Londres – A imagem de uma paisagem gelada na Itália, com árvores emergindo de um lago petrificado pelo frio, foi a preferida do público da edição 2022 do prêmio de fotografia da natureza do Museu de História Natural de Londres.

 ‘Lake of Ice’ (Lago de gelo), feita pelo italiano Cristiano Vendramin, recebeu 31,8 mil votos online, destacando-se entre as 25 finalistas – incluindo duas do Pantanal brasileiro – selecionadas entre mais 50 mil imagens de 95 países. 

O público escolheu outras quatro fotos como favoritas: a imagem de dois leões machos sob a chuva, um canguru e seu filhote em uma floresta incendiada na Austrália, um encontro entre uma águia e um filhote de urso em um árvore e dois faisões dourados dançando na neve.

Vencedor do prêmio de fotografia da natureza homenageou amigo 

A fotografia vencedora foi feita por Verndramin no Lago de Santa Croce, no norte da Itália. Ele notou que a água havia subido a ponto de cobrir parcialmente alguns dos salgueiros que margeavam a beira do lago.

Vendramin disse ter se inspirado no jogo de luzes e reflexos na superfície gelada do lago e dedicou a cena a um amigo falecido, que amava o lugar.  

Cristiano Vendramin – Wildlife Photographer of the Year

“Espero que minha fotografia encoraje as pessoas a entenderem que a beleza da natureza pode ser encontrada em todos os lugares ao nosso redor. Podemos nos surpreender com paisagens tão perto de casa.

Ter uma relação diária com a natureza é cada vez mais necessário para uma vida serena e saudável. A fotografia de natureza é importante para nos lembrar deste vínculo, que devemos preservar e em cuja memória podemos nos refugiar”.


As outras fotografias da natureza que concorreram ao prêmio  

Ashleigh McCord – Wildlife Photographer of the Year

A foto “Abrigado da chuva”, de Ashleigh McCord, foi feita durante uma visita ao Maasai Mara, no Quênia, mostrando um momento de ternura entre dois leões machos.

Ela contou que estava registrando imagens de apenas um dos leões, sob chuva leve. O segundo animal se aproximou, cumprimentou seu companheiro e se afastou.

Mas quando a chuva se transformou em um aguaceiro pesado, o segundo macho voltou e se sentou, posicionando o corpo como se quisesse abrigar o outro leão. 

Pouco depois, eles encostaram os rostos e continuaram sentados se acariciando por algum tempo. Ashleigh disse ter ficado observando a cena até a chuva cair com tanta força que eles mal eram visíveis.


Jo-Anne McArthur – Wildlife Photographer of the Year

Jo-Anne voou para a Austrália no início de 2020 para documentar histórias de animais afetados pelos devastadores incêndios florestais que estavam varrendo os estados de Nova Gales do Sul e Victoria.

Trabalhando com a Animals Australia (uma organização de proteção animal), ela teve acesso a locais de queimadas, resgates e missões veterinárias.

A imagem  “Esperança em uma plantação queimada” , que ficou entre as mais votadas no prêmio de fotografia da natureza do museu britânico, mostra um canguru cinza oriental e seu filhote perto de Mallacoota, Victoria.

 Ela teve tempo suficiente para registrar o encontro antes de o canguru saltar em direção à plantação de eucaliptos queimada.


Jeroen Hoekendijk – Wildelife Photography or the Year

A foto “A águia e o urso”, capturada no Alasca, mostra um filhote de urso sendo observado por uma águia enquanto dormia.

Os ursos costumam subir em árvores e esperam com segurança a mãe voltar com comida. Este pequeno decidiu tirar uma soneca à tarde em um galho coberto de musgo, sob o olhar atento de uma águia (Juvenile bald eagle).

“A águia estava sentada neste pinheiro há horas e eu achei uma situação extraordinária. Com alguma dificuldade e muita sorte, consegui me posicionar um pouco mais alto na colina e registrar a imagem enquanto o urso dormia”.


