O IPA (International Photography Awards), prêmio de fotografia internacional, está com inscrições abertas até 31 de julho para profissionais, amadores e estudantes de qualquer nacionalidade em 13 diferentes gêneros da fotografia, incluindo fotojornalismo, publicidade, esportes e eventos.
O concurso é uma iniciativa da organização sem fins lucrativos Lucie Foundation, e vai distribuir ao todo US$ 47.500 (R$ 266 mil) em prêmios, elegendo o Fotógrafo Internacional do Ano e o Revelação do Ano. Serão também premiados os vencedores das 13 categorias.
Ano passado, o brasileiro André Magarao foi vencedor do prêmio na categoria Esportes com uma série explorando efeitos de luz artificial em modalidades radicais.
Prêmio de fotografia é dividido em 13 categorias
O IPA Awards é dividido em 13 gêneros de fotografia: publicidade, arquitetura, foto analógica, livro, perspectiva profunda, fotojornalismo, evento, belas artes, imagem em movimento/vídeos curtos, natureza, pessoas, esportes e especial. Profissionais e fotógrafos emergentes concorrem separadamente.
Os profissionais vencedores de cada categoria serão premiados com US$ 1 mil (R$ 5,6 mil), e os não profissionais com a metade do valor.
Cada trabalho vencedor será automaticamente classificado para disputar os dois prêmios principais: Fotógrafo Internacional do Ano, que receberá US$ 10 mil (R$ 56,2 mil) e Revelação do Ano, premiado com US$ 5 mil (R$ 28 mil).
Além dos prêmios em dinheiro os ganhadores recebem o troféu Lucie, terão os trabalhados exibidos na exposição global “Best of Show”, em Nova York, e as fotos publicadas no livro anual de fotografia da IPA.
Inscrição do prêmio tem desconto para alguns países
As taxas de inscrição para o prêmio de fotografia IPA são de R$ 196,70 (US$ 35) para uma foto e R$ 337,20 (US$ 60) para séries de 2 a 9 imagens para os profissionais; R$ 140,50 (US$ 25) e R$ 281,00 (US$ 50) para não profissionais e de R$ 84,30 (US$ 15) e R$ 112,40 (US$ 20) para estudantes.
Para mais informações, regulamento e inscrição clique aqui
Leia também | Clique de Saturno feito em Alagoas por brasileiro disputa prêmio do Observatório de Greenwich
Conheça os vencedores do prêmio IPA 2021
Fotografia profissional
Fotógrafo de Esportes do Ano, André Magarao, Brasil
Magarao é um premiado fotógrafo em concursos nacionais internacionais. Ele começou a gostar de fotografia por influência do seu pai, que sempre estava com uma câmera na mão.
“Ação e Luz” foi uma ideia que o fotógrafo começou a desenvolver ao registrar modalidades esportivas que funcionavam bem no início da manhã, quando a luz é muito boa, como surf e ciclismo.
Ele tentou então descobrir maneiras de capturar imagens em situações menos perfeitas de iluminação, passando então a estudar as luzes artificiais.
“É complicado fotografar esportes com luzes artificiais porque o equipamento não é realmente projetado para estar em uma encosta lamacenta de mountain bike ou na praia com ventos fortes necessários para praticar kitesurf.
Maragao conta que a melhor memória que ele tem enquanto estava desenvolvendo o projeto para o prêmio IPA foi a lua.
“Há um pouco de planejamento para essas sessões. É particularmente difícil para o atleta também. Ele precisa fazer sua manobra exatamente nesse ponto para estar no lugar certo em relação aos flashes e à lua. No escuro, não há muitos pontos de referência.”
Ele disse que as fotos que envolvem água são as mais difíceis. “É complicado posicionar os flashes, e a câmera precisa estar em um protetor aquático, além de ser necessário saber nadar. Mas tudo que envolve água é mais legal”.
Fotógrafo publicitário do Ano, John Huet, Estados Unidos
Campanha publicitária da Under Armour para apresentar a nova linha da grife Rush.
Fotojornalista do ano, Mel D.Cole, Estados Unidos
“A insurreição de janeiro de 2021é um dia que ainda é difícil de acreditar que aconteceu. Fotógrafos arriscaram a vida para documentar o evento daquele dia horrível e capturaram imagens convincentes que deveriam estar nos livros de história”, disse a jurada Cara Owsley.
Revolta do Capitólio, Washington DC – 1.6.21
Fotógrafo de eventos ao ano: Chong Kok Yew, Malásia
O ganhador da categoria Eventos retratou o Festival King Qingshan (Festival do Rei Quingshan).
Fotógrafo filme/analógico do ano, Angélique Boissière, França
Retrato de Sarah na Ilha de Ré, França, da série “Marées”, publicada em livro.
Fotógrafo de Arquitetura do Ano, Julia Anna Gospodarou, Grécia
“A série “Flying Away” (Voando para longe) é sobre viajar com sua mente, voando como um pássaro para territórios desconhecidos e novas experiências, vivendo intensamente.
