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Musk chega a acordo trabalhista de US$ 128 mi com ex-funcionários demitidos do Twitter

Elon Musk entrando na sede do Twitter com uma pia, quando anunciou a compra da rede social

Elon Musk entrou na sede do Twitter com uma pia quando comprou a rede social, em uma mensagem cifrada para a equipe (Foto: Twitter Elon Musk)

Um acordo judicial entre Elon Musk e ex-funcionários do Twitter foi assinado na última semana. Quatro executivos, incluindo o ex-CEO Parag Agrawal pediam indenizações de US$128 milhões por terem sido demitidos sem justificativa.

Elon Musk e o X chegaram a um acordo judicial com ex-funcionários de alto escalão do Twitter. Quatro ex-executivos da rede social alegavam que Musk devia US$ 128 milhões em indenizações.

O acordo judicial entre Musk e os ex-funcionários do Twitter foi assinado no dia 1 de outubro em uma corte federal na cidade de São Francisco, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, mas só veio a público agora. Os termos do acordo não foram divulgados.

O processo foi aberto em 2024 pelo ex-CEO Parag Agrawal, pelo ex-CFO Ned Segal, pelo ex-diretor jurídico Vijaya Gadde e pelo ex-conselheiro geral Sean Edgett. Todos foram demitidos apenas algumas horas após Musk assumir o controle da empresa.

Eles afirmam que o bilionário não pagou as indenizações devidas após as demissões como uma forma de vingança.

Isso porque os executivos processaram Musk para que ele honrasse com o compromisso de aquisição do Twitter quando ele tentou recuar da proposta de compra por US$ 44 bilhões.

Eles pediam o pagamento referente a um ano de salário e prêmios em ações, como parte de um plano de indenização. Os executivos também afirmaram que Musk tem um padrão de recusar pagar a ex-funcionários o que eles têm direito.

Gestão conflituosa no X/Twitter

Em agosto, Musk e o X também chegaram a um acordo judicial em um outro processo movido por ex-funcionários do Twitter. Este era uma ação coletiva de cerca de 6.000 funcionários, que pediam pagamentos de indenizações.

Quando comprou o Twitter em outubro de 2022, Elon Musk demitiu sumariamente milhares de funcionários da empresa em todo o mundo. Com isso, muitas ações contra o bilionário e a empresa foram movidas pelo pagamento de indenizações e grande parte ainda está pendente em tribunais pelos Estados Unidos.

Além das demissões, a gestão de Musk na rede social é marcada por conflitos internos. Em julho, por exemplo, a CEO Linda Yaccarino pediu demissão por resposta antissemita de IA, após um período de tensão com Elon Musk.

Ela não foi a única a se indispor com ele. Diversos executivos enfrentam obstáculos para se manter nos cargos, um reflexo do estilo centralizador de Musk.

Martin Eberhard, cofundador e primeiro CEO da Tesla, Max Hodak, confundador da Neuralink, e Sam Altman, da OpenAI, também tiveram problemas com Musk.

Com as ações controversas de Musk na rede social, agora chamada de X, acreditou-se que ela perderia relevância, com uma debandada de usuários para outras plataformas, mas o êxodo não foi tão grande quanto o esperado.

Comercialmente, o X chegou a perder 80% do seu valor de mercado, mas teve uma grande recuperação no início deste ano após investimentos vultosos e a oferta de participação na startup xAI a investidores.

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