Dois jornalistas ucranianos morrem em ataque de drone russo enquanto líderes discutem fim da guerra em Bruxelas

Apenas em outubro quatro jornalistas morreram vítimas de ataques de drones enquanto cobriam a guerra na Ucra

Dois jornalistas, a correspondente de guerra Olena Gramova e o cinegrafista Yevgen Karmazin, ambos trabalhando para a rede estatal ucraniana Freedom Media, foram mortos por um ataque de drone na cidade de Kramatorsk nesta quinta-feira (23), ao mesmo tempo em que líderes europeus discutem em Bruxelas o fim da guerra.

Segundo a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, na sigla em inglês), um terceiro repórter, Alexander Kolychev, foi ferido e levado para o hospital.

A Freedom Media informou sua o carro de reportagem levando a equipe de TV estava estava em um posto de gasolina na cidade, ao leste do país, quando foi atingido pelo drone.

Dois outros jornalistas mortos em outubro na Ucrânia

O ataque ocorreu uma semana após Ivan Zuev, correspondente de guerra russo da agência de notícias estatal RIA Novosti, ter morrido em um ataque de drone na região de Zaporizhzhia, conforme relato da agência .

No início de outubro, o fotojornalista francês Antoni Lallican também foi morto por um ataque de drones na região de Donbass.

Outubro foi o mês mais mortal para jornalistas na Ucrânia em 2025, com pelo menos quatro profissionais da mídia mortos por ataques de drones, de acordo com dados da IFJ.

“O nível de perigo para os jornalistas aumentou acentuadamente devido a drones russos que deliberadamente caçam a imprensa.[…]. Pedimos aos nossos parceiros internacionais que fortaleçam os programas de segurança e forneçam aos jornalistas que trabalham em zonas de guerra equipamentos de proteção, comunicações confiáveis e apoio para deixarem os locais de risco […]”, disse o presidente da NUJU, Sergiy Tomilenko, em um comunicado.

As Federações Internacionais e Europeias de Jornalistas (IFJ-EFJ) , junto com o Sindicato Nacional de Jornalistas da Ucrânia (NUJU) e o Sindicato Independente de Mídia da Ucrânia (IMTUU), condenaram o que classificaram como crime hediondo e instaram as autoridades a realizarem uma investigação independente para identificar os responsáveis.

Nesta quinta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky pediu à União Europeia que apoie um plano para liberar bilhões de euros em fundos russos que foram congelados após sanções de vários países a fim de financiar a defesa do país.

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