O advento da internet trouxe grandes problemas para as organizações jornalísticas tradicionais: primeiro, acabou com os monopólios geográficos que desfrutavam. Depois, aumentou exponencialmente a concorrência, permitindo que veículos online independentes passassem a oferecer conteúdo e disputar com elas a preferência do público.
Por fim, colocou entre elas e sua audiência um intermediário, já que a maioria das pessoas passou a se informar por meio das mídias sociais e dos agregadores de notícias.
Mas com as plataformas de mídias sociais focadas em postagens curtas, o scrollytelling, com seus materiais mais longos e elaborados, pode ser a compensação trazida pela internet como redenção para as organizações de notícias não dependerem tanto das mídias sociais, reengajarem seu público e garantirem sua sobrevivência. Esse caminho é defendido pelo cientista de dados Benoit Pimpaud, em artigo para o site UX Planet.
O que é o scrollytelling?
É a evolução do storytelling, a partir de sua combinação com o scrolling, ou seja, é a narração de histórias por meio da rolagem das telas de nossos dispositivos.
Mas antes vale esclarecer melhor o conceito de storytelling. Pense nesta matéria que você está lendo, no episódio de sua série favorita, no anúncio da TV ou nos tuítes que você acompanha: todos eles contam histórias. A storytelling, ou a narração de histórias, está em todo lugar.
Yuval Harari, autor do best-seller Sapiens, sentenciou que o “Homo Sapiens é um storytelling animal”. E que a prática de contar histórias surgiu com o próprio homem, fazendo com que a espécie passasse a acreditar nas mesmas histórias e assim cooperasse entre si e dominasse o mundo.