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Musk, Milei, Meta e mais: os 34 ‘predadores’ da imprensa em 2025, segundo a Repórteres sem Fronteiras

Elon Musk com boné Make America Great Again, marca do governo Trump

Elon Musk (foto: X)

Constam na lista de predadores da imprensa da RSF o bilionário Elon Musk, os presidentes Javier Milei e Nicolás Maduro, e as empresas Meta e Alphabet.

A organização Repórteres Sem Froteiras (RSF) elegeu os “predadores” da imprensa de 2025. São 34 nomes de pessoas, entidades e empresas que mais atacam a liberdade de imprensa no mundo.

A lista foi divulgada aproveitando o 2 de novembro, Dia Internacional Pelo Fim da Impunidade de Crimes contra Jornalistas.

Destacam-se os nomes do bilionário Elon Musk, do presidente da Argentina Javier Milei e o das Forças de Defesa de Israel (IDF). Plataformas digitais também estão entre os predadores.

A lista é dividida em cinco categorias: Política, segurança, economia, legal e social. Segundo a RSF, cada predador é classificado de acordo com os ataques realizados em 2025.

“Devemos reconhecer a capacidade dos inimigos da mídia de renovar constantemente a natureza de seus ataques contra o jornalismo. Ao revelar seus retratos neste dia simbólico para a luta contra a impunidade, a RSF ressalta que a impunidade não é inevitável, que aqueles que pisoteiam a liberdade de informar devem ser nomeados e responsabilizados.”

– Thibaut Bruttin, diretor-geral da RSF

Disseminadores do ódio contra a imprensa

Nesta categoria estão aqueles que incitam o ódio contra a profissão difamando a mídia promovendo desconfiança em relação a jornalistas.

É aqui que figuram os dois nomes mais proeminentes da lista. Primeiro, o bilionário Elon Musk, que transformou o Twitter em X e, levou a rede social a virar uma plataforma de desinformação.

Depois, o presidente da Argentina, Javier Milei. Eleito em 2023, Milei frequentemente usa uma retórica polarisante e trata jornalistas como inimigos, aponta a RSF.

Também estão nesta categoria o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, a editora-chefe das mídias estatais russas, Margarita Simonian, e duas organizações, Honest Reporting, de Israel, e OpIndia.

Ataques políticos à imprensa

Na categoria política entram aqueles que usal o aparelho estatal para silenciar a mídia. Nesta categoria entram políticos de países onde há repressão e censura.

Estão listados os líderes supremos de Afeganistão e Irã, Haibatullah Akhundzada e Ali Khamenei, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, e os presidentes de Rússia, Nicarágua, Belarus, Azerbaijão e Venezuela, Vladimir Putin, Daniel Ortega, Alexander Lukashenko, Ilham Aliyev e Nicolás Maduro, respectivamente.

Predadores da segurança da imprensa

Na categoria de segurança constam as pessoas e instituições que atacam, prendem e matam jornalistas ao redor do mundo.

Em primeiro, vêm as Forças de Defesa de Israel (IDF), pelos ataques aos jornalistas na Faixa de Gaza, que fazem desta guerra a mais letal para jornalistas nos tempos modernos.

Completam a lista o Partido Comunista da China, a Comissão Estatal de Segurança e Paz de Mianmar, o príncipe Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita, a Junta Mililtar de Burkina Faso, o Cartel Nova Geração de Jalisco, do México, e o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic.

Assédio judicial contra jornalistas

Na categoria legal, entram aqueles predadores da imprensa que manipulam a lei para prender ou censurar jornalistas. Estão na lista:

Ataques econômicos à imprensa

Por fim, na categoria econômica entram aqueles que prejudicam financeiramente os meios de comunicação.

Aqui, chama a atenção a presença das big techs americanas Alphabet, detentora do Google, e Meta, que controla o Facebook, o Instagram e o Whatsapp.

Outra empresa americana na lista é a Alden Global Capital, grupo que controla cerca de 170 jornais nos Estados Unidos. Segundo a RSF, a companhia entrou na lista porque “vende imóveis, demite funcionários e reduz as redações ao mínimo indispensável.”

Os outros nomes nesta categoria são Bidzina Ivanichvili, bilionário e ex-primeiro-ministro da Geórgia, Vladimir Tabak, estrategista de comunicação russo, William Ruto, presidente do Quênia, e Vincent Bolloré, bilionário e empresário de mídia francês.

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