejando capturar essa imagem. Veja o vídeo dos bastidores e o exato momento em que ele fez o registro.
Conheça os outros premiados vencedores do prêmio Fotografia de Aves 2025
Dividido em oito categorias o concurso Fotógrafo de Aves do Ano, realizado por uma organização britânica, tem por objetivo celebrar a beleza e a diversidade das aves do mundo, além de arrecadar fundos para a instituição de caridade parceira Birds on the Brink.
Jovens Fotógrafos de Aves
O prêmio de Fotógrafo de Aves Jovens do Ano foi concedido ao polonês Tomasz Michalski, de 16 anos, qque registrou a silhueta de um abutre. Michalski venceu também na categoria 15 a 17 anos.

Harry Sedin, da Suécia venceu na categoria 12 – 14 anos com a imagem ‘Joia da floresta’ e também recebeu o prêmio pelo terceiro lugar na mesma categoria.

Já na categoria 11 anos ou menos a vencedora foi Sasha Jumanca, da Alemanha/Romênia com ‘Voo gracioso sobre flores silvestres’.

Melhor Série
O fotógrafo polonês Mateusz Piesiak ganhou o prêmio de Melhor Série do Ano, com a sequência de imagens ‘Paraíso dos girassóis’.

Devido aos níveis de água anormalmente altos, a colheita em um vasto campo de girassóis não pôde ser feita, tornando a área um paraíso para as aves.

Repleto de sementes altamente calóricas, o local transformou-se num refúgio vital para milhares de pintassilgos. Uma das imagens mostra o bando de aves voando sobre o campo de girassóis coberto de geada.

O fotógrafo teve uma ideia após essa experiência:
‘Poderíamos intencionalmente deixar campos semelhantes intocados em diferentes partes da Europa?”

“Ao fazer essas imagens espero inspirar as pessoas sobre as maneiras simples, mas poderosas, de restaurar a biodiversidade – às vezes, basta deixar a natureza recuperar um espaço por um tempo”, disse.


Melhor Vídeo
O concurso britânico premia também vídeos, além de fotografias.
Uma história intitulada ‘O senhor dos céus’ foi a vencedora da categoria. Henry Kirkwood mostra uma sequência de voos de um falcão caçando um pombo.
Melhor Retrato
Steffen Foerster, da Alemanha, foi o fotógrafo que capturou da melhor forma as características de um pássaro retratado em close, segundo os jurados do concurso de Fotografia de Aves.
A imagem ‘Petrel de sangue’ destaca as penas vermelhas desse exemplar de ave marinha com um formato de bico bem estranho.

Aves no Meio Ambiente
A relação entre um pássaro e seu habitat foi retratada por Franco Banfi, da Suíça, na imagem ‘Festejando ao pôr do sol’.

Comportamento das aves
O fotógrafo italiano Francesco Guffanti foi o vencedor da categoria Comportamento das Aves com o retrato de uma águia pousada em um tronco, intitulado ‘Anjo ou demônio’.

Categoria Preto e Branco
‘O gigante’ retrata uma ave voando em primeiro plano e um bando de pássaros ao fundo. A foto mostra o uso eficaz do estilo monocromático que realça o céu claro com os pássaros escuros. A imagem foi feita porJannik Jansons, da Alemanha.

Aves Urbanas
Forçadas a viver no meio da cidade, as aves urbanas, como a retratada na fotografia vencedora dessa categoria da competição, pousa em um telhado com painéis solares.
A imagem “Pássaro sobre painéis” foi capturada por Alex Pansier, da Holanda.

Perspectivas Criativas
O italiano Philipp Egger ficou com o primeiro lugar nessa categoria do prêmio de Fotografia de Aves pela sua criatividade com a imagem ‘Arte fotográfica’, que destaca um pássaro azul ao lado de uma borboleta em um fundo colorido.

Categoria Conservação (Imagem Única)
‘Radiografando’ foi a imagem do fotógrafo de ave indiano, Sarthak Agrawal, que retrata um pássaro com as asas presas com uma fita adesiva durante uma radiografia.

Prêmio de Conservação
Histórias de esforços de conservação ou a luta de uma espécie específica são os destaques dessa categoria da competição.
Joshua Burch, do Reino Unido, ganhou o Prêmio de Conservação com a série de imagens ‘O guarda florestal – mergulhão’.

A Charleston Lake Association fica no Canadá e monitora a história natural da área há mais de um século. O fotógrafo se envolveu nos últimos anos com o projeto de nidificação de mergulhões-do-norte e documentou o trabalho de conservacionistas envolvidos na iniciativa.

Dwayne Struthers, Diretor de Pesca e Vida Selvagem, monitora mergulhões-do-norte há pelo menos quinze anos. O fotógrafo conta que sugeriu instalar câmeras nas jangadas de nidificação dos mergulhões.

Com a instalação das câmeras foi possível ver os ninhos de perto sem perturbar a ave que chocava os ovos.
O diretor Struthers planejava também instalar nas jangadas uma cobertura ou um revestimento feito da ‘planta cicuta’ (Hemlock), que não é apetitosa para os castores e ratos-almiscarados locais.

As jangadas ganharam um novo design. Em vez de usar madeira, Dwayne projetou um ninho usando tubos de plástico e assim as jangadas caberiam no barco e poderiam ser instaladas mais rapidamente – ao contrário das jangadas de madeira, que precisavam ser rebocadas para o local.
Uma vez coberto com grama morta e outros materiais naturais, o fundo da jangada ficava coberto e escondido da vista dos pares de mergulhões em busca de alimento.

Joshua Burch conta que semanas depois, estava na casa de campo de Dwayne com seu amigo Jeff, que estava na oficina ajudando a construir as novas jangadas para mergulhões.
“Enquanto Dwayne estava ocupado transportando as jangadas prontas para o lago, Jeff “enfeitava” os ninhos e adicionava o material de nidificação”.

“Nesse ponto, também instalamos as câmeras logo abaixo da cobertura dos ninhos, o que nos proporcionou uma ótima vista da jangada.
Com todas as jangadas instaladas, era uma questão de esperar para ver se as aves aprovariam seus novos e aprimorados abrigos”.
As fotos premiadas serão expostas em várias galerias pelo mundo, começando pela Forte di Bard, em Aosta Valley (Itália), a partir de 24 de outubro.
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