Qiang Guo – Wildlife Photographer of the Year

Na Reserva Natural Lishan, na província de Shanxi, na China, o fotógrafo Qiang Guo observou dois faisões dourados machos trocando continuamente de lugar neste tronco, com movimentos semelhantes a uma dança silenciosa na neve. 

As aves são nativas da China, onde habitam florestas densas em regiões montanhosas. Embora de cores vivas, são tímidas e difíceis de detectar, passando a maior parte do tempo procurando comida no chão escuro da floresta, voando apenas para fugir de predadores ou para se empoleirar em árvores muito altas durante a noite.


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Fotografia de brasileiro ficou entre as finalistas do prêmio 

Foto: Perfil Instagram

Ernane Júnior foi um dos selecionados que concorreu entre feras da fotografia mundial no concurso de fotografia da natureza do Museu de História Natural.

Ele é um dentista que mora em Várzea Grande (MT) e há mais de dez anos faz imagens do Pantanal quando não está trabalhando em seu consultório. 

A foto”Jaguar das cinzas” foi feita no Pantanal em 2020, durante os incêndios nas zonas úmidas da região: “Um ano para nunca ser esquecido”, disse. 

O  Parque Estadual dos Encontros das Águas, conhecido por sua grande população de onças, teve cerca de 80% da sua área queimada.

O jaguar fotografado rolou nas cinzas, deixando apenas o rosto descoberto e o corpo negro refletindo o ambiente carbonizado.

Ernane Junior – Wildlife Photographer of the Year

Exposição no museu vai reunir fotografias da natureza premiadas e finalistas 

As 25 fotos da natureza selecionadas entre as melhores do prêmio People’s Choice deste ano participarão de uma exposição no Museu de História Natural de Londres.

Confira o show de imagens. Uma delas foi também foi feita no Pantanal. 

Wim van den Heever – Wildlife Photographer of the Year

O fotógrafo Wim van den Heever, da África do Sul, capturou essa cena durante uma expedição ao Pantanal do Brasil. 

Intitulada “Pegando uma carona”, a foto retrata uma fêmea de tamanduá-bandeira que estava andando em torno de uma enorme planície com um filhote nas costas.

Ele contou que ficou em silêncio, esperando que ela se aproximasse. Mas a luz estava desaparecendo rapidamente e ele começou a se perguntar se teria tempo de capturar a cena.

Depois de esperar algum tempo – os tamanduás andam devagar – e segurando um equipamento fotográfico muito pesado, Wim foi recompensado por sua paciência.


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Karl Samitsch – Wildlife Photographer of the Year

Karl Samitsch estava em Cairngorms, na Escócia, com um amigo que o levou para uma floresta onde os esquilos vermelhos estavam acostumados a serem alimentados.

Eles colocaram avelãs em galhos opostos de duas árvores e Karl posicionou sua câmera em um tripé entre os galhos voltados para a direção em que um esquilo poderia pular.

Ajustando a câmera para foco automático, ele esperou com o equipamento camuflado atrás de uma árvore, segurando um controle remoto. Depois de menos de uma hora, dois esquilos apareceram.

Enquanto saltavam entre os galhos, ele usou o modo de disparo de alta velocidade em sua câmera. De 150 cliques, somente quatro ficaram nítidos. Este capturou perfeitamente o momento do ‘pulo’.


Michiel Van Noppen – Wildlife Photographer ot the Year

 A foto de Dantita, como ela é carinhosamente conhecida, foi tirada no sopé do Parque Nacional Braulio Carrillo, perto de San José, no centro da Costa Rica por Michiel Van Noppen.

As antas de Baird, conhecidas como ‘jardineiras da floresta’, são extremamente importantes para o seu habitat natural porque algumas sementes só germinam depois de passarem pelo sistema digestivo do animal. Devido a ameaças de desmatamento e caça, estima-se que restem apenas 6 mil delas na natureza.

Grupos de conservação como o Proyecto Tapir Nicarágua e o Nai Conservation foram criados para trabalhar em colaboração com as comunidades locais para promover a importância de preservar a terra e proteger uma espécie ameaçada.


