• Foram entrevistados 82 jornalistas de quatro países: Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Índia
  • Estudo enfatiza que confiança é a base do jornalismo como profissão, da notícia como instituição e da mídia como negócio

Pode confiar: cada segundo que você gastar lendo este artigo vai valer a pena. Ele está recheado de lições dos principais jornalistas do Brasil ouvidos pelo Instituto Reuters, entre eles representantes de TV Globo, Folha de São Paulo, Estado de S.Paulo, UOL, BandNews, TV Record, O Globo, Rádio CBN, Correio da Bahia, O Povo e Jornal GGN.

Como se não bastasse, também reúne reflexões dos principais jornalistas de Reino Unido, Estados Unidos e Índia, representando organizações como The New York Times, The Guardian, BBC, The Washington Post e Los Angeles Times.

No total, foram 82 jornalistas ouvidos. Além disso, os pesquisadores se debruçaram sobre toda a literatura acadêmica a respeito da confiança nas notícias. Foram mais de 200 estudos analisados.

O resultado? Entre as principais ameaças à confiança estão o partidarismo político, o nível de educação formal das audiências, o desconhecimento de como o jornalismo funciona, as expectativas diferentes do público e as próprias falhas dos jornalistas.

Nada que desestimule os apaixonados pela profissão.

“Devemos pelo menos a nossos leitores e a nós mesmos defender o jornalismo.”

Sewell Chan, editor da página editorial do Los Angeles Times

Por que a confiança é tão importante?

Os pesquisadores enfatizam que a confiança tem impacto sobre tudo no jornalismo, desde as fontes de informação – que são “sacrossantas”, nas palavras de um repórter sênior de um jornal britânico entrevistado – até a segurança dos repórteres, passando pelo impacto público decorrente de reportagens sobre corrupção e atos ilícitos. 

Dessa maneira, o estudo enfatiza que a confiança é a base do jornalismo como profissão, da notícia como instituição e da mídia como negócio. Não é à toa que a World Association of News Media definiu que a confiança é “a nova moeda para o sucesso”.

Entretanto, num mundo no qual muitas organizações de notícias, apesar das suas imperfeições, continuam sendo as fontes independentes mais confiáveis de informações sobre temas públicos, o declínio da confiança pode ser uma barreira aos cidadãos que procuram tomar decisões esclarecidas e fiscalizar seus líderes. 

“O público cada vez mais começa a desconfiar dos veículos que tradicionalmente cobrem as notícias e passa a desconfiar da informação de forma generalizada.” 

Irineu Machado, gerente-geral de Distribuição de Conteúdo do UOL

Qual a principal causa?

Na verdade, o estudo conclui que não há um único problema de “confiança nas notícias”, mas múltiplos desafios que envolvem tanto o fornecimento de notícias como sua distribuição e a mudança nas expectativas do público.

Desde que as redes sociais se tornaram os principais canais de informação nas democracias em nível mundial, parte do crescente ceticismo relacionado às notícias pode ser consequência desses ambientes. 

“A Internet facilitou amplamente a polarização, então as notícias se tornaram uma arma de guerra.” 

Luis Nassif, editor do Jornal GGN

Grandes parcelas da audiência dizem estar preocupadas em distinguir o que é verdadeiro no universo online e parte identifica outras fontes, entre elas os próprios jornalistas, como fonte de informação enganosa. Aí reside o principal perigo ressaltado pelo estudo, pois nem tudo e todos que buscam a confiança do público são igualmente confiáveis.

“Se um cão está latindo para alertar, mas ninguém confia nele, de que adianta?”

Margaret Sullivan, colunista de mídia do The Washington Post

Credibilidade não garante confiança

Muitos dos entrevistados concordaram que a confiança está enraizada em crenças sobre a integridade, profissionalismo e motivações dos jornalistas. Mas que também depende de como o noticiário corresponde a noções pré-existentes sobre a visão de mundo da audiência.

