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Kamala, Musk e agora Taylor Swift: Trump aposta em deepfakes para ganhar apoio na campanha eleitoral

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Imagens deepfake na campanha eleitoral dos EUA

Londres – Imagens deepfake da cantora Taylor Swift falsamente apoiando Donald Trump foram postadas na conta da campanha do candidato à presidência dos EUA, em sua mais nova tentativa de confundir os eleitores usando vídeos e fotos criados ou manipulados com ferramentas de inteligência artificial.

As fotos publicadas na rede de Trump, a Truth Social, incluem um cartaz falso da artista pop usando um traje do personagem Tio Sam com uma legenda dizendo: “Taylor Swift quer que você vote em Donald Trump ” –  ao que o ex-presidente responde: “Eu aceito”.

Nos últimos dias ele postou também uma imagem deepfake mostrando sua opositora na campanha, Kamala Harris, como se estivesse fazendo um comício comunista na convenção do Partido Democrata, e um vídeo em que aparece dançando com Elon Musk, o dono do Twitter / X, ao som da canção Staying Alive. 

Taylor Swift não declarou apoio a Trump como sugerem imagens deepfake 

Embora o vídeo com Musk seja um deepfake, com a manipulação evidente, o bilionário é um apoiador de Donald Trump e postou a falsidade em sua própria conta, com mais de 195 milhões de seguidores. 

Já Taylor Swift ainda não se manifestou sobre seu candidato preferido. Pelo seu histórico, a chance de apoiar Trump parece remota. Nas eleições de 2020 ela declarou apoio a Joe Biden.

Várias imagens que aparecem na publicação de Trump são capturas de tela de uma conta no Twitter / X com histórico de disseminar desinformação, mostrando fãs vestindo camisetas “Swifties for Trump”. 

Uma investigação feita pela rede americana NBC News apontou que a maioria das mulheres retratadas não existe: 15 delas foram criadas com ferramentas de inteligência artificial. 

Depois que a notícia foi publicada, a conta @amuse fez um novo post alegando que as Swifties for Trump eram apenas uma sátira – mas para quem viu o post de Donald Trump essa mensagem não chegou. 

O uso de deepfakes para confundir eleitores tem sido objeto de vários alertas de especialistas em um ano com eleições gerais em vários países. 

Embora alguns vídeos e fotos sejam notoriamente manipulados, as imagens são compartilhadas em contextos que confudem os eleitores.

Em março, uma investigação da BBC encontrou imagens deepfake de Donald Trump com pessoas negras circulando nas redes sociais, em uma tentativa de conquistar apoio dos eleitores negros que foram decisivos na eleição de Joe Biden. 

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