Zhang Qiang – Wildlife Photographer of the Year

O fotógrafo Zhang Qiang estava visitando as montanhas Qinling, na China, para observar o comportamento do macaco de nariz arrebitado de Sichuan.

As florestas temperadas das montanhas são o único habitat desses macacos ameaçados de extinção.

Zhang adora observar a dinâmica do grupo familiar. Quando é hora de descansar, as fêmeas e os filhotes se amontoam para se aquecer.

Esta imagem captura perfeitamente o momento de intimidade, valorizando o rosto azul inconfundível do jovem macaco aninhado entre duas fêmeas e seu impressionante pelo laranja-dourado salpicado de luz.


Ly Dang – Wildlife Photographer of the Year

“Todos juntos” é a foto de Ly Dang que retrata os mergulhões do Clark no lago local em San Diego, Califórnia, EUA. Eles não faziam ninhos há alguns anos, e o clima excepcionalmente quente e seco que eles estavam enfrentando era o culpado.

Em 2017, a Califórnia teve o dobro da precipitação anual normal. Com os lagos cheios, os mergulhões começaram a construir ninhos e a botar ovos novamente.

Eles constroem ninhos flutuantes à beira de águas rasas entre os juncos. Os filhotes pegam carona nas costas dos pais logo após o nascimento.

Esta foto foi feita alguns dias depois de uma tempestade que arrasou quase todos os ninhos de mergulhões. A fotógrafa estava em um barco há horas, examinando a superfície, procurando mergulhões e, assim que a luz diminuiu ela localizou os sobreviventes.


Yung Sen Wu – Wildlife Photographer of the Year

Foram as barracudas  em Blue Corner, Palau, no oeste do Pacífico, que chamaram a atenção de Yung Sen Wu enquanto mergulhava na paisagem turquesa do mar.

Ele estava nadando com os peixes há quatro dias, mas a formação mudava constantemente e ele não conseguia encontrar o ângulo perfeito.

No quinto dia sua sorte mudou, quando os peixes pareceram aceitá-lo no grupo. Cercado pelas barracudas, ele começou a imaginar como um peixe vê outro enquanto nada, e essa era a foto que ele queria.

Os peixes eram rápidos e ele teve que nadar muito para manter seu lugar no cardume. Após 50 minutos exaustivos, ele conseguiu sua visão perfeita de ‘olhar de peixe’.


Jan Leßmann – Wildlife Photographer of the Year

Jan Leßmann teve grande prazer em observar este melro de sua porta de casa, em sua cidade natal de Greifswald, na Alemanha.

Era primavera e o melro havia escolhido uma velha cabana de jardim para construir seu ninho. Silenciosamente ela criou seus filhos neste local.

Com a imagem “Quintal do melro” Jan queria destacar que não precisamos ir muito longe para experimentar a beleza da natureza.

“Às vezes algo tão simples como um melro fazendo sua casa em uma cabana em ruínas é suficiente”.


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Marco Gaiotti – Wildlife Photographer of the Year

O fotógrafo Marco Gaiotti estava observando esta pequena raposa do Ártico que chamava incessantemente outra nas proximidades, e  notou que o hálito úmido do animal estava rapidamente congelando no ar.

Era final de inverno em Spitsbergen, Svalbard,  com a temperatura a – 35º C . 

Fotografar raposas do Ártico é muitas vezes frustrante, pois normalmente elas correm em busca de comida. Mas esta estava muito relaxada e permitiu que o fotógrafo se aproximasse o suficiente para aproveitar a uma luz brilhando perfeitamente no fundo.


Maxime Aliaga – Wildlife Photographer of the Year

Cuidar de um jovem orangotango requer muita energia. Maxime Aliaga passou mais de uma hora observando esta mãe na Reserva Natural Pinus Jantho de Sumatra, na Indonésia, tentando manter seu bebê no ninho.

Desde 2011, o Programa de Conservação de Orangotangos de Sumatra liberou mais de 120 macacos na reserva. Seu objetivo é estabelecer novas populações selvagens, como uma rede de segurança contra o declínio.

