Londres – Um novo quadro retratando Kate Middleton, a princesa de Gales, despertou reações negativas ao ser divulgado como ilustração da capa da sofisticada revista Tatler, uma semana depois da polêmica envolvendo um novo retrato do rei Charles III.
Especializada em mostrar a vida dos super-ricos e membros da aristocracia britânica, a Tatler encomendou o quadro à artista Hannah Uzor, que escolheu como referência uma foto da princesa em uma banquete em homenagem ao presidente da África do Sul realizada no Palácio de Buckingham em 2022.
O resultado final foi criticado tanto por retratar a quase sempre sorridente Kate com uma expressão séria e melancólica, como pela alegada falta de semelhança com ela.
Novo retrato mostra Kate em cerimônia oficial
No retrato de corpo inteiro, Kate está usando um vestido longo branco assinado pelo estilista Jenny Packham, uma tiara que pertenceu à rainha Mary e brincos de diamante e pérola que foram da princesa Diana.
O fundo é azul e esverdeado em referência à cor dos olhos da princesa e ao antigo hábito de praticar remo.
Ela não posou para a artista, que se inspirou unicamente em uma das muitas fotos feitas durante a cerimônia, registrando um momento solene do evento.
A artista disse que pesquisou entre mais de 189 mil imagens de Kate encontradas em um arquivo fotográfico, e que procurou homenagear sua coragem e dignidade ao enfrentar o câncer.
Em março, Kate Middleton foi a público tentar colocar fim a meses de especulação sobre seu estado de saúde para informar que recebera um diagnóstico de câncer após uma cirurgia abdominal realizada em janeiro, e que estava fazendo quimioterapia.
Embora a família real não tenha tido participação na escolha ou na aprovação do retrato encomendado pela Tatler, o caso acaba gerando mais notícias controversas sobre um integrante da realeza e chamando a atenção sobre Kate, que pediu privacidade enquanto faz o tratamento.
O Palácio de Buckingahm confirmou que Kate seguirá afastada de qualquer atividade pública, sem data para retomar os compromissos oficiais.
Em março, antes de postar o vídeo, Kate havia ficado sobre os holofotes após a divulgação de uma foto com os filhos que havia sido manipulada com ferramentas de inteligência artificial.
Leia também | Kate Middleton se desculpa por foto manipulada que foi removida por agências de notícias
“Camadas de personalidade” de Kate
Hannah Uzor disse que o retrato reflete “as diversas camadas de personalidade de Kate, identificadas a partir de tudo o que pôde encontrar sobre ela”.
Para a maioria dos que opinaram nas redes sociais, críticos de arte e comentaristas da realeza, a percepção foi outra.
O mais contundente foi Alastair Sooke, que escreve sobre arte no Daily Telegraph, jornal conservador e simpático à monarquia.
Ele chamou a representação de “notoriamente insuportável, ruim de fazer cair o queixo”.
Kate Mansey, do The Times, foi mais sutil: “Não tenho certeza do que dizer […], exceto, hmm…”
Ian Collins, apresentador da TalkTV, questionou: “a tela foi pintada por um adulto’?
Nas redes sociais, os comentários sobre o retrato foram principalmente em torno da falta de semelhança com Kate.
Outros lamentaram a forma como ela foi retratada.: “pobre Kate”, e usaram adjetivos como horrível e pavoroso para descrever a imagem.
Um usuário do Twitter sugeriu que a artista autora do retrato deveria ir a uma loja trocar os óculos. Outros postaram imagens de Kate feitas com ferramentas de inteligência artificial mais parecidas com a princesa do que a tela.
Leia também | ‘Chocada e irritada’: Scarlett Johansson bate duro na OpenAI por ‘voz parecida’ com a sua no ChatGPT
Outros retratos da realeza
Este é o terceiro retrato de um membro da realeza britânica encomendado a um artista plástico pela Tatler, que também apresentou a aplicação na capa.
A edição de julho da Tatler só começa a ser vendida nas bancas em 30 de maio, e deve virar item de coleção depois da polêmica.
Anteriormente a revista encomendou a artistas retratos do rei Charles (em julho de 2023) e da rainha Elizabeth II (em 2022), mas nenhum deles gerou a polêmica atual.
Os projetos são parte de um programa de apoio a artistas de origem africana, caribenha e de outras minorias étinicas. Hanna Uzor é britânica de família originaria da Zâmbia.
Há uma semana, Charles III foi alvo de controvérsias por um novo retrato apresentando-o contra um um fundo vermelho e com uma representação que dividiu opiniões.
Leia também | Palácio de Buckingham apresenta retrato contemporâneo de Charles III, que desagradou críticos e dividiu opiniões
