Mas, entre tantos dados, um deles chama mais a minha atenção: para cada mulher promovida a cargos de direção nas empresas, há outras duas diretoras deixando seus postos, segundo um estudo realizado pela McKinsey & Co. e pela LeanIn.org, com mais de 12 milhões de pessoas.
Se estamos avançando na participação feminina na liderança, nosso próximo desafio será reter essas mulheres no topo?
É fato que o caminho da equidade de gêneros no trabalho vem ganhando força. A própria indústria da saúde, tradicionalmente um setor masculino, há tempos esboça sinais de mudança.
Se em 2006 a participação feminina nos cargos de liderança do segmento não passava de 13%, agora chega a 39%.
Na Pfizer Brasil, especificamente, vivemos uma transformação parecida. Hoje, 57%da nossa liderança executiva é feminina, cenário bem diferente do de 2008, quando o Comitê de Diversidade e Inclusão foi implementado no país – e não havia mulheres na diretoria.
Exemplos de avanços não faltam. No ano passado, pela primeira vez, a Academia Brasileira de Ciências elegeu mais cientistas mulheres do que homens para seu quadro titular de acadêmicos.
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Empresas e sociedade têm o desafio de impulsionar as mulheres
E depois de chegar ao topo? Como reter esses grandes talentos femininos? Não existe uma resposta única, muito menos simples.
Investir em políticas que favoreçam a harmonia entre o trabalho e a vida pessoal faz diferença, claro.
Mas, tão importante quanto os benefícios, é manter a pauta da diversidade de gênero como prioritária em tudo o que fazemos.
Em cada discussão sobre talentos, em cada análise de carreira, precisamos pensar na questão de gênero e questionar se algum preconceito inconsciente está interferindo no processo.
Estamos realmente empoderando as líderes? Elas têm exemplos próximos de outras profissionais em cargos de liderança?
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Enquanto empresa e sociedade, temos o desafio de impulsionar nossas mulheres, fortalecer suas vozes, valorizar suas ideias, reforçar o quanto merecem o sucesso.
Quando uma mulher encontra essa rede de apoio, nada a detém.
Assim, temos a chance de inspirar nossas profissionais a seguirem seus sonhos.
E, além de preparar o mundo para as meninas de hoje, ajudamos a perpetuar o esforço daquelas que, por tanto tempo, desbravaram os caminhos que agora usamos para avançar cada vez mais.