A estrutura Oculus em Nova York faz pensar em um majestoso pássaro branco abrindo suas asas para voar.
Como um pássaro Phoenix, um símbolo da resiliência das pessoas desta cidade e uma homenagem àqueles que perdemos há duas décadas aqui no Marco Zero. Esta série é uma homenagem a essas pessoas e à vida”.
Livro – Fotógrafo do Ano: Delphine Blast, França
No Istmo de Tehuantepec, México, as mulheres zapotecas são conhecidas por sua independência, força e beleza. Seu traje é um elemento central de sua identidade indígena e símbolo de espírito de luta.
Delphine Blast destaca essas mulheres com sua série de retratos que ela chamou de “ Flores do Istmo”. Ela usou oleados mexicanos para emoldurar as composições .
O livro é um prolongamento do trabalho de Blast. É embalado em uma capa de cartão flexível. Algumas das páginas internas são cortadas com uma janela quadrada para permitir que o leitor brinque com molduras e padrões.
Fotógrafo de perspectiva do ano, Bob Newman, Estados Unidos
A série “Sombras de Emmett Till’ faz parte de um projeto de longo prazo com foco em Emmett Till e no Delta do Mississippi, mostrando como era e como está hoje.
Fotógrafo de Belas Artes do ano: Mikael Owunna, Estados Unidos
“Respondendo a imagens de assassinatos policiais de negros, desde 2016 tenho trabalhado para articular uma visão alternativa do corpo negro como a encarnação do cosmos eterno.
Usando minha formação em engenharia, construí um flash de câmera que só transmite luz ultravioleta, e em cada sessão de fotos começo pintando a mão os corpos nus dos meus modelos com tintas fluorescentes que brilham sob luz ultravioleta.
Eu clico no obturador na escuridão total e, por uma fração de segundo, seus corpos negros se iluminam como o universo, transfigurando o corpo negro em estruturas transcendentes e etéreas”.
Fotógrafo de retrato do ano, Arte Streiber, Estados Unidos
O prêmio escolheu a fotografia de Lady Gaga feita por Streiber para a capa da revista Variety.
Fotógrafo de natureza do ano, Liselotte Schuppers, Holanda
“Beyond horses” (Além dos cavalos) é um projeto fotográfico em andamento. Sou fascinado pelos garanhões barrocos Friesian. Nesta série eu trabalho com os cavalos em um estúdio, documentando personagens reais e suas emoções”.
Fotógrafo especial do ano – Howard Schatz
Em “Growing up” (Crescendo), o fotógrafo estudou mais de 200 crianças desde a infância até os 20 anos.
“Comecei algumas fotos quando eles eram recém-nascidos. Outros comecei a fotografar na época em que sabiam ler e escrever. Para todos eles fiz retratos anuais de estúdio e pedi que escrevessem respostas a uma série de perguntas, uma espécie de diário sobre suas vidas, seus sentimentos, suas esperanças, seus arrependimentos.
Estou interessado em tudo sobre o desenvolvimento humano, fascinado pelo amadurecimento, crescimento, desenvolvimento emocional, educacional e físico. Esta exploração foi uma grande odisseia de 30 anos que rendeu riquezas além da minha imaginação inicial”.
Categoria não profissional
Fotógrafo publicitário do ano, Antonio Coelho, Portugal
“Criei esta imagem no dia 22 de agosto de 2020, quando atingimos o consumo anual do que a terra nos dá.
O consumo dos recursos do planeta Terra é realizado hoje de forma complexa e acelerada. Não sei como será este ano. Se “comermos” recursos naturais como fazemos, estaremos destruindo nosso lar no universo”.
Fotógrafo analógico do ano, Chris Round, Austrália
A imagem “Aluguel de barcos no Lago Jindabyne, que venceu o prêmio de fotografia para imagens feitas com câmeras não digitais, faz parte de um projeto sobre o Snowy Hydro Scheme e a região de Snowy Mountains em NSW.
É uma exploração do equilíbrio entre a natureza e a intervenção do homem sobre ela – vastas estruturas entre paisagens épicas, hidrovias remodeladas e recém-criadas – e também da vida cotidiana na área.
Aqui, depois que fortes chuvas aumentaram os níveis de água, um pontão de aluguel de barcos ficou à deriva nas margens do Lago Jindabyne. O lago é um destino popular para esportes aquáticos durante os meses de verão.
Livro – Fotógrafo do ano, Sue Park, Estados Unidos
“Este é o meu segundo livro de fotografia. “Monovisão” contém 186 páginas com 102 fotos em preto e branco. Quero me concentrar nos elementos do quadro, tanto a forma quanto como eles se relacionam entre si.
Eu sinto que há um mundo para explorar dentro dos elementos de conexão em primeiro e segundo plano. Neste livro, desejo mostrar a extrema beleza da simplicidade. Um olhar simples e humilde é o que procuro neste mundo agitado”.
Fotógrafo de perspectiva do ano, Joanna Borowiec, Polônia
O trabalho que recebeu o prêmio de fotografia de perspectiva conta a história “W nasceu em um acampamento”.
