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Prêmio de fotos da vida selvagem destaca alegrias e tristezas na preservação de animais; confira

Londres – Atentas à importância de conscientizar o público sobre ameaças à flora e à fauna, as organizações que promovem prêmios de fotografia passaram a celebrar não apenas a beleza de animais e paisagens, mas também destacar os desafios da preservação por meio de fotos que dão visibilidade a problemas e soluções. 

Um dos maiores concursos de fotografia da natureza do mundo, o Nature inFocus, dedica uma categoria exclusivamente ao tema, chamando a atenção para animais que tiveram a sorte de sobreviver, como uma tartaruga marinha libertada de uma rede de pesca, e para outros que podem não ter o mesmo destino. 

As redes, assim como o lixo urbano e a invasão de habitats de animais selvagens por cidades e estradas, representam um desafio para os que se dedicam à preservação de espécies de animais ameaçadas pela ação do homem, como mostram os fotógrafos reconhecidos pelo júri. 

Confira as melhores fotos de preservação de animais do prêmio NatureInFocus

Uma tartaruga-oliva (Olive Ridley) nada para escapar de uma rede, na costa leste do Sri Lanka. Felizmente, a tartaruga ainda estava saudável quando foi fotografada e libertada pelo fotógrafo que a encontrou. Mas, para muitas outras, a mesma sorte não chega.

Foto: Joshua Barton / Nature inFocus

Planeta Plástico

Nesta foto comovente, uma manada de elefantes selvagens se alimenta de lixo, composto em sua maioria de restos de plástico e outros materiais tóxicos. 

Foto: Lalith Ekanayake / Nature inFocus

A foto reconhecida pelo júri do prêmio serve como um alerta urgente sobre os impactos devastadores dos sistemas de eliminação de resíduos à preservação de animais.

“Além de poluirem o meio ambiente, também prejudicam as espécies que buscam alimento e refúgio em meio ao lixo”, disse o fotógrafo. 


Lágrimas de crocodilo

A foto mostra as condições em que crocodilos coexistem com os humanos ao longo do rio Vishwamitri, na Índia. São frequentes os relatos de animais encontrados mortos no local. 

Foto: Hiren Pagi / Nature inFocus

Procurando por sobreviventes

O incêndio florestal na Austrália em 2020 teve impacto dramático sobre a vida selvagem. Estima-se que três bilhões de animais foram mortos ou desalojados pelo fogo naquela temporada.

A ONG de preservação animal  ‘Vets For Compassion’ trabalhou ativamente na região de Mallacoota, Victoria, para resgatar coalas e outros animais afetados pelos incêndios. Os membros da organização  passaram pelos bloqueios em busca de animais nas áreas mais afetadas.

Foto: Jo Anne McArthur / Nature inFocus

Neste registro de Jo Anne McArthur, o veterinário Chris Barton procura sobreviventes em uma plantação de eucaliptos queimada.


Caminho para a Perdição

Quando o inverno chega no norte de British Columbia, no Canadá, às vezes a neve é tão profunda que os rebanhos de bisões que habitam a floresta tendem a usar a Rodovia do Alasca para se deslocar de uma área de pastagem para outra. 

A viagem é difícil e muitos bisões acabam morrendo atropelados. Os registros mostram que anualmente cerca de 15 por cento da população desses animais morre em consequência dessas colisões.

Foto: Geoffrey Reynaud / Nature inFocus

A foto aérea escolhida pelo júri do prêmio NatureInFocus expõe os desafios para preservação de animais cujos habitats são invadidos pelo homem. 


Quebra-cabeça Phumdi

Encontradas no Lago Loktak, em Manipur, as phumdis são ilhas flutuantes compostas de solo e matéria orgânica e abrigam os cervos Sangai, ameaçados de extinção. A foto aérea mostra phumdis artificiais construídos como recintos para aquicultura. 

Foto: Aakash Selvan / Nature inFocus

Os phumdis naturais interagem com o solo no leito do lago quando o nível da água cai na estação seca e ganham nutrientes para o seu crescimento. Mas com a construção de barragens, os phumdis artificiais flutuam na água durante todo o ano.

Além disso, a proliferação de espécies de plantas invasoras, como os aguapés, e o uso de inseticidas nesses phumdis artificiais prejudicam gravemente o ecossistema lacustre, causando uma série de problemas para seus habitantes.


Enfrentando o Fantasma Cinzento

Depois de uma caçada bem-sucedida, o leopardo-das-neves estava se deliciando com a captura quando uma matilha de cães selvagens tentou roubar sua refeição. Parece uma cena natural da cadeia alimentar, mas não é bem assim. 

Foto: Liton Paul / Nature inFocus

Cães selvagens tornaram-se uma visão comum no Vale Spiti, onde frequentemente atacam animais como ovelhas azuis, íbexes do Himalaia e raposas vermelhas. Mas o fato de agora também enfrentarem predadores ferozes como o leopardo-das-neves é alarmante, seguindo Paul.  

“Cães selvagens reduzem a base de presas dos leopardos-das-neves e podem espalhar doenças fatais como a cinomose canina entre os animais selvagens.”


Anatomia de um conflito

Um elefante guiado por um funcionário do Nagarahole National Park, em Karnataka, na Índia, é utilizado para deter o elefante selvagem que entrou na aldeia. Vários funcionários observam, torcendo para que o conflito seja resolvido sem prejuízos para as duas partes.

Foto: Madhusudhana SR / Nature inFocus

Delicado equilíbrio

Num delicado equilíbrio entre natureza e civilização, os elefantes selvagens do Sri Lanka encontram refúgio em trechos florestais perto de lagos e assentamentos humanos. 

Foto: Lalith Ekanayake / Nature inFocus

Em meio a exuberantes arrozais, um solitário elefante estica sua tromba para tentar obter da árvore seu alimento tão necessário.


Não irrite os elefantes

Elefantes selvagens são comuns nas estradas da província de Sabaragamuwa, na Índia. Apesar dos riscos e proibições, muitas vezes os transeuntes lhes oferecem comida. 

Foto: Lalith Ekanayake / Nature inFocus

Nesta interação, os passageiros parecem ter irritado o animal e tiveram a sorte de escapar ilesos do ataque do elefante, que quebrou vidros de janelas e quase derrubou o veículo.


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