“Quando gostam de determinado fato ser denunciado, gostam de nós. Quando não gostam da denúncia, não gostam de nós.”

Felipe Harmata, supervisor de notícias da BandNews Curitiba

O estudo diferencia as dimensões afetivas da confiança do conceito de credibilidade − isto é, como as pessoas se sentem sobre as notícias e não apenas como avaliam sua precisão.

“Confiança é um relacionamento. É mais do que acreditar no que você está falando, mas que compartilhamos valores.” 

Sally Lehrman, do The Trust Project 

Expectativas diferentes do público

Os pesquisadores destacam que o público pode ter expectativas diferentes sobre o que é jornalismo confiável. 

“Se você perguntar a um homem carente na rua se há notícias na imprensa que são relevantes para a vida dele, a resposta provavelmente seria não. Por que ele deveria confiar na mídia?” 

Vinod Jose, editor executivo do indiano The Caravan 

Algumas pessoas consideram confiáveis as notícias com vários pontos de vista, enquanto outros depositam confiança naquelas que apoiam uma visão de mundo ideológica específica. 

“O modelo antigo e imparcial, do qual todos temos muito orgulho e pelo qual sentimos muita paixão, não é universalmente amado pelo público mais jovem. Mas centralizar a reportagem em um só ponto de vista traz inevitavelmente um problema de imparcialidade.”

Jamie Angus, diretor do BBC World Service Group

Vários entrevistados levantaram questões sobre se os formatos convencionais de notícias imparciais permanecerão comercialmente viáveis. 

“O fato de a emissora fazer jornalismo imparcial em um mundo polarizado não diminui a confiança, mas afasta um público que às vezes acha que somos chatos. Mas nunca desistirei da minha imparcialidade em troca disso.” 

Pedro Dias Leite, diretor executivo da Rádio CBN

Marcas conhecidas tendem a ser mais confiáveis − ou servir de pára-raios

A literatura acadêmica comprova que marcas noticiosas estabelecidas tendem a ser mais confiáveis, embora muitos fatores, além da confiança, incluindo hábito e rotina, também expliquem porque as pessoas preferem  fontes específicas.

“Existe um poder contínuo em ser reconhecível. As pessoas continuam a confiar em marcas antigas e famosas. Honestamente, mais até do que eu esperava.”

Ben Smith, colunista de mídia do The New York Times

Muitos dos entrevistados apontaram que marcas bem conhecidas também têm o ônus de gerar críticas em sociedades politicamente divididas.

“Toda vez que há polarização, a Globo está no meio dela. Por quê? Isso é consequência de nosso grande alcance, popularidade e trabalho.”

Cristina Piasentini, diretora de Redação da TV Globo São Paulo

Os danos causados pelo partidarismo político

Em linha com estudos que apontaram o partidarismo político como um dos maiores causadores de desconfiança nas notícias, esse fator foi muito citado por jornalistas entrevistados no Brasil e na Índia, que mencionaram a retórica das elites como um agravante.

“Alguns líderes políticos fizeram um esforço muito deliberado e concentrado para colocar partidários contra a imprensa a fim de semear dúvidas e confusão.”

Ernesto Londoño, chefe do escritório do The New York Times no Brasil

Os jornalistas estrangeiros baseados no País são muitas vezes alvo desse partidarismo ao serem tachados de “ferramenta de uma conspiração global”, como no caso de reportagens sobre o meio ambiente no Brasil, mas Londoño acha que esses casos são mais exceção do que regra.

Desconhecimento sobre como o jornalismo funciona prejudica

O pouco conhecimento do público a respeito das práticas jornalísticas dificulta os esforços para construir confiança. Os pesquisadores enfatizam que, por causa disso, não se pode esperar que o público diferencie as marcas considerando diferenças na qualidade das práticas jornalísticas. 

“A pessoa média não tem um bom conhecimento de como fazemos nosso trabalho.”

