Londres – A influenciadora libanesa-americana Mia Khalifa foi desligada da Playboy, onde tinha um canal próprio, em reação a uma série de tweets postados depois dos ataques do Hamas a Israel considerados pela revista como discurso de ódio e incitação à violência.
Khalifa escreveu aos seus 5,7 milhões de seguidores : “Quem olha para a situação na Palestina e não fica do lado dos palestinos está do lado errado do apartheid e da história, o tempo mostrará”. Em outro, pediu a alguém que “diga aos combatentes da liberdade palestinos para gravarem vídeos horizontais”.
Ela também compartilhou uma imagem de membros do Hamas em uma caminhonete, legendada como “pintura renascentista”. A influenciadora descreveu Israel como um “regime sionista de apartheid”.
Mia Khalifa, cujo nome verdadeiro é Sarah Jo Chamoun, tem 30 anos e vive em Miami.
Ela se tornou celebridade fazendo filmes pornôs entre 2014 e 2015, e depois se tornou influenciadora, com mais de 27 milhões de seguidores no Instagram. O canal na Playboy começou em fevereiro de 2022.
If you can look at the situation in Palestine and not be on the side of Palestinians, then you are on the wrong side of apartheid and history will show that in time
— Mia K. (@miakhalifa) October 7, 2023
O link para o canal Mia Khalifa aponta agora para uma página inexistente.
Em nota, a Playboy classificou os comentários da influenciadora sobre os ataques do Hamas a Israel e o “assassinato de homens, mulheres e crianças” como “repugnantes e condenáveis”.
A publicação afirmou encorajar a livre expressão, mas disse ter tolerância zero com discurso de ódio, acrescentando esperar que Mia entendesse “que suas ações e palavras têm consequências”.
Leia também | Rita Ora vive ‘tempestade de ódio’ nas redes sociais dos Balcãs após exibir bandeira sérvia em show
Influenciadora perdeu contrato de consultoria por defesa do Hamas
Khalifa também perdeu um contrato de consultoria com a empresa canadense de cogumelos alucinógenos Red Light Holland, assinado em abril deste ano.
Ela receberia ações a cada seis meses pelo trabalho de “espalhar a palavra sobre cogumelos”, mas sairá de mãos abanando porque a demissão aconteceu antes.
CEO da empresa, o locutor e apresentador canadense Todd Shappiro justificou a decisão sob o argumento de que os comentários no Twitter foram “nojentos e grosseiros”.
Ele citou postagens no Instagram “nas quais ela tolera morte, estupro, espancamentos, sequestros e tomada de reféns”.
Em uma nota no Twitter e em comunicado aos acionistas, a empresa disse que “palavras não podiam explicar a ignorância”, e que esperava que ela se tornasse uma pessoa melhor”, mas que parecia tarde para isso.
O que disse a influenciadora
A influenciadora rebateu alegando que sua postagem inicial favorável ao integrantes do Hamas tinha a intenção de garantir boas imagens “de seu povo quebrando as paredes da prisão ao ar livre em que foram forçados a estar” para ilustrar os livros que escreverão “sobre como se libertaram do aphartheid”.
Ela escreveu que embora o apoio aos palestinos lhe tenha custado oportunidades, estava mais zangada consigo própria “por não ter verificado se estava fazendo negócios com sionistas”.
Leia também | Bombas interrompem transmissões de jornalistas da BBC e Al-Jazeera em Gaza; assista