Londres – A agência de monitoramento financeiro da Rússia, Rosfinmonitoring, adicionou nesta terça-feira (11) a Meta, holding do Instagram, Facebook e WhatsApp, na lista de entidades“terroristas e extremistas” do país. 

A informação foi confirmada pela agência de notícias Interfax e pela mídia russa. 

A designação equipara a gigante americana de tecnologia a grupos de oposição ao governo russo e a organizações como o Talibã. 

Instagram e Facebook já estavam banidos na Rússia 

Os conflitos de Vladimir Putin com as plataformas são anteriores à guerra, com perseguições e multas. 

Depois da guerra as tensões aumentaram, porque a Meta decidiu não remover conteúdo pedindo “morte aos invasores” ou declarações semelhantes dirigidas ao exército russo.

E acabou tendo suas principais plataformas banidas sob a acusação de “russofobia”.  O WhatsApp continuou acessível.

Ainda assim, muitos usuários locais continuavam utilizando o Facebook e o Instagram por meio de VPNs, principalmente para postagens de influenciadores e comércio online. 

Mas a tolerância do governo de Vladimir Putin foi se esgotando. Em setembro, uma jovem influenciadora de 18 anos foi processada apenas por utilizar o Facebook, mesmo sem postar conteúdo ligado à guerra com a Ucrânia ou a temas políticos. 

Com a inclusão da Meta na lista de entidades terroristas e extremistas os riscos aumentaram. Segundo a agência russa Interfax, os bancos podem congelar os fundos da Meta na Rússia, e usuários que acessam Facebook ou Instagram por meio de VPNs podem ser criminalizados. 

Cidadãos e empresas russos que compram anúncios no Facebook ou Instagram podem enfrentar até 10 anos de prisão sob a acusação de “patrocinar o extremismo”. 

O advogado de direitos humanos Pavel Chikov informou em seu canal no Telegram que promotores russos já começaram a distribuir avisos aos cidadãos sobre responsabilidade administrativa ou criminal pelo uso do Facebook e do Instagram. 

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