Craig Silverman, editor de mídia do BuzzFeed News 

Em 2019, a Society of Professional Journalists conduziu o The Casper Project, uma série de  workshops ao longo de seis meses em Casper, cidade com alguns dos níveis mais baixos de confiança em notícias nos Estados Unidos.

Jornalistas nacionais e locais conversaram com membros da comunidade e explicaram práticas de coleta de notícias e reportagem. Mas, no final, não foram encontradas mudanças significativas nos hábitos de notícias dos participantes ou nas opiniões sobre a imprensa.

O editor de mídia do The Guardian se pergunta se “mostrar como a salsicha é feita no jornalismo reforça a confiança, porque ninguém quer ver como são feitas as salsichas”.

“Se você acreditasse no que o público diz que quer, estaríamos todos lendo nossas notícias na forma de uma revista mensal com artigos de 4.000 palavras. Isso é besteira.” 

Jim Waterson, editor de mídia do The Guardian

Níveis de educação formal também influenciam

Alguns entrevistados expressaram preocupação de que o nível de educação formal continue sendo uma barreira. 

“Mesmo com robôs empregados para disseminar desinformação, algumas pessoas acreditam porque não têm educação formal, não sabem distinguir entre as fontes.”

Linda Bezerra, editora-chefe do Correio da Bahia

Mas outros vão além, considerando que tais problemas acometem até cientistas.

‘Há muitas pessoas que não conseguem distinguir entre um artigo que escrevi e um artigo que apenas compartilhei. Embaixadores aposentados, médicos e até cientistas enviam desinformação maluca. Lutar contra isso parece tentar salvar o oceano com um dedal.”

Sadanand Dhume, colunista do sul da Ásia do The Wall Street Journal

Falha nossa

Um “mea culpa” foi realizado pelos entrevistados, culpando falhas do próprio setor pela situação. 

Muitos falaram sobre sensacionalismo, clickbait, limites obscuros entre o conteúdo editorial e patrocinado, a falta de uma rotulagem clara online e a prática de algumas publicações indianas de vender espaço editorial para políticos.

“Há exemplos suficientes de reportagens de péssima qualidade, preconceito político direto e produção pobre nos principais meios de comunicação que, sem surpresa, desgastaram a confiança em muitos aspectos.” 

Jim Waterson, editor de mídia do britânico The Guardian

Por outro lado, o estudo ressalta o exemplo do Yorkshire Evening Post, que no ano passado usou suas próprias páginas para defender a confiabilidade de suas reportagens após uma enxurrada de acusações nas redes sociais de que teria falhado ao publicar uma falsa matéria sobre o NHS (serviço nacional de saúde).

“O jornalismo é importante e nós, como indústria, precisamos bater o tambor e realmente fazer nossas vozes serem ouvidas daqui para a frente.”

Laura Collins, editora do britânico Yorkshire Evening Post

As quatro perguntas que faltam ser respondidas

Ao longo do estudo, os autores levantaram quatro perguntas, que pretendem responder na próxima etapa do projeto.

  1. Até que ponto as plataformas digitais são prejudiciais às identidades de marca das organizações de notícias?

A experiência de consumir notícias online é cada vez mais mediada por plataformas que “erodiram a integridade do conteúdo ao minar sua procedência”, nas palavras do presidente-executivo da News Corp, Robert Thomson. 

Sally Lehrman, do The Trust Project, diz que muitos dos executivos das organizações de notícias sentem-se “prisioneiros das mídias sociais e dos mecanismos de busca”. 

“Quando vejo coisas de sites aleatórios em todo o Facebook, fico muito curiosa em saber como fazer as pessoas se concentrarem mais em veículos de notícias reais.”

Amanda Gilbert, repórter de televisão da norte-americana Fox 23, Oklahoma

Estudos têm mostrado que muitos usuários não se lembram da fonte das histórias em que clicam. Daí a importância das mudanças nos algoritmos que impulsionaram os editores que postam conteúdo original.

“Sem rótulos claros, o público médio não teria ideia .”

