Londres – O príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, relançaram discretamente nesta segunda-feira (12) seu site na internet, rebatizado de Sussex.com, em um rebranding que apesar de usar símbolos da monarquia, reforça suas trajetórias pessoais e engajamento em causas não relacionadas à realeza.
A página é aberta com uma foto do casal sorridente na cerimônia de encerramento dos jogos Invictus na Alemanha em 2023, aplaudindo e olhando para cima.
Além do brasão real sobre o título “Escritório do Príncipe Harry & Meghan” e da assinatura Duque e Duquesa de Sussex, não há referências à família real britânica sequer na biografia de Harry, que ocupa o quinto lugar na linha de sucessão do trono.
O novo site tem links para a organização sem fins lucrativos do casal, a Archewell Foundation, e sua produtora, Archewell Productions, pela qual a dupla fez podcasts e documentários.
Com a entrada do site no ar, Harry e Meghan fazem um movimento de visibilidade em uma hora sensível para a família real, “desfalcada” de seus principais membros na arena pública.
O rei Charles iniciou um tratamento de um câncer descoberto durante um procedimento para corrigir próstata aumentada, e ficará ausente de compromissos oficiais por tempo ainda não determinado.
Kate Middleton, a princesa de Gales, fez uma cirurgia abdominal no início de janeiro e segue em casa, com previsão de só aparecer em público na Páscoa. Nenhuma foto foi divulgada desde a última vez em que foi vista, no Natal.
O príncipe William também reduziu seus compromissos para acompanhar a mulher e os filhos em idade escolar, reduzindo significativamente a presença da família real na mídia em situações positivas, como eventos beneficentes.
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Site de Harry e Meghan destacam engajamento em causas
Ao mesmo tempo, Harry e Meghan escolheram como principal mensagem do novo site o reforço de suas ações em benefício de causas.
A biografia de Harry não menciona sua origem ou fala de sua vida como membro da família real britânica e quinto na linha de sucessão ao trono.
Príncipe Harry, o duque de Sussex, é um humanitário, militar veterano, defensor da saúde mental e ativista ambiental. Ele dedicou sua vida adulta ao avanço de causas pelas quais é apaixonado e que promovem mudanças permanentes para pessoas e lugares.
O texto destaca seus 10 anos de serviço nas Forças Armadas, a fundação da plataforma Invictus Games (para militares feridos em conflitos), seus cargos em fundações de bem-estar e natureza, a criação da Fundação Archewell junto com Meghan e o livro de memórias Spare.
No final, diz que ele mora na Califórnia com a mulher, Meghan, e os dois filhos, Archie e Lilibet, cujos nomes são precedidos dos títulos “Príncipe” e “Princesa”.
A apresentação de Meghan segue estilo semelhante, enfatizando seu reconhecimento em rankings de mulheres influentes.
“Meghan, a Duquesa de Sussex, é feminista e defensora dos direitos humanos e da igualdade de género. A sua defesa ao longo da vida das mulheres e jovens continua a ser um elemento constante nos seus empreendimentos humanitários e empresariais.
Ela foi nomeada uma das mulheres mais influentes do mundo em rankings que incluem Pessoas Mais Influentes da revista TIME, 25 Mulheres Mais Influentes do Financial Times, Variety Power of Women e Vogue 25 da Vogue britânica.”
Críticas ao site dos Sussex
A novidade não agradou a defensores da família real no Reino Unido, que criticaram o uso do brasão e do título Sussex.com no site.
Angela Levin, autora de livros sobre a monarquia, chamou o uso do brasão de “patético”, em entrevista ao jornal tabloide The Sun.
Ela acusou Harry e Meghan de lucrarem com as conexões reais que dizem odiar, e acha que a rainha Elizabeth II ficaria furiosa, pois eles teriam prometido que não fariam isso.
Há rumores, nunca confirmados oficialmente, de que o casal havia se comprometido a não monetizar a marca Sussex.
No Twitter / X, ela escreveu sobre o site:
“É cheio de exagero e pomposidade e é um ataque rancoroso à verdadeira realeza, que deve fazer alguma coisa sobre isso – por favor.”
Outros tabloides também especularam sobre a possibilidade de reclamações do Palácio de Buckingham sobre o uso dos títulos de Duque e Duquesa de Sussex e do brasão como pediu Levin- embora a essa altura a monarquia tenha assuntos mais graves para se preocupar e abrir uma nova briga com o casal geraria mais notícias desfavoráveis.
Mas o jornal Evening Standard disse ter ouvido de uma “fonte próxima de Harry e Meghan” que “ele são o Duque e a Duquesa de Sussex, é um fato, este é o nome e sobrenome deles”, sugerindo que uma reclamação dessa natureza não teria fundamento.
Na época em que o casal rompeu com a família real e se mudou para os EUA e começou a dar entrevistas críticas a integrantes da realeza, houve um movimento para retirar os títulos, mas nunca foi adiante.
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