Londres – O Palácio de Buckingham anunciou na tarde deste sábado (10) que o enterro da rainha Elizabeth foi marcado para o dia 19 de setembro, uma segunda-feira.
Ao ser proclamado oficialmente como novo rei na manhã de sábado, Charles III decretou feriado nacional no dia do funeral, que deve reunir personalidades internacionais e chefes de Estado como o presidente dos EUA, Joe Biden.
Neste domingo (11), o corpo da rainha deixará o castelo de Balmoral, onde ela morreu no dia 8 , e seguirá para Edimburgo.
Na segunda-feira, o caixão ficará no Palácio de Holyrood, sede do Parlamento escocês, e depois será transportado para a Catedral de St Giles, em uma procissão.
O rei e os membros da família real participarão do cortejo e assistirão a uma missa na catedral, onde os súditos escoceses poderão se despedir da Rainha Elizabeth até a terça-feira (13)
Na tarde de 13 de setembro, o caixão será transportado em uma aeronave para o Palácio de Buckingham, em Londres, acompanhado pela princesa Anne, filha da rainha.
No dia seguinte, o caixão com o corpo de Elizabeth seguirá escoltado pela Tropa Real de Artilharia do Rei até o Palácio de Westminster, onde ficará até o enterro, passando pelas principais vias que ligam Buckingham à sede do parlamento.
Depois que o caixão chegar ao Westminster Hall, o arcebispo de Canterbury conduzirá uma cerimônia religiosa com a presença de Charles III e de familiares.
O público poderá se despedir da rainha Elizabeth até 19 de setembro, quando o caixão será então levado em procissão até a Abadia de Westminster, antes do enterro.
De lá seguirá para a capela de São Jorge, em Windsor, onde ocorrerá o sepultamento, ao lado do príncipe Philip, que morreu em 2021.
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A agenda do rei Charles III antes do enterro da rainha Elizabeth
Em um momento crucial para a afirmação de sua imagem e de sua autoridade diante dos países que formam o Reino Unido e das nações da Commonwealth que ainda têm o monarca britânico como chefe de Estado, o rei Charles terá uma agenda intensa nos próximos dias.
No domingo ele se encontrará com o Secretário-Geral da Commonwealth no Palácio de Buckingham. Vários países da comunidade já expressaram desejo de mudar a legislação para deixar de ter o rei como chefe de Estado. O primeiro a fazer isso foi Barbados.
No início do ano, um tour do príncipe William e de sua mulher, Kate, pelo Caribe teve um desfecho inesperado, contrariando o padrão de endeusamento da realeza que sempre marcou as visitas da rainha Elizabeth II.
A programação teve que ser alterada diante de protestos em comunidades que questionam o papel da realeza no comércio de escravos e as políticas colonialistas do império britânico
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Na segunda-feira (12), o rei e a rainha consorte Camilla marcarão presença no parlamento britânico em Londres, em uma cerimônia de condolências pela morte da rainha, e de lá seguem para Edimburgo, onde participam das solenidades oficiais de despedida, organizadas pelo governo escocês.
Está prevista um vigília com a família na catedral de St. Giles.
Na manhã seguinte (13 de setembro), o rei viaja para Belfast, onde verá uma exposição sobre a associação da Rainha Elizabeth com a Irlanda do Norte. Charles se reunirá com o presidente e com lideranças políticas.
Junto com Camilla, Charles tambºem participará de um serviço religioso, e terá um encontro com representantes das principais religiões da Irlanda do Norte.
O rei e a rainha consorte viajam então para Londres, onde na quarta-feira (14) lideram a procissão que conduzirá o caixão da Rainha Elizabeth do Palácio de Buckingham para o Parlamento, onde a visitação ao público será aberta.
No dia 16, Charles e Camilla visitam o terceiro país integrante do Reino Unido, Gales.
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