Jan Chmiel nasceu no campo de trabalhos forçados de Waltrop, uma cidade no oeste da Alemanha. De acordo com um registro emitido por um oficial alemão, ele nasceu em 1944, segundo informações fornecidas pela mãe em 1942. Das 143 crianças capturadas no campo Waltrop, três sobreviveram, incluindo Jan.
Fotógrafo de arquitetura do ano, César Cedano-Brea, Porto Rico
“High Rise Anxiety” (Ansiedade de ascensão alta) é uma série fotográfica que explora a minha forma de lidar com a ansiedade. Eu exploro minha própria psique filmando formas muito organizadas e reconstruindo-as.
Por meio desse processo, chego a um acordo com o fato de que às vezes há desorganização na vida, e é preciso lidar com isso da melhor maneira possível.
As imagens apresentam formas estruturais (linhas formais e formas encontradas em edifícios), rearranjadas em novas composições visuais. Estes servem como uma metáfora para o meu processo de passar da ansiedade para a compreensão de que a beleza e a maravilha são encontradas no que parece não ter organização”.
Fotojornalista do ano, Sharwar Hussain, Bangladesh
“O trabalho “Tears of river errosian” (Lágrimas de um rio em erosão) mostra que os impactos da erosão das margens do rio são múltiplos, como sociais, econômicos, de saúde, educação e, às vezes, políticos. O primeiro e principal impacto é o social, ou seja, a falta de moradia devido à erosão da terra que obriga as pessoas a migrar.
Os resultados são sua saúde precária, doença, insegurança de vida e analfabetismo de seus filhos. Milhões de pessoas ficaram desabrigadas devido a graves inundações nas regiões do norte de Bangladesh. Eles se mudam para as cidades para encontrar abrigo e moradia.”
Fotógrafo de eventos do ano, Brian Wotring, Estados Unidos
Logo após a morte de George Floyd, as autoridades de Richmond, Virgínia, “entregaram” a estátua confederada da cidade aos manifestantes. Eles rapidamente transformaram o memorial de Robert E. Lee em uma efígie para Floyd e todas as outras vítimas da brutalidade policial.
Esta imagem “Unconditional surrender” (Rendição incondicional) que recebeu o prêmio de fotografia IPA na categoria Eventos foi tirada à noite e retrata a luta contínua contra a Confederação, mesmo na América de 2020.
Fotógrafo de Belas Artes do ano, Jiale Liu, China
“Pode-se referir a uma única pessoa, uma coisa, uma cidade. No processo de criação deste projeto viajei para diferentes cidades da China, explorando as ruas e esquinas das cidades.
Ao definir “One” (Um) como a ideia principal deste projeto, combinando as cores da rua e contraste entre luz e sombra, quero explorar a simplicidade e encontrar o One para mim. Essas cores diferentes representam os altos e baixos da vida”.
Fotógrafo de retrato do ano, Elia Miller, Reino Unido
Contato – autorretrato, uma imagem feita durante o lockdown nacional por causa da Covid.
Fotógrafo especial do ano, Bernd Schirmer (BYES), Alemanha
“Pizarros Amor de Oro” é uma história fictícia inspirada em 1525. Pizarro, o conquistador do novo mundo, em busca de ouro, não encontrou Biru durante sua segunda viagem, mas Leukosia, uma das últimas de sua espécie.
Impulsionado por sua ganância e cego pelo brilho de sua pele dourada, ele a pegou e a trouxe para casa. No entanto, ele nunca pode possuir seu amor, seduz sua adorável condenação e em uma raiva de ilusão ele toma seu coração.
Eu usei muito simbolismo nesta imagem. Pode ser explorado com prazer. Muita coisa tem um significado, muita coisa deixa margem de manobra, outras não. É uma viagem filosófica e moral”.
Fotógrafo esportivo do ano, Masatoshi Ujihara, Japão
“Keirin é um esporte de jogo tradicional controlado pelo governo japonês. A corrida, que também foi adotada como evento oficial dos Jogos Olímpicos, é emocionante. Os atletas treinam duro todos os dias e continuam a correr.
As corridas na chuva são ainda mais fantásticas, mas mais perigosas e com maior risco de quedas. Usei um obturador lento na câmera para expressar a batalha de alma dos jogadores durante a corrida”.
Fotógrafo de vídeo do ano, Aitor Del Arco, Espanha
“Chronicles of fallen in love” (Crônicas de apaixonados) fala sobre o processo de se apaixonar e os sentimentos que o acompanham. Aquele amálgama de emoções que em maior ou menor grau todos nós já experimentamos.
Todas as fotografias são animadas em formato cinemagraph: Crônicas de Apaixonados (A queda), Entregando-se ao Amor (A Caça), Borboletas Interiores (Os Sentimentos Interiores), Cegueira (Só Vejo Você) e Ao Desconhecido (A Última Queda).
As imagens foram publicadas com a autorização da organização do prêmio de fotografia e não podem ser reproduzidas.
Leia também | Prêmio internacional oferece viagem dos sonhos para a melhor foto retratando a beleza do mundo