O concurso de fotografia da vida selvagem organizado pelo Museu de História Natural de Londres revelou os premiados de 2025, e entre eles está o brasileiro Fernando Faciole que foi o vencedor do Prêmio Impacto.
Sua imagem “’Órfão da estrada” mostra um filhote órfão de tamanduá-bandeira seguindo seu cuidador após ser alimentado em um centro de reabilitação em Belo Horizonte. Acidentes de trânsito são uma das principais causas do declínio da população desses animais no Brasil.

Os centros são administrados pelo projeto Tamanduás e Rodovias do Instituto de Conservação de Animais Silvestres.
O Instituto também está desenvolvendo estratégias para reduzir as mortes de tamanduás nas estradas brasileiras, instalando cercas e construindo túneis subterrâneos para permitir que os animais atravessem com segurança.
Imagem de hiena rara em cidade fantasma vence o concurso de vida selvagem
Já o Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, prêmio principal do concurso, foi o sul-africano Wim van den Heever. Ele retratou uma rara hiena marrom, que tem hábitos noturnos e é solitária, em uma cidade de mineração de diamantes abandonada em Kolmanskop, Namíbia.
A imagem “Visitante da cidade fantasma” foi feita com uma armadilha fotográfica. Ele contou que levou uma década para conseguir fazer o registro.

O prêmio Fotografia de Vida Selvagem do Ano é produzido pelo Museu de História Natural de Londres e este ano recebeu um recorde de inscrições, mais de 60 mil, de 113 países e territórios.
Todas as fotografias de vida selvagem vencedoras serão exibidas em uma exposição no Museu.
Conheça os outros vencedores do prêmio de fotografia de vida selvagem
Animais em seu ambiente, Share Gross
“Como uma enguia fora d’água” foi a imagem capturada na Ilha D’Arros, Amirante, Seychelles, e mostra uma moréia-pintada caçando na maré baixa.

Retrato de animais, Philipp Egger
O fotógrafo italiano registrou o brilho alaranjado dos olhos de uma coruja-águia e a luz do entardecer incidindo sobre suas penas.
A foto “Caçador de sombras” foi premiada na categoria Retratos do concurso de fotografia de vida selvagem do Museu de História Natural de Londres.

Comportamento: Anfíbios e Répteis, Quentin Martine
“Sapos brincando” do fotógrafo francês registrou uma reunião de pequenas pererecas em Montanha Kaw, Guiana Francesa.

Comportamento: Aves, Oingrong Yang
“Pesca sincronizada” retrata uma cena em que um peixe-dama (ladyfish) captura sua presa bem debaixo do bico de uma pequena garça no Lago Yundang, província de Fujian, China.
A imagem de Yang venceu na categoria Comportamento de Aves do prêmio Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano.

Comportamento: Invertebrados, Georgina Steytler
A foto tirada na Austrália Ocidental foi intitulada “Chapeleiro Maluco”, por mostrar o estranho ‘capacete’ de uma lagarta esqueletizadora de folha de goma.

Comportamento: Mamíferos, Dennis Stogsdill
“Gato entre os flamingos” mostra um lince-do-deserto caçando um flamingo no Parque Nacional do Serengeti, na Tanzânia.

Oceanos: Panorama Geral, Audun Rikardsen
O fotógrafo flagrou o exato momento da hora da alimentação ao redor de um navio de pesca do Atlântico durante uma noite no norte da Noruega na foto “A Festa”.

Arte Natural, Simone Baumeister
As luzes dos carros destacam a silhueta de uma aranha tecelã em sua teia em uma ponte de pedestres em Ibbenbüren, na Alemanha, intitulada “Presa nos faróis”.

Subaquático, Ralph Pace
“Bolsa de sobrevivência” foi a foto premiada na categoria Subaquático do concurso de Fotografia de Vida Selvagem. A imagem mostra a caixa de ovos de um tubarão-baleia iluminada e amarrada à base de uma alga marinha gigante, na Baía de Monterey, Califórnia.

Plantas e Fungos, Chien Lee
Nesta foto, batizada de “Fascínio mortal”, o fotógrafo usa uma lanterna UV para revelar as cores fluorescentes de uma planta carnívora que atrai insetos na cidade de Kuching, na Malásia.

Prêmio Portfólio, Alexey Kharitono
O Prêmio Portfólio foi para Kharitonov, um fotógrafo autodidata, com uma série de fotos tiradas durante uma exploração de regiões remotas no norte da Rússia, Sibéria e Ásia.
A imagem abaixo, chamada “Olho da Tundra”, mostra um lago termocárstico, moldado pela ação da água, de 30 metros de largura.

Série de fotojornalismo, Javier Aznar Gonzalez de Rueda
O fotógrafo espanhol Javier Aznar González de Rueda explorou a complexa relação entre humanos e cascavéis nos EUA.
A foto, intitulada “Do Veneno à medicina”, mostra gotas do veneno mortal de uma cascavel-diamante-oriental sendo extraído e pingando em um copo. O veneno será usado para produzir um antídoto com potencial para tratamento médico.

Imagem única, Fotojornalismo, Jon A. Juárez
Jon A. Juárez ganhou o prêmio na categoria Fotojornalismo por documentar a ciência inovadora usada no Quênia para salvar o rinoceronte branco do norte da extinção por meio da fertilização in vitro (FIV).

Este feto de rinoceronte branco, que não sobreviveu devido a uma infecção, foi o resultado da primeira transferência bem-sucedida de embrião de rinoceronte para uma barriga de aluguel por fertilização in vitro.
A foto é apropriadamente intitulada “Como salvar uma espécie”.
Zonas úmidas: Panorama geral, Sebastian Frölich
Na foto “Lagoa desaparecida” o fotógrafo alemão encontra um colêmbolo (pulga-de-jardim) entre bolhas de gás verde neon em charnecas austríacas.

Prêmio Estrela em Ascensão, Luca Lorenz
Luca Lorenz ganhou o prêmio Estrela em Ascensão com algumas de suas fotos da vida selvagem alemã. A imagem intitulada “Único sobrevivente” mostra uma coruja pigmeu eurasiana cuidando de seus filhotes depois que sua companheira desapareceu.

Veja os vencedores da categoria Jovem
Jovem Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, Andrea Dominizi
O vencedor da categoria Jovem Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano foi o italiano Andrea Dominizi, por sua imagem “Depois da destruição”, que captura a perda de habitat de um besouro chifre-longo nas Montanhas Lepini, no centro da Itália.
O inseto está em primeiro plano com um maquinário ao fundo. O local abandonado era uma área explorada para a extração de velhas faias (tipo de árvore da família dos carvalhos e castanheiras).

Categoria 10 anos ou menos, Jamie Smart
O jovem fotógrafo registrou uma aranha tecelã dentro de seu ninho e com a teia coberta pelo orvalho em uma fria manhã de setembro no centro do País de Gales. Na imagem chamada “A toca do tecelão”, a aranha está iluminada e simetricamente enquadrada.

Categoria 11-14 anos, Lubin Godin
O francês Lubin Godin capturou a silhueta de um ibéx, espécie de cabra selvagem, nas montanhas envoltas em névoa. A foto foi intitulada “Amanhecer alpino”.
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