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TikTok nos EUA

Venda do TikTok nos EUA foi fechada e será anunciada por Trump e Xi nesta quinta-feira, diz secretário do Tesouro

Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, afirmou que os presidentes Donald Trump e Xi Jinping anunciarão acordo em reunião na Coreia do Sul



A novela da venda do TikTok nos EUA para investidores americanos, exigência de uma lei aprovada no Congresso em 2024 em resposta a alegações de riscos à segurança nacional devido ao risco da atual dona, a chinesa ByteDance transferir dados de usuários para o governo da China, pode ter um desfecho em poucos dias, de acordo com o secretário do Tesouro americano.


Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo para a venda do TikTok nos EUA. É o que disse o Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em entrevista à rede de TV CBS neste domingo (26).

“Nós chegamos a um acordo final sobre o TikTok”, disse o secretário. Segundo ele, o acordo foi feito quando esteve com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, em Madri em setembro.

Desde então, os dois países vêm acertando os detalhes. De acordo com o secretário, Trump e Xi Jinping anunciarão a venda nesta quinta-feira (30), quando se encontrarão na Coreia do Sul.

Perguntado sobre os detalhes do acordo, Bessent afirmou que não participou da parte comercial da transação, estimada em US$ 14 bilhões, e por isso não forneceu mais informações.

“Minha missão era convencer os chineses a aprovar a transação, e acredito que conseguimos isso com sucesso nos últimos dois dias.”

Em meio a especulações sobre a futura direção do TikTok nos EUA, uma das que mais chama atenção é a possibilidade de Barron Trump, filho do presidente americano, ser um dos membros do novo conselho consultivo.

Barron Trump tem 19 anos e a justificativa para a sua participação seria de trazer perspectivas jovens para ajudar a plataforma a manter relevância.

A novela da venda do TikTok nos EUA

O Congresso americano aprovou em abril de 2024 uma lei que exige que o TikTok seja comandado nos EUA por uma empresa que tenha controle majoritário de acionistas americanos.

O prazo inicial para a venda do TikTok ou encerramento de suas operações nos EUA era 19 de janeiro, mas ao tomar posse Donald Trump adiou a decisão, tentando salvar a plataforma que ajudou em sua reeleição.

O prazo veio sendo adiado várias vezes desde então, pois a dificuldade não parecia ser encontrar investidores interessados, e sim negociar com o governo da China.

No dia 25 de setembro, durante uma coletiva com jornalistas na Casa Branca, Trump revelou que conversou diretamente com Xi Jinping sobre o tema:

“Falei com o presidente Xi. Tivemos uma boa conversa. Eu disse a ele que estávamos avançando com o plano, e ele disse que estava tudo bem. Ele deu sinal verde.”

O presidente também destacou que o acordo foi estruturado para proteger os dados dos usuários americanos e garantir que o TikTok opere sob regras de transparência e segurança.

Quem vai controlar o TikTok nos EUA

Ainda não é certo como será o controle do aplicativo de vídeos curtos nos Estados Unidos. Até o momento, alguns nomes grandes da indústria de mídia foram apontados como envolvidos na transação.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que o TikTok terá sete membros do conselho, seis dos quais serão americanos.

A chinesa ByteDance, atual dona do TikTok, ficará com menos de 20% da nova empresa e poderá indicar apenas um dos sete membros do conselho.

Entre os nomes que surgiram como potenciais investidores quando o decreto foi assinado está o o fundo soberano MGX, dos Emirados Árabes Unidos. Ele é liderado por Sheikh Tahnoon bin Zayed, conselheiro de segurança nacional e membro da família real.

Além do MGX, a Oracle deve cuidar da segurança dos dados e da infraestrutura de nuvem, e seu CEO, Larry Elisson, também foram mencionados como conselheiros. Outro nome citado é o de Michael Dell.

Uma surpresa no processo foi a do nome de Rupert Murdoch, magnata da mídia e dono da Fox Corporation, e de seu filho, seu filho, Lachlan Murdoch. Eles foram mencionados por Trump como investidores envolvidos. 

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