Esta mãe já foi mantida em cativeiro como um animal de estimação ilegal, mas foi tratada e libertada em 2011. Em 2017, ela foi flagrada com um bebê nascido selvagem, Masen, um símbolo de esperança para a população futura.


Minghui Yuan – Wildlife Photographer of the Year

Havia várias árvores grandes perto do hotel onde Minghui Yuan estava hospedado, no Jardim Botânico Tropical Xishuangbanna, na província de Yunnan, na China. Ele notou formigas nos troncos e ficou fascinado com o comportamento delas.

Essa espécie de formiga constrói seu ninho na copa das árvores, é feroz por natureza e hábil para pegar todos os tipos de insetos. Certa manhã, o fotógrafo notou um grupo de formigas trabalhando juntas em perfeita sincronia para conter um gafanhoto verde.

Essas formigas ​​nem sempre matam. Elas foram observadas ‘cultivando’ certos tipos de insetos, incluindo cigarrinhas. As formigas oferecem proteção às cigarrinhas contra predadores e parasitas, para que possam se alimentar da seiva doce que excretada por elas.


Andy Skillen – Wildlife Photographer of the Year

Um passeio de helicóptero de duas horas  levou o fotógrafo a esse local no Fishing Branch River em Yukon, Canadá – lugar onde o rio nunca congela, por mais baixa que a temperatura esteja. 

A corrida do salmão ocorre no final do outono. Para os ursos pardos da área, o mar aberto oferece a chance final de um banquete final antes de hibernar.

A temperatura estava em torno de -30 ° C e Andy Skillen estava esperando que uma ursa usasse o tronco para atravessar o riacho. 

Ela fez exatamente isso, e ele conseguiu a foto da natureza que havia imaginado – o pelo dela, molhado durante a pesca, havia congelado em pingentes e “você podia ouvi-los tilintar enquanto ela passava”.


Javier Aznar González de Rueda – Wildlife Photographer of the Year

Enquanto fazia uma caminhada noturna na floresta amazônica perto de Tena, Equador, em uma expedição de fotos na natureza, Javier Aznar González de Rueda avistou esta pequena aranha tecelã construindo delicadamente seu ninho.

Penduradas em um fio de seda forte, essas aranhas fêmeas passam horas envolvendo seus ovos em um casulo de seda, que pode conter até várias centenas de ovos. Nesta noite escura, o ninho parecia uma lua cheia branca perolada.


Peter Delaneu – Wildlife Photographer of the Year

“Laços de amor” é o que mostra esta foto de uma manada de elefantes fechando as fileiras, empurrando seus filhotes para o meio do grupo para proteção, enquanto um elefante estava tentava separar um filhote recém-nascido de sua mãe. 

Especialista em fotos da natureza selvagem, Peter Delaneu estava fotografando o rebanho na Addo Elephant Reserve, na África do Sul, quando o recém-nascido soltou um grito agudo.

A manada reagiu instantaneamente – soltando gritos altos, batendo as orelhas e depois cercando os jovens e estendendo suas trombas para tranquilizá-los. Os elefantes criam laços que duram a vida inteira e podem mostrar emoções que vão do amor à raiva.

 “Há algo mágico e belo quando você observa elefantes – isso toca sua alma e seu coração”.


Thomas Peschak – Wildlife Photographer of the Year

Este grupo de suricatos na Reserva Tswalu Kalahari, na África do Sul, está habituado aos humanos há mais de uma década e é muito relaxado com as pessoas.

Na verdade, eles praticamente ignoraram completamente a presença do fotógrafo da natureza, estando muito preocupados em descansar, caçar e lutar.

Por isso Thomas Peschak foi capaz de se aproximar e usar uma lente grande angular para incluir a savana árida e as montanhas que eles chamam de lar. Para capturar as características dos suricatos, ele aplicou técnicas usadas para pessoas em uma sessão de retratos e usou luzes de estúdio para fotografá-los.


