Em resumo
- Concurso de fotografia organizado por museu e por ONG da Austrália anunciou os vencedores de sua edição 2025
- A série escolhida como a melhor do ano pelos jurados retrata polvos, lulas e sépias que habitam a baía de Sydney
Usando iluminação especial para registrar cores e formas únicas, fotógrafo australiano conquistou o prêmio de melhor série com imagens dos cefalópodes encontrados nos mares de uma das principais cidades da Austrália
Animais e paisagens deslumbrantes estão em destaque entre os vencedores do concurso de fotografia organizado pelo Museu da Austrália do Sul e pela organização de conservação ambiental Australian Geographic Society, que anunciou os vencedores nesta semana.
Entre os destaques de 2025 está o trabalho do fotógrafo Peter McGee. Ele conquistou o primeiro lugar na categoria Série com um conjunto de imagens retratando as cores e as formas de moluscos cefalópodes que vivem na baía de Sydney.
Os cefalópodes – classe que inclui as lulas e os polvos – mudam rapidamente de cor para se comunicar ou se camuflar em seu ambiente. Para retratar essas mudanças, McGee usou iluminação especial e fotografou à noite ou em horários de pouca luz natural, capturando o brilho dos animais sob as águas. Confira:
Panorama sombrio | Polvo sombrio, polvo comum de Sydney (Octopus tetricus)
Ceifador vermelho | Sépia vermelha (Sépia mestus)
Reflexão do pijama | Lula de pijama listrada (Sepioloidea lineolata)
Gladiador gigante | Sépia gigante (Sépia apama)
Dançarino de linha azul | Polvo de linha azul (Hapalochlaena fasciata)
Priscilla | Lula bolinho do Sul (Euprymna tasmanica)
Concurso de fotografia da natureza premiou também imagens únicas em várias categorias – de animais a paisagens
O concurso de fotografia de natureza do Museu da Austrália do Sul acontece há 22 anos, com o objetivo de mostrar belezas e também de refletir sobre as mudanças ambientais que afetam a flora e os animais no país e nos mares do Sul.
O campeão geral em 2025 foi o australiano Ross Gudgeon, com a imagem Fractal Forest, uma visão de dentro para fora de um coral mole em formato de couve-flor (Dendronephthya sp), capturada com uma lente de sonda subaquática no Estreito de Lembeh, na Indonésia.
Veja as outras fotos premiadas em 2025
Animais ameaçados | Amanhecer vermelho, por Etienne Littlefair, Território do Norte
O avanço da tecnologia possibilita novos métodos para retratar os animais raros e arredios, como o uso de armadilhas fotográficas. A imagem vencedora da categoria Animais Ameaçados mostra um morcego-fantasma (Macroderma gigas) em pleno voo em Wagiman Country, Adelaide River Hills, Território do Norte.
Animais na natureza | PJ e caranguejos, por Charles Davis, Nova Gales do Sul
Todos os anos, na época da Lua cheia, dezenas de milhares de caranguejos-aranha se reúnem para trocar de carapaça. Nessa época, eles ficam moles e vulneráveis à predação de tubarões e arraias grandes. Por isso se aglomeram em grande número para se proteger.
O fotógrafo flagrou um tubarão de Port Jackson (Heterodontus portusjacksoni) rondando o grupo em Nairm, Port Phillip Bay, Victoria.
Fotografia aérea | Folha de Jabiru, por Charles Davis, Nova Gales do Sul
O fotógrafo Charles Davis também foi premiado com essa foto aérea feita durante um sobrevoo de helicóptero na região de Balanggarra, Wydham, Austrália Ocidental. Parece uma folha morta, mas na verdade a cena retrata o desenho feito pela força de marés recuando sobre bancos de lama e um jabiru asiático (Ephippiorhynchus asiaticus).
Macrofotografia | Decolagem por Talia Greis, Nova Gales do Sul
Bilhões de animais se escondem em águas profundas e, à noite sobem à superfície para se alimentar, as chamadas migrações verticais.
Este náutilo de papel, espécie de polvo (Argonauta sp.), pegou carona em uma água-viva (Pelagia noctiluca) que passava – um encontro verdadeiramente único e mágico em uma das maiores correntes verticais do mundo, no Estreito de Lembeh, Sulawesi do Norte.
Astrofotografia | Oberon Kenobi, por Marley Butler, Austrália Ocidental
A imagem mostra um conjunto de pandanis (Richea pandanifolia), uma planta endêmica da Tasmânia, coberto por um brilho que se ergue em volta de um lago alpino em uma cordilheira acidentada, com a Aurora Boreal dançando sob as nuvens. \
A foto, premiada no concurso Fotógrafo de Natureza do Ano da Austrália, foi feita em uma noite fria em Loinnekumme Country, na Tasmânia.
Impacto | Skink em uma situação difícil, por Sara Corlis, Nova Gales do Sul
Encontrado em uma parede de tijolos, esse pequeno lagarto-de-jardim (Lampropholis guichenoti) ficou preso em um buraco. Depois de muitas tentativas de escapar, conseguiu se libertar.
A imagem venceu na categoria Impacto do concurso Fotógrafo de Natureza do Ano da Australian Geographic e foi capturada em Gadigal Country, Sydney, Nova Gales do Sul.
Paisagem | A besta, por Darren Wassell, Queensland
A imagem mostra um único raio CG (nuvem-solo) capturado de uma nuvem de prateleira, que antecede uma tempestade. A foto foi feita em Kings Beach, Queensland, e foi premiada na categoria Paisagem do concurso de Fotografia de Natureza da Austrália.
Monocromático | Transmissor de festas, por Rachelle Mackintosh, Nova Gales do Sul
A orca (Orcinus orca) salta no Bremer Canyon após devorar uma baleia-bicuda-de-cuvier, com os intestinos de sua presa pendurados em sua boca.
Cerca de 300 dessas orcas caçadoras de mamíferos foram registradas neste ponto remoto do Oceano Antártico, em Noongar Country, Baía de Bremer, Austrália Ocidental. Pesquisas em andamento sugerem que elas podem ser seu próprio ecótipo (variante genética de uma espécie adaptada a uma determinada região geográfica).
Jovem | Empoleirada, por Isabella Rogers, Austrália do Sul
A vencedora da categoria Jovem do concurso de Fotografia da Natureza da Austrália tem 17 anos e registrou duas catatuas-galah (Eolophus roseicapilla) pousadas em um poste de luz aceso ao amanhecer em Kaurna Country, Adelaide, Austrália do Sul.
Leia também | Galáxias, auroras e a Terra vista do espaço: as melhores fotos do céu premiadas pelo Observatório de Greenwich