O segundo aniversário da prisão de Julian Assange em Londres foi marcado neste domingo (11/4) por manifestações em várias cidades do mundo, como parte da campanha para impedir a extradição do fundador do Wikileaks para os Estados Unidos e conseguir sua libertação. Um dos protestos aconteceu diante da embaixada do Equador na capital britânica, onde ele permaneceu asilado entre 2012 e 2018.
Wonderful moments outside the Ecuadorian Embassy today in support of Julian #Assange marking two years from his arbitrary detention and imprisonment! pic.twitter.com/Ve3MNcT5BP
— Committee to Defend Julian Assange (@JA_Defence) April 11, 2021
Houve também manifestação diante do tribunal e um tour de ônibus pela cidade. Julian Assange responde a 17 processos movidos pelo governo americano envolvendo acesso e vazamento de documentos confidenciais sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão. No dia 4 de janeiro, a justiça britânica negou o pedido de extradição, mas não concedeu a libertação mediante fiança.
We raise our voices in your defence #FreeJulianAssange pic.twitter.com/u2qfkSMD0S
— Committee to Defend Julian Assange (@JA_Defence) April 11, 2021
Ele está na prisão de Belmarsh, nos arredores de Londres, onde também ocorreram protestos.
Nas redes sociais, um dos destaques foi o alto compartilhamento de vídeo com uma declaração do Presidente Lula conclamando associações de jornalistas nos Estados Unidos, Reino Unido e França a se unirem em favor da libertação de Julian Assange. Foi repostado em diversos canais de ativistas e de grupos de apoio a Assange.
"Assange should be seen as a hero of democracy."
Two years ago, Julian Assange was dragged out of the Ecuadorian embassy in London and imprisoned in the notorious HMP Belmarsh, where he remains today.
Watch @LulaOficial's powerful testimony from our #BelmarshTribunal: pic.twitter.com/W7EpwBxdit
— Progressive International (@ProgIntl) April 11, 2021
Pressões sobre UK e Austrália
Como parte da estratégia do círculo mais próximo de Julian Assange, vêm sendo intensificadas as pressões sobre os governos britânico e australiano. Em solo britânico a liderança é de Stella Moris, companheira do fundador do Wikileaks. Na Austrália, onde o fundador do Wikileaks nasceu, a campanha vem sendo conduzida por John Shipton, pai de Assange.
Bring Julian Assange home NOW. Stop his extradition to the United States.
Labor calls on Scott Morrison to bring this to an end.
Respect the UK Court's decision & save his life.
#JournalismIsNotACrime #FreeAssangeNOW #Assange #Wikileaks #NoExtradition #DropTheCharges pic.twitter.com/iuG78DHyH8— Julian Hill MP (@JulianHillMP) March 18, 2021
Neste vídeo, advogados e Julian Hill explicam as questões jurídicas envolvendo o caso na Austrália.
Andrew Wilkie, que foi oficial de inteligência antes de se tornar parlamentar, sinalizou que o representante americano teria concordado com as ponderações de que “a perseguição de Assange pelos EUA obviamente não é do interesse público e deve ser abandonada ”.
Em janeiro, Scott Morrison disse que Julian Assange receberia permissão para retornar à Austrália se todas as acusações fossem retiradas. Mas não entrou plenamente na briga, ressaltando que o governo “não era parte nesse conjunto de processos”.
O porta-voz da Embaixada não transmitiu à imprensa sinais de as acusações podem ser retiradas pelo governo de Joe Biden. Sobre o encontro, disse que há reuniões frequentes com membros do parlamento australiano sobre “uma ampla gama de questões”. E que “o governo dos Estados Unidos continua buscando a extradição de Julian Assange para enfrentar as acusações criminais pendentes contra ele nos país.