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Às vésperas da COP30, revista Time elege quatro brasileiros entre as pessoas mais influentes do clima no mundo

Capa da revista Time 100 clima

As 100 pessoas mais influentes da causa do clima, segundo a revista Time, foram escolhidas com base em resultados de suas ações, e não apenas em promessas ou compromissos.

A poucos dias do início da COP 30, que acontecerá em Belém do Pará, a revista americana Time divulgou uma lista com os 100 nomes mais influentes na causa do clima. Entre os escolhidos, há quatro brasileiros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o DJ Alok são os nomes do Brasil na lista da Time de mais influentes do clima.

A Time contextualiza as escolhas apontando a falta de protagonismo norte-americano, consequência do governo Donald Trump. Segundo a revista, sem apoio dos EUA, líderes de outros países se destacam.

“Em todo o mundo, tomadores de decisão, executivos, pesquisadores e inovadores estão trabalhando para ajudar a desbloquear o financiamento e os recursos necessários para uma ação climática bem-sucedida e equitativa.”

A lista está dividida em cinco categorias: líderes, inovadores, titãs, defensores e catalistas.

Para chegar à lista final, os editores da revista passaram meses analisando nomes de todo o mundo. A escolha se baseia em resultados, não em compromissos, diz o texto do anúncio.

Presidente Lula

Lula é o primeiro brasileiro a aparecer na lista, na categoria “líderes”. A escolha do presidente é justificada por seu discurso na COP27, no Egito, quando tinha acabado de ser eleito para um novo mandato.

Entre os pontos concretos que colocal Lula na lista estão a queda na taxa de desmatamento e a proposição do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que será lançado oficialmente durante a COP30.

A revista destaca, porém, que o presidente brasileiro apoia a exploração de petróleo, inclusive a recente incursão na foz do Rio Amazonas.

André Corrêa do Lago

Também entre os líderes está André Corrêa do Lago, o presidente da COP30. Em prol da escolha do diplomata está seu trabalho de tentar reconstruir as relações internacionais em torno do tema do clima, algo que, para a Time, enfrenta um momento de ruptura.

“Desde os seus primeiros dias no cargo, o embaixador brasileiro de longa data tem enfatizado os esforços para mostrar, em vez de simplesmente dizer, ao mundo que as soluções para as mudanças climáticas podem funcionar.”

O reconhecimento a Corrêa do Lago também vem por seu trabalho de liderar a realização do evento que acontecerá pela primeira vez na Amazônia, mesmo com barreiras de infraestrutura e sem o apoio dos Estados Unidos.

Eduardo Paes

O prefeito do Rio de Janeiro talvez seja o brasileiro menos esperado a figurar na lista da Time. Mais um nome entre os líderes, Eduardo Paes foi escolhido por seu trabalho na cidade.

De acordo com a Time, Paes liderou esforços para transformar o Rio de Janeiro de forma sustentável. A revista destaca a criação de 150km do sistema do BRT e a eletrificação da rede de transporte.

Também entraram na conta do prefeito a criação de cinco novos parques e de áreas verdes em zonas periféricas, mais propensas ao calor, e o lançamento de um protocolo de resposta ao calor extremo.

A lista de feitos de Eduardo Paes não param por aí. O prefeito também foi creditado pela Time como um dos mais influentes do clima por ter transformado o Rio na primeira cidade Latina em que os prédios públicos funcionam 100% à base de energia limpa e por fundar um mecanismo de financiamento para cidades.

Alok

O envolvimento do DJ com causas socioambientais não é novidade. Alok tem um histórico de defesa das populações indígenas e da proteção do meio ambiente e é o único músico a figurar na lista da Time.

O destaque na escolha de Alok é o lançamento de seu álbum “O Futuro é Ancestral”, que foi co-criado com oito comunidades indígenas diferentes. O álbum foi indicado ao Grammy em 2024 e todo o lucro foi doado aos povos tradicionais.

A Time também destaca que atualmente Alok colabora com uma iniciativa da ONU chamada NATURE, por meio da qual fãs ajudam a combater a crise na Amazônia “simplesmente por ouvir”.

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