Uma pesquisa global que ouviu quase 3 mil jornalistas em todo o mundo revelou que o Twitter รฉ a rede mais usada pelos jornalistas e a que consideram mais valiosa para o seu trabalho. Alรฉm disso, รฉ a rede que mais usam para se informar, perdendo apenas para os jornais e revistas online.

E na hora de responder qual das plataformas os jornalistas pretendem usar mais? Nรฃo deu outra: o Twitter apareceu na frente de novo.

A pesquisa, chamada State of Journalism 2021, รฉ realizada anualmente pela plataforma digital Muck Rack, que conecta jornalistas e profissionais de comunicaรงรฃo corporativa de empresas e agรชncias. 

Ela foi realizada entre os dias 11 de janeiro e 8 de fevereiro com 2.482 jornalistas de todo o mundo, incluindo empregados na profissรฃo  full-time (63%), freelances (20%), jornalistas part-time que complementam a renda com outro emprego (15%) e aposentados/desempregados (2%). A maioria estรก baseada nos Estados Unidos (68%).

Apesar de a quinta parte dos respondentes ter tido que passou a trabalhar menos por terem sido envolvidos em dispensas provocadas pela pandemia, a maioria inicia o ano otimista com a profissรฃo.

Confira as conclusรตes.

Quase metade teve sua carga de trabalho afetada

De um lado, a reduรงรฃo das equipes provocada pela pandemia fez com que os que permaneceram suportassem uma carga de trabalho maior. Do outro, os que saรญram tiveram dificuldade de se reposicionar e passaram a trabalhar menos.

Mais de cinco matรฉrias por semana

Mais da metade dos jornalistas entrevistados publica pelo menos cinco matรฉrias por semana. Dois em cada dez produzem mais de 10 por semana.

Otimismo, apesar dos pesares

Dificuldades ร  parte, 58% dos jornalistas se mantรชm otimistas em relaรงรฃo ร  profissรฃo. O patamar รฉ o mesmo de 2020 e maior do que nos anos anteriores.

Twitter, a rede social mais valiosa

No mundo das redes sociais, nada รฉ mais valioso para o trabalho dos jornalistas do que o Twitter. E com grande folga: o dobro das menรงรตes do segundo colocado, o Facebook.

Jornais e revistas online, a principal fonte de informaรงรฃo

Quase seis em cada 10 dos respondentes se informam pelos jornais e revistas online. E qual a segunda fonte de notรญcias? O Twitter! E com mais que o dobro da preferรชncia das TVs ou dos jornais impressos.

Twitter, a rede mais usada pelos jornalistas

Mais de nove em cada dez jornalistas usam o Twitter. O Facebook ainda aparece em segundo, mas logo vai perder essa posiรงรฃo, pois รฉ a rede com maior percentual de jornalistas querendo usar menos. Depois aparecem Linkedin, Youtube e Instagram. A maioria dos jornalistas consultados nรฃo usa Reddit ou TikTok.

O Twitter deve ampliar ainda mais sua vantagem, pois รฉ a rede cujo maior percentual de jornalistas quer passar a usar mais. Num segundo patamar devem se consolidar Linkedin, Instagram e Youtube, que sรฃo as outras redes com maior percentual de jornalistas querendo usar mais.

 

Maioria acompanha compartilhamento de suas notรญcias nas redes

Seis em cada dez dos jornalistas consultados jรก tรชm essa prรกtica.

Notรญcias sobre trending topics tรชm maior potencial de compartilhamento

Uma boa imagem ou um bom grรกfico tambรฉm foram muito citados como fortes geradores de compartilhamentos,  ร  frente atรฉ de uma notรญcia exclusiva ou com dados surpreendentes.

Pandemia tomou conta da pauta

Mais de nove em cada dez jornalistas disseram que as matรฉrias que produziram foram de alguma forma influenciadas pela pandemia. Somente 6% dos entrevistados disseram que as pautas que levaram adiante nรฃo foram afetadas pelo vรญrus.

Especialistas foram as fontes mais confiรกveis

A pandemia consolidou os especialistas acadรชmicos como as fontes mais confiรกveis para os jornalistas, seguidos pelos CEOs das empresas. No lado oposto, contando com a desconfianรงa de nove entre dez jornalistas, ficaram os blogueiros, celebridades, influencers e especialistas que se auto promovem.

 

Perfil da amostra 

A maior parte dos entrevistados (37%)  trabalha hรก mais de 20 anos como jornalistas, 23% entre 10-20 anos, 19% entre 6-10 anos e 16% de 3-5 anos e 5% tรชm 2 anos ou menos de profissรฃo.

O grupo mais representativo (34%) รฉ o de mais de 50 anos, 18% estรฃo na faixa de 41-50 anos, 27% na de 31-40 anos e 21% na de 21-30 anos.

A maior parte da amostra (42%) trabalha em veรญculos online, 34% na mรญdia impressa, 10% na TV, 8% no rรกdio, 2% em boletim informativo e 1% em podcast. Uma parcela de 3% dos entrevistados disse que era muito difรญcil definir seu principal veรญculo de trabalho.

A mรฉdia dos jornalistas cobre 3 ou mais editorias. 47% cobrem polรญtica, negรณcios ou jurรญdico; 33% cobrem notรญcias regionais ou locais; 32% negรณcios e finanรงas; 25% saรบde, bem-estar e fitness; 20% tecnologia e telecomunicaรงรตes; 19% esportes; 17% alimentos e gastronomia; 16% turismo e 8% moda e beleza.

 

Leia tambรฉm: 

https://mediatalks.com.br/2021/03/25/as-regras-de-ouro-da-seguranca-digital-de-profissionais-de-imprensa-segundo-o-comite-de-protecao-dos-jornalistas/