Yara Silva, chefe do grupo de mídia social das publicações nacionais da britânica Reach Plc, incluindo Daily Mirror , Daily Express e Daily Star 

Alguns entrevistados foram mais otimistas sobre as maneiras pelas quais as plataformas podem ser aproveitadas para aprofundar os relacionamentos com o público, ou sentiram que a qualidade frequentemente variável das informações que apresentam pode, na verdade, ser uma oportunidade para os editores se destacarem. 

Afinal, como observou Thiago Contreira, diretor de conteúdo da Record TV / R7, o caótico ambiente online só pode reforçar a necessidade de fontes idôneas que possam servir de “vigilantes de informações de qualidade”.

Estabelecer confiança online também requer lutar contra a influência de celebridades e políticos, e daqueles que procuram espalhar mentiras deliberadamente.

“As pessoas não seguem mais as organizações de mídia; eles seguem outras pessoas. Então, um cara qualquer que vê o mundo da janela do seu quarto e escreve sobre qualquer coisa ganha a mesma importância que uma organização como o Estadão, que tem 400 jornalistas produzindo notícias o tempo todo.

David Friedlander, editor-chefe de O Estado de S. Paulo 

2. Quais estratégias de engajamento são capazes de gerar confiança? 

Na maioria das vezes, as redações tomam decisões guiadas pela intuição sobre o que pode funcionar. Muitos entrevistados disseram acreditar que os jornalistas podem ganhar a confiança do público investindo no próprio produto e no jornalismo de qualidade.

“Eventos como a pandemia ajudarão a convencer o público de que não existe um grupo no Facebook para resolver seus problemas. Você precisa ir a fontes de jornalismo profissional para verificar as informações.” 

Sérgio Dávila, editor-chefe da Folha de S. Paulo

Mas em ambientes onde a desconfiança é profunda, não está claro se o dispendioso jornalismo de qualidade será recompensado. 

“Estamos até entregando checagem de fatos para a sociedade e, mesmo assim, as pessoas falam: ‘Não, são notícias falsas!”

Fábio Gusmão, editor de projetos especiais dos jornais O Globo e Extra

No esforço de construir relacionamentos mais profundos com o público, foram relatadas diversas iniciativas de engajamento adotadas pelas organizações. Uma das destacadas foi a criação de um Conselho de Leitores pelo jornal O Povo. Por meio de  reuniões mensais, sua função é revisar e avaliar a qualidade da cobertura, conforme relatou o diretor Arlen Medina Néri.

Linda Bezerra, do Correio da Bahia, chega a escrever cartas para novos assinantes, dando-lhes seu número do WhatsApp, por querer entender melhor suas perspectivas. Ela reconhece, no entanto, que à medida que a base de leitores aumentar, essa atenção personalizada se tornará impossível.

Alguns dos jornalistas entrevistados, quase exclusivamente dos Estados Unidos e do Reino Unido, falaram sobre aspectos de sua cobertura que estigmatizaram, prejudicaram ou ignoraram segmentos da audiência. Exemplos de medidas tomadas pelas redações foram cartas abertas ao público e a realização de auditorias de fontes − especialmente em torno de raça e gênero. 

3. Quais iniciativas de transparência podem gerar mais confiança?

Entre os esforços destacados pelos entrevistados incluem-se a divulgação de políticas sobre conflitos de interesse, publicidade e correções, mas também as identidades das pessoas que selecionam as reportagens e determinam o que é interessante.

Muitos falaram sobre a necessidade de colocar repórteres e apresentadores em primeiro plano como pessoas reais, em vez de figuras distantes. 

“Isso pode significar links para biografias de jornalistas online para que os leitores vejam um pouco mais sobre quem é a pessoa que está escrevendo essa reportagem, o que eles sabem sobre isso.”

Nick Sutton, chefe de produção digital da britânica Sky News

Também pode significar que jornalistas participem de transmissões ao vivo de mídia social ou outra divulgação personalizada online, apesar das preocupações sobre o papel das plataformas na erosão da confiança. 

