Londres  – A menos de um mês da coroação do rei Charles, o Palácio de Buckingham confirmou hoje um dos maiores mistérios em torno da celebração: o príncipe Harry aceitou o convite e irá a Londres para a cerimônia. 

Mas talvez em uma negociação para amenizar o desconforto depois dos ataques à família real feitos no documentário Harry & Meghan, da Netflix, e no livro Spare, a duquesa de Sussex  permanecerá na Califórnia com seus filhos, disse a nota. 

O comunicado é resumido: “O Palácio de Buckingham tem o prazer de confirmar que o duque de Sussex comparecerá à cerimônia de coroação na Abadia de Westminster em 6 de maio. A duquesa de Sussex permanecerá na Califórnia com o príncipe Archie e a princesa Lilibet”.

Coroação na pauta da mídia 

Antes da confirmação da viagem de Harry sem Meghan, a imprensa britânica noticiou com destaque um trecho do livro do jornalista Robert Johnson, lançado na semana passada, sobre o momento em que os dois casais, Harry e Meghan e William e Kate, visitaram juntos tributos rainha Elizabeth após sua morte, em setembro. 

Os dois irmãos também caminharam juntos acompanhando o caixão de Elizabeth II, e a imprensa que acompanha os passos da família real chegou a interpretar esses momentos como sinal de uma reconciliação. 

Mas não foi bem assim. A reconciliação não aconteceu, Harry e Meghan continuaram atirando na família.

Agora, atribuindo a ‘fontes’, o livro afirma que Kate teria dito que a caminhada foi uma das coisas mais difíceis que já fez na vida. 

O Palácio tem feito de tudo para manter a coroação na pauta da mídia e se afastar das especulações e notícias desfavoráveis como essas. Serão três dias de comemoração, entre 6 e 8 de abril

A última novidade apresentada é mais uma tentativa de dar toques de modernidade a uma instituição secular: um emoji. 

Desde segunda-feira (10)  o ícone retratando a coroa de ouro maciço feita no século 17, adornada com pedras preciosas e veludo roxo, aparece automaticamente quando são usadas as hashtags oficiais, em alusão aos eventos programados para os três dias de celebração.

Elas são: #Coronation, #CoronationConcert #TheBigHelpout, #CoronationWeekend e #CoronationBigLunch.

Harry na coroação de Charles, menos um problema 

Com o fim do mistério sobre a participação de Harry, pelo menos um dos problemas que rondam a coroação parece agora estar resolvido. Mas ainda há outros para tirar o sono dos que organizam a coroação do rei Charles além da presença de Harry. 

Os jornais já começam a falar do assunto, como o tabloide Daily Mirror, que noticiou hoje o “medo do caos da coroação”, listando como um dos problemas a falta de resposta do príncipe Harry ao convite. 

Os eventos anunciados com pompa e circunstância para a coroação podem não repetir o sucesso dos que foram realizados para celebrar os 70 anos de Elizabeth II no trono.

O concerto pop da coroação, marcado para a noite de 6 de maio no Palácio de Windsor, até hoje não teve seu line-up divulgado.

Enquanto isso, o movimento dos que não querem a continuidade da monarquia afia suas garras, com manifestações públicas em aparições recentes de Charles e Camilla.

Isso poderia explicar a redução do percurso da procissão entre a Abadia de Westminster e o Palácio de Buckingham, pois ele será feito em um longo trecho mais seguro e controlado. 

No último fim de semana, o Palácio divulgou o trajeto e também as regalias que serão usadas na coroação. 

O grupo Republic, o mais ativo contra a monarquia, está convocando protestos para o dia 6 de maio, sob a bandeira #NotMyKing, mesmo slogan usado em cartazes erguidos nas últimas semanas em locais onde Camilla e Charles iriam aparecer.