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Indústria gráfica está otimista e diversifica para contornar queda de circulação de jornais impressos

Foto: Photo by @bank_phrom/Unsplash

Após um ano de grandes desafios com a pandemia em 2020, as operações dos parques de impressão das jornalísticas se recuperaram em 2021 e a indústria gráfica está otimista com os negócios deste ano, revela um novo relatório da Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA).

A partir de pesquisa feita no ano passado, o World Printers Forum Outlook 2021-22 apresentou as tendências e previsões para o setor gráfico das empresas jornalísticas.

O levantamento constatou que 53% das organizações entrevistadas estão imprimindo apenas jornais em seus parques gráficos, com quase a metade do setor apostando em outros produtos como livros, catálogos, revistas e folhetos.

Indústria gráfica planeja mais investimentos em 2022

O relatório foi feito a partir de cerca de 70 entrevistas realizadas em 17 países, nas quais gestores compartilharam suas ideias e próximos planos para a área.

No relatório, um dos principais destaques é o entusiasmo expresso pelo setor gráfico em fazer novos investimentos e modernizar instalações, apesar de um 2020 difícil que afetou profundamente os caixas.

Semelhante ao ano anterior, quando mais de 70% dos executivos revelaram seus planos de investimentos, neste ano cerca de 70% dos entrevistados disseram que pretendem investir na área, sobretudo em modernização (24%). 

A parcela daqueles que pretendem realizar apenas novos tipos de investimento (como a construção de novas instalações) é de 6,1%.

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O aumento da receita para o setor também é outro ponto animador: enquanto mais de 57% dos entrevistados registraram alta na receita em 2021 em comparação com o ano anterior, cerca de 67% espera um volume de negócios ainda maior em 2022.

Outro dado otimista é que depois de ver o aumento da circulação semanal em 2021, um número significativo de entrevistados acredita que seus números melhorarão ainda mais neste ano.

No mundo digital, a impressão de jornais está cada vez mais enxuta. Por isso, a maioria dos entrevistados expressou esperança de continuar a expansão dos negócios com clientes externos: 47% disseram que também estão imprimindo produtos como livros, catálogos, revistas e folhetos.

Análise sobre mercado gráfico é anterior à guerra na Ucrânia

Durante o pico da pandemia de coronavírus em 2020, várias editoras fecharam gráficas e terceirizaram o trabalho.

No entanto, a situação parece ter melhorado desde então. Mais de 90% dos entrevistados disseram que não tinham planos de fechar os parques de impressão em 2022.

Cerca de 44% também deixou claro que não pretende terceirizar trabalhos de impressão com gráficas externas num futuro próximo. No entanto, quase um terço dos participantes disse considerar a possibilidade.

A Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA) ressalta que muitas dessas expectativas para o mercado gráfico foram levadas em consideração antes da guerra na Ucrânia

E destaca que dependendo de como o conflito se desenrolar, as cadeias de suprimentos de jornais que já estão sob pressão podem ser ainda mais afetadas.

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