Irineu Machado, do UOL, falou sobre os esforços intensivos de sua organização para usar grupos de mídia social para discutir temas com leitores e disseminar conteúdo verificado. 

“Se você pensar em outras instâncias que exigem confiança real, são principalmente marcas, não indivíduos.  As pessoas têm mais probabilidade de confiar em um humano, mas também é mais provável que desconfiem de um humano.”

Ben Smith, colunista de mídia do The New York Times 

Ainda assim, as organizações jornalísticas têm investido cada vez mais em podcasts como parte de uma estratégia para se conectar com os leitores no que eles esperam ser um nível mais pessoal.

“O áudio mostra a humanidade das notícias de uma forma que muitos impressos lutam para mostrar.  Mostra a humanidade das pessoas de quem estamos falando, assim como a humanidade das pessoas coletando as notícias e a humanidade do mundo em que vivemos de uma maneira diferente do que as histórias impressas.”

Hans Buetow, produtor sênior do The New York Times 

Especificamente para a mídia social, muitos veículos buscam saber quantos detalhes compartilhar sobre os jornalistas que divulgam as notícias. A segurança dos jornalistas e de suas fontes pode levar as organizações de notícias a reter informações. 

As políticas variam amplamente. Organizações como a BBC impuseram diretrizes rígidas proibindo opinião pessoal e postagens de notícias que não sejam nos canais da emissora. Outros defendem a divulgação de pontos de vista pessoais. 

“Encorajo os jornalistas a ter opiniões e a publicá-las no local certo, de forma a demonstrar uma divisão clara e explícita entre notícia e opinião.”

Arlen Medina Néri, diretor do jornal O Povo  

Apesar de perspectivas mistas de transparência, o Instituto Reuters destaca que os tipos de iniciativas ouvidas nas entrevistas com mais frequência foram aquelas projetados para tornar os processos de reporte e tomada de decisão mais visíveis.  Esses esforços incluem a divulgação de políticas sobre conflitos de interesse, publicidade e correções, mas também as identidades das pessoas que selecionam as histórias e determinam o que é interessante.

Como observou Marcelo Rech, presidente da Associação Brasileira de Jornais (ANJ):

“A primeira relação do público é com o comunicador”.

4. Como os preconceitos sobre as notícias minam a confiança?

Os preconceitos sobre a imprensa podem ser tão arraigados no público que tudo sobre as notícias é interpretado por essas lentes. 

“Luto para convencer meu próprio pai que não tenho uma agenda partidária oculta, de que não estou aqui para tentar empurrar nada em você.”

Rebecca Walters, produtora executiva da norte-americana KJRH, de Oklahoma

A necessidade de soluções coletivas

Com cada veículo competindo simultaneamente para convencer o público de que são mais confiáveis do que os concorrentes, qual seria o efeito coletivo de tal enxurrada de mensagens conflitantes?

“Eu não vou te enganar. Cada um olha para os seus problemas e procura meios de sobreviver.”

Maurício Lima, editor-chefe da revista Veja

Entre os esforços cooperativos existentes, o estudo destacou a Journalism Trust Initiative e o exemplo, que considerou sem precedentes, do consórcio de  organizações jornalísticas brasileiras para apurar os números de vítimas da Covid-19 de forma independente.

Na maioria das vezes, no entanto, as marcas resolvem esses problemas sozinhas, tentando estabelecer relacionamentos únicos e duradouros com públicos repletos de escolhas na era digital.

“Quando você está trabalhando nas trincheiras das notícias, seu maior medo não é o ceticismo dos leitores. Seu maior medo é a inexistência de leitores… o medo da irrelevância.”

Sewell Chan, editor de Página Editorial do jornal Los Angeles Times 

As respostas a essas perguntas e os resultados da próxima etapa do projeto são aguardados com expectativa, devido à relevância do tema para o setor. Afinal, no jornalismo, confiança é a última que morre.