Lucas Bustamante – Wildlife Photographer of the Year

Dezenas de zebras da planície apareceram para beber água no poço de Okaukuejo, no Parque Nacional Etosha, na Namíbia, local popular para os animais da região matarem a sede causada pelo calor escaldante.

Embaladas juntas e movendo-se como uma só, as zebras abaixaram as cabeças para pegar água e, quase imediatamente, ergueram-se roboticamente para escutar se havia perigo.

O movimento durou cinco minutos. As listras lembraram um código de barras vivo.

O fotógrafo da natureza Lucas Bustamante tinha por objetivo capturar apenas uma com a cabeça erguida e, pouco antes de o grupo partir, ele conseguiu a imagem para mostrar esses icônicos animais listrados em preto e branco.


Joan de La Malla – Wildlife Photographer of the Year

Devido à superexploração – extração industrial de madeira e desmatamento para o desenvolvimento de plantações – as florestas tropicais de Bornéu estão desaparecendo rapidamente.

Por causa disso, espécies endêmicas como o orangotango estão sofrendo e morrendo por causa da perda de habitat, vivendo séria ameaça.

A International Animal Rescue reabilita orangotangos órfãos ou feridos e os preparam para a reintrodução na natureza, quando possível.

A foto de Joan de La Malla mostra um cercado florestal em que uma tratadora cuida dos bebês. Eles são incentivados a se misturar com outros da mesma idade, fazer ninhos e procurar comida.


Jaime Rojo – Wildlife Photographer of the Year

O fotógrafo Jaime Rojo presenciou Federico Mosquera, biólogo da Fundação Omacha, acalmar um golfinho no rio Amazonas colombiano.

Esses golfinhos são animais extremamente táteis, e o contato direto os acalma. Mantê-los hidratados fora da água também é muito importante.

As equipe da Omacha e da WWF estavam transportando o golfinho para uma instalação veterinária temporária em Puerto Nariño, Colômbia, para colocar uma etiqueta de GPS em sua barbatana dorsal.

O projeto faz parte de uma tentativa de entender a saúde dos golfinhos de rio e os padrões migratórios.

O objetivo era marcar cinco indivíduos, mas a maré alta deu aos golfinhos uma vantagem. A tripulação lutou, mas só conseguiu marcar um animal durante a expedição.


Antonio Liebana Navarro – Wildlife Photographer of the Year

O lince ibérico é um dos animais mais ameaçados do mundo devido à perda de habitat, diminuição das fontes de alimento, atropelamentos e caça ilegal.

Mas graças aos esforços de conservação, a espécie está se recuperando e pode ser encontrada em pequenas áreas de Portugal e Espanha.

O fotógrafo da vida selvagem Antonio Liebana Navarro capturou esta imagem enquanto liderava um projeto de conservação baseado em fotografia em Peñalajo, Castilla La Mancha, Espanha.

Ele sabia que uma família de linces usava esse charco para beber e armou um esconderijo por perto.

Focando neste filhote, ele teve a sorte de capturar o momento em que o pequeno animal levantou a cabeça da água, lambeu os lábios e olhou diretamente para a câmera.


Dhritiman Mukherjee – Wildelife Photographer of the Year

Para esse especialista em fotos da vida selvagem, o Butão é um lugar incrível. 

Os Satyr tragopans, uma espécie rara de faisão asiático, são amplamente caçados para virarem alimento e por causa da plumagem. Por isso são ariscos e muito tímidos.

Mas nessa aldeia perto de Punakha os pássaros parecem à vontade e perfeitamente relaxados na presença das pessoas.

Antes de capturar esta imagem, Dhritiman Mukherjee tentava fotografar o Satyr tragopans na Índia desde 2008, mas os pássaros sempre fugiam no momento em que o avistavam.

Ao ouvir falar de comunidades no Butão coexistindo harmoniosamente com as espécies, ele sabia que tinha que testemunhar por si mesmo.


As fotos da natureza foram publicadas com autorização People’s Choice Awards do London Natural History Museum.


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