A Forbes, revista mundialmente conhecida por listar as pessoas mais ricas do planeta, amplia seu foco agora para as roupas, com o lançamento de sua loja digital. Emprestando aos produtos o status da marca, sinônimo de poder e riqueza, o grupo Forbes Media entra em novo território de influência, além de contratos de licença de serviços imobiliários, educacionais e financeiros — áreas nas quais já atua além do editorial.
E segue os passos de outras organizações de mídia que têm lançado mão do e-commerce aproveitando a força de suas marcas para aumentar receitas diante de um cenário de queda nas verbas publicitárias.
“A Forbes Store foi projetada para fornecer mercadorias e roupas às nossas comunidades leais em um esforço para conectar-se com o nosso público em um nível pessoal”, afirma Emily Jackson, vice-presidente de comércio eletrônico da empresa.
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Nitidamente de olho no público jovem, seja rico ou aspirante à riqueza, as coleções privilegiam os “under 30” (pessoas com menos de 30 anos) e mulheres.
“Esses designs exclusivos da Forbes são feitos sob medida para celebrar e promover empreendedores, mulheres e millennials e, por meio de nossas colaborações exclusivas, forneceremos roupas exclusivas que ressoam com nosso público em todo o mundo”, argumenta Jackson.
A Forbes Store será destino digital para produtos de marca e roupas. A coleção ForbesWomen, que será lançada no final do ano, “terá como foco mulheres em todos os estágios de sua carreira que estão dando e usando seu poder, mantendo a diversidade, a equidade e a inclusão em seu núcleo”, afirma texto promocional da grife.
A linha Under 30 oferecerá aos compradores uma variedade de roupas para “as mentes jovens, criativas e ousadas do futuro”. Tori Robinson e Leah O’Malley, donas da grife Boys Lie, aparecem na lista de executivos com menos de 30 anos de 2021 e vão capitanear as primeiras coleções.
Operar em diversas plataformas para fortalecer a marca
A equipe de comércio eletrônico da Forbes administra uma linha crescente de negócios, incluindo sua marca afiliada, Forbes Vetted, Forbes Coupons e a recém-lançada Forbes Store.
A plataforma Forbes Vetted fornece ao público informações para boas compras online, indicando produtos e serviços selecionados pelos editores da Forbes em análises, recomendações e guias de compra para categorias de casa e cozinha a tecnologia e eletrônicos.
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Segundo a empresa, a marca Forbes hoje atinge mais de 140 milhões de pessoas em todo o mundo com atividades em jornalismo, eventos exclusivos ao vivo e virtuais, programas de marketing e 32 edições locais da revista, licenciadas em 71 países.
O exemplo da Forbes Media segue a tendência de diversificação para sobreviver. Grandes grupos de comunicação, como o britânico The Economist, ou a (antes apenas) rede social BuzzFeed são exemplos recentes.
The Economist atravessa o mar agitado da pandemia com lucro
A exemplo da Forbes, o grupo The Economist usa o prestígio da revista para avançar sobre educação corporativa e eventos , o que lhe garantiu lucro em plena pandemia. A adaptação não escapou de cortes em negócios deficitários, mas garantiu a saúde da companhia.
O grupo reportou queda de 3% na receita e lucro 27% superior ao de 2019. A receita total alcançou £ 310.3 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões). O lucro operacional foi de £ 41,8 milhões (cerca de R$ 292 milhões).
A estratégia de expandir frentes tem se mostrado eficiente também para solidificar as marcas originais. As assinaturas da revista cresceram mais de um quarto em 2020, com a incorporação de 90 mil novos assinantes, um crescimento de 9%, elevando o total para 1,1 milhão de leitores pagantes. A maioria das novas assinaturas foi para produtos digitais.
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Logo que a crise chegou, o grupo decidiu encerrar dois negócios deficitários, a agência de marketing de conteúdo digital TVC e a consultoria para o segmento de bebidas Canbeck, o que contribuiu para compensar perdas em outros segmentos. Redução de despesas com viagens e custos de marketing foram mencionados como responsáveis pelo lucro maior.
Buzzfeed vai de site a empresa de entretenimento
Já o BuzzFeed avança sobre a indústria do entretenimento. A empresa avança para além do jornalismo ligado nas redes sociais e anunciou a entrada na Bolsa de Nova York recentemente.
Nos planos de investimento após o aporte, o BuzzFeed tem planos de adquirir a Complex Networks, rede global de entretenimento destinada às gerações Y e Z, que hoje pertence à gigante da telefonia Verizon e à editora Hearst. Vai investir US$ 300 milhões no negócio.
No final do ano passado, o BuzzFeed pagou uma quantia não revelada à Verizon Media pela HuffPost, outra marca de mídia com forte apelo para o público mais jovem.
A empresa reportou US$ 321 milhões em receita e lucro de US$ 31 milhões em 2020. De acordo com uma apresentação recente para investidores, o faturamento projetado para 2022 é mais do que o dobro, US$ 654 milhões.
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