Londres – O primeiro aniversário da coroação do rei Charles III no trono britânico está sendo celebrado nesta segunda-feira (6) sem festas grandiosas, mas o monarca tem algum motivo para comemorar: o percentual de súditos que aprova a sua atuação aumentou 10 pontos em um ano, passando para 56%, segundo uma nova pesquisa do Instituto Ipsos.
No entanto, 49% ainda discordam disso. E nem Charles nem a rainha Camilla conseguiram ainda ultrapassar a irmã, o filho e a nora na lista de figuras mais admiradas da monarquia.
A pesquisa do Ipsos, encomendada pelo jornal Daily Mail, constatou que o rei está em quarto lugar (56%), seguido pela princesa Anne (64%) e pelos príncipes William e Kate (ambos com 69%). Camilla aparece em sétimo, com 45%.
O diagnóstico de câncer de Charles, revelado no início do ano, e sua abertura para falar da doença e do tratamento podem ter ajudado a aumentar a simpatia pelo monarca.
Na semana passada as redes sociais da família real divulgaram uma foto do casal para anunciar que o rei iria retomar suas atividades públicas.
Coincidência ou não, a publicação veio após nova onda de boatos sobre o estado de saúde de Charles II, publicadas em jornais estrangeiros mas não reproduzidas pela mídia britânica.
Neste 6 de maio, as redes sociais do Palácio de Buckingham publicaram apenas um vídeo com cenas da coroação, mas não houve qualquer celebração oficial para marcar a data.
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No aniversário da coroação de Charles, monarquia continua aprovada
A nova pesquisa do Ipsos também tranquiliza a monarquia e os monarquistas sobre a oposição ao regime, pelo menos por enquanto. Neste momento, cerca de 60% do público não quer a abolição do atual sistema, contra 28% que preferem ver o país transformado em uma república.
O problema é o futuro. Um terço dos jovens disseram que “seria melhor” se a monarquia fosse abolida. Com o envelhecimento natural da população, essa parcela tende a aumentar.
Mas a julgar pelo apoio público, é uma batalha difícil. Uma manifestação do grupo Republic, o principal movimento contra a monarquia, reuniu pouco mais de 100 participantes neste domingo no centro de Londres.
O grupo usou uma escultura de dinossauro para representar o que considera o anacronismo do sistema.
As taxas de aprovação do desempenho do rei Charles também mudam de acordo com a idade e da afiliação política. Enquanto 73% dos eleitores do Partido Conservador estão satisfeitos com o seu trabalho, menos da metade dos que votam no Trabalhista (49%) pensam a mesma coisa.
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Apesar dos resultados positivos na pesquisa divulgada no aniversário da coroação de Charles, o Ipsons alertou para a possibilidade de que ele seja um efeito do retorno do rei às atividades públicas e à simpatia natural por uma pessoa que enfrenta um problema de saúde demonstrando coragem.
Gideon Skinner, da empresa de pesquisas, disse ao Daly Mail:
“A questão para a monarquia é se esta é uma melhoria de curto prazo impulsionada por um aumento na simpatia pública ou se pode ser mantida – particularmente entre as gerações mais jovens, onde a realeza precisa de concentrar os seus esforços de envolvimento.”
O príncipe William também retomou as atividades públicas, mas a princesa Kate segue afastada durante o tratamento de quimioterapia.
Sua única aparição desde o Natal foi em um vídeo revelando o diagnóstico de câncer e pedindo privacidade, após a controvérsia da publicação de uma foto editada digitalmente mostrando-a com os filhos.
Embora a popularidade de Kate não tenha sido afetada, a pesquisa do Ipsos constatou que um em cada três dos 2.166 adultos britânicos entrevistados disse não confiar na precisão das fotos divulgadas pela Família Real – e os jovens foram os mais céticos.
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