Londres – A influenciadora libanesa-americana Mia Khalifa foi desligada da Playboy, onde tinha um canal próprio, em reação a uma série de tweets postados depois dos ataques do Hamas a Israel considerados pela revista como discurso de ódio e incitação à violência. 

Khalifa escreveu aos seus 5,7 milhões de seguidores : “Quem olha para a situação na Palestina e não fica do lado dos palestinos está do lado errado do apartheid e da história, o tempo mostrará”. Em outro,  pediu a alguém que “diga aos combatentes da liberdade palestinos para gravarem vídeos horizontais”. 

Ela também compartilhou uma imagem de membros do Hamas em uma caminhonete, legendada como “pintura renascentista”. A influenciadora descreveu Israel como um “regime sionista de apartheid”. 

Mia Khalifa, cujo nome verdadeiro é Sarah Jo Chamoun, tem 30 anos e vive em Miami.

Ela se tornou celebridade fazendo filmes pornôs entre 2014 e 2015, e depois se tornou influenciadora, com mais de 27 milhões de seguidores no Instagram. O canal na Playboy começou em fevereiro de 2022. 

O link para o canal Mia Khalifa aponta agora para uma página inexistente.

Em nota, a Playboy classificou os comentários da influenciadora sobre os ataques do Hamas a Israel e o “assassinato de homens, mulheres e crianças” como “repugnantes e condenáveis”.

A publicação afirmou encorajar a livre expressão, mas disse ter tolerância zero com discurso de ódio, acrescentando esperar que Mia entendesse “que suas ações e palavras têm consequências”. 

Influenciadora perdeu contrato de consultoria por defesa do Hamas

Khalifa também perdeu um contrato de consultoria com a empresa canadense de cogumelos alucinógenos Red Light Holland, assinado em abril deste ano. 

Ela receberia ações a cada seis meses pelo trabalho de “espalhar a palavra sobre cogumelos”, mas sairá de mãos abanando porque a demissão aconteceu antes. 

CEO da empresa, o locutor e apresentador canadense Todd Shappiro justificou a decisão sob o argumento de que os comentários no Twitter foram “nojentos e grosseiros”.

Ele citou postagens no Instagram “nas quais ela tolera morte, estupro, espancamentos, sequestros e tomada de reféns”. 

Em uma nota no Twitter e em comunicado aos acionistas, a empresa disse que “palavras não podiam explicar a ignorância”, e que esperava que ela se tornasse uma pessoa melhor”, mas que parecia tarde para isso. 

O que disse a influenciadora 

A influenciadora rebateu alegando que sua postagem inicial favorável ao integrantes do Hamas tinha a intenção de garantir boas imagens “de seu povo quebrando as paredes da prisão ao ar livre em que foram forçados a estar” para ilustrar os livros que escreverão “sobre como se libertaram do aphartheid”. 

Ela escreveu que embora o apoio aos palestinos lhe tenha custado oportunidades, estava mais zangada consigo própria “por não ter verificado se estava fazendo negócios com sionistas”.